quinta-feira, julho 18, 2013

Grande abraço de parabéns, Nelson Mandela!

O exemplo de Mandela e de todos os que lhe estão próximos mostra que precisamos, sempre, de nos esforçarmos para sermos justos e tolerantes; há sempre coisas dentro de nós que nos puxam para o comodismo, o egoísmo e o domínio sobre o Outro.
Na nossa natureza, constantemente o espírito Ubuntu, "Eu sou porque tu és" é posto à prova e resvala para a tentação do "Eu sou à custa do que tu és", ou qualquer outra formulação semelhante.
O espírito que Madiba personifica, mas que está para além dele, que se foi consolidando na experiência cultural, histórica, de um grupo humano, é uma opção de modo de vida coletivo, uma proposta que, melhor do que ninguém, Nelson Mandela hoje em dia propõe a todos os grupos humanos (grandes ou pequenos; mais politicamente organizados ou menos politicamente organizados); ao encontro de outros modos de vida coletiva igualmente gregários e solidários e claramente diferenciados de modos de vida que exaltam o individualismo e o sucesso pessoal sustentado na competição e rivalidade muito mais do que na cooperação e na solidariedade.
Sim, que hoje seja dia de celebração; mas a partir de amanhã o desafio para todos nós é o de mantermo-nos merecedores de participar com orgulho e alegria na celebração do próximo ano.

domingo, julho 14, 2013

Liberdade, criatividade, política, educação; e Einstein

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"Einstein acreditava que a liberdade era a essência da criatividade. «O desenvolvimento da ciência e das atividades criativas do espírito», defendeu ele, «exige uma liberdade assente na independência do pensamento em relação às restrições do preconceito autoritário e social.» O cultivo dessa liberdade deveria ser a tarefa fundamental do governo, pensava, e a missão da educação."
(in Einstein, a sua vida e universo, de Walter Isaacson, Casa das Letras, 2007, pág. 449)

sábado, julho 13, 2013

Prosperidade sem Crescimento - revisitar Tim Jackson

"(...) É uma história acerca de nós, as pessoas, a serem persuadidas a gastar dinheiro que não temos em coisas que não precisamos para criar impressões que não vão durar em pessoas com as quais não nos importamos. (...)"
"(...) Porque é que não fazemos as coisas que devíamos tão obviamente fazer para combater as alterações climáticas, coisas tão simples como comprar eletrodomésticos com uma boa eficiência energética, utilizar lâmpadas economizadores, desligar as luzes ocasionalmente, isolar as nossas casas? Estas coisas diminuem as emissões de carbono, poupam energia, poupam-nos dinheiro. Por isso, se bem que façam todo o sentido em termos económicos, porque é que não as fazemos? (...)"
Porque é que a nossa preocupação é manter as girafas afastadas?

sexta-feira, julho 12, 2013

Jane Goodall, o cérebro, os jovens e Nelson Mandela

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Mais do que em anos escolares anteriores, tive no ano letivo que terminou no início do passado mês de junho, oportunidade de abordar com os meus alunos, de forma especialmente clara, os temas e as pessoas que agora encontro, para grande satisfação pessoal, na entrevista de Jane Goodall, que aparece na edição da Visão, a n.º 1061, de 4 a 10 de julho de 2013.
A notável Cidadã do Mundo - pela defesa do Homem, dos Animais, do Ambiente e da Paz - esteve recentemente em Lisboa, no congresso mundial de Rotary Internacional, instituição internacional a que me ligam laços de muito carinho e gratidão, que me proporcionou uma extraordinária viagem à terra de Mandela e da origem do Homem.
A jornalista não usa a forma interrogativa para pôr a Jane Goodall a última questão:
- "Mantém um discurso esperançoso..."
Jane Goodall responde o seguinte, assim fechando a entrevista:
- "Há quatro aspetos que me fazem manter a esperança: o fantástico cérebro humano que pode ser usado para o bem; a resiliência da natureza; a energia e dedicação da juventude, e o indomável espírito humano que herdámos de Mandela. Ele mostrou-nos que é possível concretizar tarefas que parecem impossíveis."