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domingo, abril 28, 2013

Senta-te aí...

CONVERSA SÉRIA NA MANIFESTAÇÃO DO 25 DE ABRIL.
A camisola (estou a deixar de usar o termo 't-shirt') da menina legenda a fala do pai: "I want to tell you something" (Quero dizer-te uma coisa). Esta fala (a fotografia é testemunho da minha coscuvilhice...), se não acontecesse na manifestação do 25 de abril, seria assim, em casa; mas a seriedade dos rostos seria a mesma:
http://www.youtube.com/watch?v=baxj_eVPEe8

terça-feira, janeiro 08, 2013

VENTOS DO FUTURO, COM ANTÓNIO DAMÁSIO, NO CCB, EM 7JAN13.

VENTOS DO FUTURO, COM ANTÓNIO DAMÁSIO, no Centro Cultural de Belém, em 7 de janeiro de 2013, na Grande Conferência Expresso 40 anos. Sim, é mesmo sobre o Futuro, como ele pode perfilhar-se no(s) nosso(s) horizonte(s).
Sou suspeito no meu apreço e no meu entusiasmo com António Damásio; mas os outros oradores também será útil ouvirmos. Nem que seja para negar ou contrariar algumas coisas que dizem. E a mim apetece-me muito fazê-lo! (A participação do Professor António Damásio começa por volta dos 51min50seg.)
Não posso deixar de dizer que, quando abriu a Conferência, o dr. Francisco Pinto Balsemão afirmou que pensa que hoje em dia a nossa vida política é marcada pela cultura do conservadorismo: quem chega ao poder não só faz tudo para lá se manter, como age de maneira a poder reforçar o seu poder. Isto é claro como água, não é verdade?

domingo, julho 08, 2012

O crescimento populacional, a urbanização e o consumismo

Relatório GEO-5 (PNUMA) alerta para danos irreversíveis ao ambiente

"Se as tendências actuais continuarem, se os actuais padrões de produção e consumo de recursos naturais prevalecerem e não puderem ser revertidos e 'desacoplados', então os governos irão presidir a níveis sem precedentes de danos e degradação", referiu  Steiner num comunicado.
Das 90 metas ambientais mais importantes que agora existem, apenas quatro estão a fazer progressos significativos, pode ler-se no relatório da UNEP. Algumas das metas mais bem sucedidas incluem as que têm como objectivo impedir a destruição da camada de ozono e permitir o acesso a fornecimento de água limpa mas pouco ou nenhum progresso foi registado em 24 outras metas, nomeadamente as que lidam com as alterações climáticas, degradação dos stocks pesqueiros e aumento da desertificação.


Ver aqui o vídeo: http://www.unep.org/flvPlayer/videoplayer.asp?id=27462&l=en


Vale a pena ver também esta pequena notícia jornalística, muito fiel:



O site das Nações Unidas para este assunto está aqui:
http://www.unep.org/portuguese/geo/
O vídeo completo da apresentação integral do relatório está aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=sg6mgVcjArc&feature=player_embedded
(Penso que ainda não há uma versão com legendas em português)
O relatório (em pdf) está aqui:
http://www.unep.org/geo/pdfs/geo5/GEO5_report_full_en.pdf
(Embora tenha encontrado uma hiperligação para a edição em português, a hiperligação não funciona)

sábado, setembro 19, 2009

Boas-vindas aos alunos à entrada do novo ano escolar, 2009/10


É esta a mensagem com que abro o espaço de trabalho que cabe na plataforma informática da Escola a cada uma das turmas que vou leccionar em 2009/2010:

Os anos escolares vão e voltam, ciclicamente.
A mim trazem-me sempre novidades, mesmo que em programas e conteúdos "velhos".
Tenho a sorte e a felicidade de me caber iniciar os jovens no conhecimento sistemático do fascinante e infinitamente variado comportamento humano.
Hoje em dia estou muito apreensivo a propósito do futuro dos jovens que se sentarão nas aulas à minha frente, a partir da próxima semana. Criámos já para eles - para vós! -um mundo com riscos tremendos de limitações e perigos enormes para a vida humana, as outras espécies e o próprio Planeta Terra.
Falarei convosco, queridos alunos, destas coisas ao longo de todo o ano que se abre agora à nossa frente.
E, em jeito de homenagem à disciplina fundamental que lecciono, a Psicologia, refiro-vos aqui uma breve passagem do que a primatóloga (ela é muito mais do que isso!) Jane Goodall disse numa conferência em 2002 (e que poderão ouvir na íntegra, em inglês, nesta hiperligação).

Algumas crianças perguntaram-lhe se ela tinha esperança no futuro, ela que tanto viajava por todo o mundo e via tantas coisas terríveis a acontecer. Ela respondeu-lhes que sim, que tinha esperança. Que tinha esperança em três coisas:
  • o cérebro humano e as coisas que ele é capaz de fazer
  • a resiliência (ou capacidade de resistir) da Natureza, que ela consegue com tempo, ou com uma pequena ajuda.
  • e o indomável espírito humano
Perguntaram-lhe se a realização da esperança estava nos políticos. Ela respondeu delicadamente que a realização da esperança estava nas nossas mãos, nas mãos de todos nós e nas mãos dos nossos filhos. "Somos nós próprios, é cada um de nós que pode fazer a diferença. Se levarmos um estilo de vida em que conscientemente procuramos que a nossa pegada ecológica seja a mais leve possível, se comprarmos coisas que são eticamente legítimas para nós e não comprarmos o que não for, sim podemos mudar o mundo".

Insisto em recordar a seguinte afirmação, que, ciclicamente também, todos devemos trazer de novo ao pensamento:

(Esta pergunta foi a vencedora num congresso sobre vida sustentável)

"Todo a gente 'pensa' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

É preciso começar... JÁ!...

Uma criança que aprenda o respeito e a honra dentro de casa [e na escola] e receba o exemplo vindo de seus pais [e dos seus professores], torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusivé, em respeitar o Planeta em que vive...

Pessoal, desejo-vos um ano de trabalho produtivo, interessante e agradável; que vos faça crescer a vontade de viver com entusiasmo, com prazer em comunicar e partilhar; e em harmonia com o ambiente que vos rodeia.

sexta-feira, abril 24, 2009

O 25 de Abril comemorado na Escola

A Eulália Andrade, a Paula Faia e a Cristina Kirkby - colegas de História - promoveram hoje na Escola uma sessão aberta à comunidade escolar sobre o 25 de Abril, centrada no testemunho pessoal, transmitido ao vivo, por colegas que viveram o 25 de Abril; e na entrevista a outros colegas, feitas por alunos do 12.º H1, trabalho esse que foi visionado a partir do computador.
No final da sessão, eu não quis deixar de dizer aos jovens - e professores jovens - presentes no CRE (centro de recursos educativos) que eles também terão pela sua frente lutas de intensidade igual - mesmo, maior! - às que nós tivemos no nosso 25 de Abril. Ganhámos em liberdade cívica, em democracia (mesmo que apenas formal), mas o estado do mundo é, nos dias de hoje, de perspectivas muito sombrias, basta pensar-se no tema do aquecimento global e da delapidação vertiginosa dos recursos do Planeta, ou no tamanho da nossa pegada ecológica. Disse-lhes ainda que muitas das tiranias e dos poderes exploradores se mantêm, ou retornaram, sob vestes bem mais sofisticadas e a coberto de princípios democráticos indiscutíveis.
É verdade, mesmo que por outras razões, o mundo das próximas gerações parece que vai ser bem mais difícil que o meu e dos meus colegas "cotas".
Por isso, em jeito de despedida (despedida até ao 25 de Abril do próximo ano; despedida de esperança e de alento, apesar de tudo), deixei-lhes o seguinte poema de Miguel Torga:

Perenidade

Nada no mundo se repete.
Nenhuma hora é igual à que passou.
Cada fruto que vem cria e promete
Uma doçura que ninguém provou.

Mas a vida deseja
Em cada recomeço o mesmo fim.
E a borboleta, mal desperta, adeja
Pelas ruas floridas do jardim.

Homem novo que vens, olha a beleza!
Olha a graça que o teu instinto pede.
Tira da natureza
O luxo eterno que ela te concede.
(Miguel Torga, Libertação, 4.ª edição, 1978)