#TOLERÂNCIA 57 - TOLERÂNCIA E... PACIÊNCIA
Fui esta tarde, às seis e meia, ao Pavilhão Carlos Lopes, assistir à entrevista ao Professor catedrático de Machine Learning (Universidade de Cambridge) e investigador (Alan Turing Institute) inglês. A entrevista fazia parte do evento "Isto não é assim tão simples - Inteligência Artificial", organizado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, e incluía também o lançamento público do seu livro "Humano Demasiado Humano, o que nos torna únicos na era da inteligência artificial".
Sim, correu tudo bem, sem atrasos e sem delongas, o que, neste tipo de acontecimentos sociais muito se louva.
Não vou fazer uma apresentação das ideias do professor, investigador e autor; nem vou fazer uma reflexão pessoal acerca do que ouvi.
Agora, que soltei uma risadinha gostosa e triunfal, sim, confesso que soltei. Foi, no fundo, uma coisa que senti como uma palmadinha nas costas de alento pelo caminho que me pus a fazer há 2 meses, praticamente por impulso.
O que ele disse toca profundamente o que nos dois últimos apontamentos, centrados numa tarefa escolar que conduzi recentemente com 5 das minhas turmas, ora vejam:
O entrevistador Pedro Pinto, já mesmo no final da entrevista lançou ao entrevistado 3 ou 4 perguntas que os jornalistas gostam muito de fazer, daquelas disparadas para receberem de ricochete respostas rápidas.
Quando ele perguntou a Neil Lawrence o que ele desejava que a Inteligência Artificial trouxesse ao líderes quer governam o mundo, a resposta veio mesmo de ricochete: «Paciência.» Logo a seguir perguntou o que desejava para ele próprio. O Professor-investigador, rindo-se, respondeu também de ricochete, começando assim: «Bem, para não dizer paciência outra vez...»
Notável! Não me levem a mal, vejam outra vez os perfis dos meus alunos; e leiam outra vez o que ontem escrevi aqui acerca da Paciência, como ela foi vivida durante a realização da tarefa pelos alunos.
Do aluno de 16 anos duma escola secundária de Lisboa ao especialista em Inteligência Artificial de 53 anos de idade da Universidade de Cambridge, a mesma motivação, o mesmo desejo, a mesma atitude os associa: a educação da Paciência.
Parece que hoje ganhei legitimidade para dizer que cuidar da Pedagogia da Paciência é cuidar implicitamente da Pedagogia da Tolerância.
Sim, parece que a raiz da Tolerância é a Paciência. Mas uma não se confunde com a outra. Discriminá-las será seguramente tema para uma etapa desta caminhada. Vai-se da Paciência para a Tolerância. E nós vamos também todos aceitar com Paciência a passada calma e pausada da caminhada.
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