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quinta-feira, junho 12, 2025

#TOLERÂNCIA165 - «AVANCE RAPIDAMENTE E DESTRUA COISAS»

 #TOLERÂNCIA165 - «AVANCE RAPIDAMENTE E DESTRUA COISAS»

"Avance rapidamente e destrua coisas" é o título do 13.º capítulo (é o 12.º na edição inglesa que tenho) de "Os Traços Escondidos dos Génios" de Craig Wright.

É um capítulo interessante, um capítulo em que o autor associa o comportamento de pessoas que ele classifica como génios, e que são pessoas irascíveis, intolerantes e sem empatia; e mais algumas desqualidades, como diria Mia Couto. Apresenta testemunhos, inclusivamente, na primeira pessoa. Junta, entre outros, Elon Musk, Mark Zuckerberg, Thomas Edison. Começa assim o capítulo:

«Um homem tem de ser um génio muito grande para compensar ser um ser humano tão detestável".

Com estas palavras, a honrada correspondente de guerra Martha Gellhorn resumiu o seu marido, Ernest Hemingway, pouco antes do seu divórcio em 1945. Hemingway ganhou o Prémio Nobel da Literatura em 1954. Ele, além de génio, era também um rufia, um brigão, um adúltero e um alcoólico que acabou por se destruir. Temos o hábito de querer que os nossos génios sejam super-heróis, a forma mais elevada da espécie humana. “É justo”, disse Albert Einstein em 1934, “que aqueles que mais contribuíram para a elevação da raça humana e da vida humana sejam os mais amados.” No entanto, os génios desiludem-nos habitualmente, pelo menos a nível pessoal.»

Um pouco mais à frente, Craig Wright escreve:

«Elon Musk declara que o seu objectivo é nada mais nada menos do que a salvação da raça humana: “Quero contribuir tanto quanto possível para que a humanidade se torne uma espécie multiplanetária”,
aludindo assim ao seu objectivo de colocar pessoas em Marte quando o planeta Terra se tornar impossível de habitar. No entanto, segundo todos os relatos, ao nível da suas relações pessoais directas, Musk espezinh a família, os amigos e os empregados, mostrando-se rude e intolerante. Mark Zuckerberg afirmou mais do que uma vez que “o Facebook tem a ver com ligação e partilha - ligação com os teus amigos, família e comunidades, e partilha de informação com eles. ” Mas enquanto todos nós nos ligamos e partilhamos no Facebook, Zuckerberg tem vendido os nossos dados para ganhar dinheiro e, segundo muitos relatos, tem minado democracias em todo o mundo.»

Tem a Humanidade de pagar estes preços pela genialidade destes homens? Eu sou dos que pensam que não, que não temos, mas aceito discutir o tema. Vamos a isso?

O próprio Einstein dá o seu contributo para esta discussão. Fui ver a obra a que Wright foi buscar a citação de Einstein (facilmente a descarreguei da Internet) e encontrei, logo a seguir à afirmação que acima se reproduz dele, esta outra: «Mas se formos um pouco mais além e nos perguntarmos quem são eles, confrontamo-nos com dificuldades que não são nada de desprezar.» ("Ideas and Opinions by Albert Einstein", Good and Evil [O Bem e o Mal], Mein Weltbild [A minha visão do Mundo], Amsterdam: Querido Verlag, 1934 (edição americana de 1954).

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terça-feira, janeiro 07, 2025

#TOLERÂNCIA 9 – EINSTEIN ESCREVE SOBRE A TOLERÂNCIA

 #TOLERÂNCIA 9 – EINSTEIN ESCREVE SOBRE A TOLERÂNCIA

Os grandes pensadores, de todos os tempos, acabam por ser incontornáveis na abordagem de muitos assuntos, não fugindo o assunto da Tolerância à regra.
Entretanto, não se deixe nunca de dar atenção ao que os pequenos pensadores também dizem sobre a Tolerância, seguramente alguns deles também dizem coisas muito interessantes.

Hoje dou a vez a um grande pensador, num livrinho que um dia alguém deixou em Clarens, ali ao pé do Lago Léman, à entrada de Montreux, na Suíça. Que quem quisesse o pegasse daquela antiga cabina telefónica transformada em entreposto de livros usados.
O livro tem o título "Albert Einsten, The Human Side, New Glimpses from His Archives", e compõe-se de textos seleccionados e editados por Helen Dukas e Banesh Hoffmann. É de 1979.
Entre o final da página 88 e o princípio da 90, lemos assim:
Em 1934 Einstein escreveu um artigo sobre o tema da Tolerância para uma revista americana. Quando os editores quiseram fazer alterações que não eram do seu agrado, retirou o artigo e este não foi publicado. Eis alguns excertos do artigo:
«Quando agora me pergunto o que é realmente a tolerância, vem-me à cabeça a divertida definição que o bem-humorado Wilhelm Busch deu de “abstinência”:
A abstinência é o prazer que obtemos de várias coisas que não obtemos.
Poderia dizer de forma análoga que a tolerância é a apreciação afável das qualidades, pontos de vista e acções de outros indivíduos que são estranhos aos nossos próprios hábitos, crenças e gostos. Assim, ser tolerante não significa ser indiferente às acções e sentimentos dos outros. A compreensão e a empatia também devem estar presentes…
Quer se trate de uma obra de arte ou de uma realização científica significativa, o que é grande e nobre provém da personalidade solitária. A cultura europeia fez a sua mais importante ruptura com a estagnação sufocante quando o Renascimento ofereceu ao indivíduo a possibilidade de um desenvolvimento sem restrições.
O tipo mais importante de tolerância é, portanto, a tolerância do indivíduo pela sociedade e pelo Estado. O Estado é certamente necessário, para dar ao indivíduo a segurança de que necessita para o seu desenvolvimento. Mas quando o Estado se torna o principal e o indivíduo se torna o seu instrumento de vontade fraca, então todos os valores mais nobres se perdem. Tal como a rocha tem de se desmoronar para que nela cresçam árvores, e tal como o solo tem de ser solto para que se desenvolva a sua fecundidade, assim também as realizações de valor só podem brotar da sociedade humana quando esta for suficientemente solta para permitir ao indivíduo o livre desenvolvimento das suas capacidades.(1)»
À Pedagogia e à Educação da Tolerância que me move, além da dica de Einstein acerca de vários tipos de Tolerância, fica o convite para pensarmos na necessidade de as sociedades, em todos os seus níveis de governação e de regulação das relações entre as instituições e os indivíduos, certamente envolvendo os valores da Liberdade e da Justiça, promoverem activamente a Educação da Tolerância (das Tolerâncias?) com a sábia consciência de que "De pequenino se torce o pepino".
(1) Traduzido com a versão gratuita do tradutor - DeepL.com