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sexta-feira, dezembro 12, 2008

O bispo do Porto e os professores

Excerto da entrevista do bispo do Porto, D. Manuel Clemente, à Visão (n.º 823, 11 a 17 de Dezembro de 2008)

No conflito entre professores e ministra da Educação ainda haverá espaço para o bom-senso?

Tem de haver. As partes envolvidas têm de pensar no bem dos alunos. É para isso que existe a escola.

Em que medida tudo isto não é uma consequência da desvalorização do papel do professor?

Eles queixam-se disso. E uma coisa é factual: o papel que o professor tinha como transmissor de uma cultura e garantia dos alunos está esbatido. Há um esvaziamento do seu papel social. Os professores devem ser constantemente estimulados pelo Governo e pela sociedade. E isso é uma batalha a longo prazo.


Pela minha parte, para já, sem comentários. Para todos pensarmos.

sexta-feira, setembro 12, 2008

Encapuçados ou encapuzados

Se a frequência de notícias nos meios de comunicação social é um bom indicador da realidade, então está-se em Portugal perante uma onda de assaltos (à noite ou em plena luz do dia; com armas de fogo ou sem elas; fazendo e não fazendo reféns; na via pública, a cidadãos desprevenidos, ou a estabelecimentos comerciais de portas abertas ou já trancadas; com carjacking ou a pé...) como nunca antes.
Lamentavelmente, os governantes e os demais políticos principescamente instalados (e governando-se...) no sitema de condução da coisa pública desdobram-se em espectáculos televisivos de controlos de entradas e de saídas de locais da vida nocturna e da vida diurna; fiscalizam papéis, mandam soprar no balão, passam multas; procedem à detenção de um ou outro indivíduo e apreendem uma ou outra arma de fogo, mantendo-se por localizar centenas de milhares de armas, como já foi publicamente admitido. Chega a roçar a imbecilidade, tudo isto!...
Tristemente, nesta "brincadeira" de polícias e ladrões, só uma vitória, só uma mudança parece ter-se consolidado definitivamente: já ninguén diz assaltantes "encapuçados", já todos dizem que os ditos gatunos estão "encapuzados".
O mérito parece que terá de ser atribuído à experiência social que se impôs (tanto roubo!... tanto capuz, pois então!...) e ao minuto dedicado pela RTP1, todos os dias, de manhã, bem cedo, aos erros mais comuns da língua portuguesa.