sexta-feira, abril 30, 2010

José Geadas, na RTP1, com o Fado


Hoje vou estar no Casino do Estoril, a torcer pelo Zé, fazendo votos de que tudo lhe corra bem, que ele fique muito satisfeito com a sua participação. Às dez horas da noite, na RTP1.
Se pudesse, não deixaria de votar, votar, votar!

sábado, abril 24, 2010

Já se celebrava no 25 de Abril antes do 25 de Abril

Volto à Procissão dos Cornos. Ou ao Dia de Cornos.
Tem a ver com o 25 de Abril. Quando o dia 25 de Abril era apenas o Dia de São Marcos e ainda não era para nós, portugueses, o Dia da Liberdade.
Talvez a dimensão e a solenidade que a data adquiriu (por mim, sou dos que digo "25 de Abril, sempre!") tenha apressado o desaparecimento da outra celebração. Que já foi muito forte, pelo menos em algumas localidades de algumas das ilhas dos Açores.
Curiosamente, talvez essa outra celebração também tivesse a ver com a recusa do povo em se simplesmente se submeter aos ditames dos poderosos políticos e religiosos, que sempre determinaram e decidiram em proveito próprio, precisamente à custa do povo.
25 de Abril, sempre!
Este ano, o texto a que se pode aceder através da hiperligação no título deste apontamento, é a minha contribuição para o Dia da Liberdade. Com a ajuda preciosa de alguns amigos, como são o Chefe Jaime e o Jonas
Está dividido da seguinte maneira:
  1. Introdução – como cheguei à Procissão dos Cornos
  2. Pesquisa exploratória do assunto – os testemunhos pessoais
  3. A religiosidade açoriana – a oficial e a profana
  4. O surgimento de uma explicação sedutora
  5. Terá futuro este assunto?
  6. Bibliografia e webgrafia
  7. Anexo 1 - Procissão dos Cornos (por Manuel Dionísio)
  8. Anexo 2 – O Dia de Cornos

quarta-feira, abril 21, 2010

50 ways to hel the Planet

Pena não estar em Português!...
Mas algum dia farei o esforço de traduzir para português.
Entretanto, talvez a tradução automática ajude.
50 Ways to Help the Planet

Posted using ShareThis

Celebrar o Dia da Terra

O Dia da Terra foi criado em 1970, pelo Senador norte-americano Gaylord Nelson, que convocou o primeiro protesto nacional contra a poluição, protesto esse coordenado a nível nacional por Denis Hayes. Esse dia conduziu à criação da Agência de Protecção Ambiental dos Estados Unidos (EPA).

A partir de 1990, o dia 22 de Abril foi adoptado mundialmente como o Dia da Terra, dando um grande impulso aos esforços de reciclagem a nível mundial e ajudando a preparar o caminho para a Cimeira do Rio (1992).

Actualmente, uma organização internacional, a Rede Dia da Terra coordena eventos e actividades a nível mundial que celebram este dia.

Cátia Rosas

Departamento Técnico da CONFAGRI

Leituras Recomendadas:

Rede do dia da Terra

Apelo - Mude um Hábito Seu em Nome da Terra

Feliz Dia da Terra

Jantar com a Terra

sábado, abril 17, 2010

João Garcia ganhou o desafio: Annapurna, o 14.º e último!

Macau, China 17/04/2010 10:18 (LUSA)
Temas: Sociedade, Desporto, Alpinismo

Macau, China, 17 abr (Lusa) - O alpinista português João Garcia, de 43 anos, atingiu hoje o cume do monte nepalês Annapurna, a última das 14 montanhas do mundo acima dos 8000 metros que se propôs escalar.

Segundo o sistema "spot adventures", um geolocalizador com ligação satélite que João Garcia transporta consigo e que pode ser acompanhado, em tempo real, pela Internet, o alpinista português atingiu o cume do Annapurna a 8091 metros de altitude às 13:30, hora local no Nepal, mais 04:45 em relação a Lisboa.

JCS.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/fim

Tive a felicidade de participar na sessão de lançamento do livrinho de banda desenhada do João Garcia, há poucos anos, na escola secundária em que ele andou, a Escola Secundária Eça de Queirós, nos Olivais, em Lisboa. Ele era o ex-aluno, eu era um dos professor, e havia muitos alunos ali, no ginásio.
O João Garcia não se realizou como homem, atleta e cidadão, com os resultados que obteve na escola, antes de a abandonar. Mas ele ali esteve a falar a todos sobre motivação esclarecida, projectos de realização pessoal, tomadas de decisão, esforço individual e tenacidade para se chegar onde se quer. E a todos nós ele encantou. O que ele hoje conseguiu tem a conversa que fez connosco na Eça. Parabéns, João! Continuas a ser um exemplo para todos nós.

quinta-feira, abril 15, 2010

Melhor falar, melhor aprender

Escrevi o seguinte comentário à notícia publicada no "i online", com o título:

Erros de palmatória cada vez mais frequentes entre universitários por Kátia

Há muito tempo que este assunto se discute entre professores, e cada vez mais eles - nós - têm (ou temos) menos condições para enfrentar o problema como se deveria fazer. Entretanto, como digo aos meus alunos - todos, não apenas os que terminam o 12.º ano a realizarem estágios com crianças -, a grande solução começa na fala, nas conversas do dia-a-dia: as crianças pequenas estão naturalmente "programadas" para aprender bem, discriminando bem os sons, as palavras, e para designar bem as coisas, as ideias e os pensamentos. Basta que lhes falemos SEMPRE com clareza, sem "abebezamentos", sem simplificações, sem antecipações. Não temos de deitar-nos a adivinhar o que as crianças querem dizer. Mesmo que o saibamos, deixemo-las dizer. Devemos pronunciar bem as palavras; devemos escrever correctamente as letras; devemos indicar correctamente os nomes de tudo, evitando ao máximo as designações indefinidas ou generalistas.As leituras mais extensas e os pensamentos mais extensos virão depois. É incrível a capacidade que as crianças têm de criar com a linguagem! Mas, para isso, as bases têm de ser seguras e correctas. Sejamos exigentes connosco próprios na fala com as crianças. A sério! Elas adoram assim!

sexta-feira, abril 09, 2010

Pensar interessantemente, agir divertidamente

Bem... pelo menos é divertido ver. A "Fun Theory" é engraçada, e os outros vídeos são também giros, para além de informativos e muito formativos. Dão ideias!... Aos pais de família e aos gestores sociais.

terça-feira, abril 06, 2010

Nascemos cópias br Morremos originais

Nascemos cópias, tornamo-nos originais. É verdade!
Mas normalmente não pensamos nisso. E é pena que não o façamos.
Toda a riqueza que resulta da diversidade, da originalidade, da diferença, fica por aproveitar.
Para prejuízo sobretudo dos mais novos.

sábado, abril 03, 2010

O trabalho de Jane Goodall começou há 50 anos.

Tanto que pensamos - apressadamente - que sabemos.
Uma das lições mais importantes do trabalho hercúleo de Jane Goodall tem a ver com o tempo. É preciso tempo para as coisas, é mesmo preciso muito tempo. Quase 40 anos foi o tempo de Jane Goodall, em condições que só uma personalidade e uma vontade pessoal muito especiais conseguiriam. O tempo, esse grande escultor, como disse Marguerite Yourcenar.
Na investigação psicológica e social, hoje em dia, dominam as aplicações das escalas e dos questionários; para a análise dos resultados apuram-se procedimentos estatísticos cada vez mais refinados. Vertiginosamente produzem-se, assim, "conhecimentos novos", em catadupas de mestrados e doutoramentos. Como fruta manipulada na genética e nos processos de cultivo para apressar o amadurecimento.
Jane Goodall, se juntarmos os anos de trabalho difícil na selva aos que agora usa para quixotescamente avisar o mundo, são tantos anos quantos praticamente eu tenho de vida.
Assim saiba eu tirar as lições de vida que tal exemplo merece. Parabéns, Jane! Deverias estar doutorada por todas as universidades do mundo!


quinta-feira, abril 01, 2010

A Páscoa, a partir da Horta, na ilha do Faial

O que de mais concreto tenho encontrado de sinais da Páscoa dos Açores, aqui na Horta, é... a notícia dos ensaios do meu querido amigo L.C., jovem quase guardador de rebanhos em tempo de férias escolares, que se prepara para participar numa representação pascal na sua terra. E não é cá! É noutra ilha, tão perto daqui e tão difícil de lá chegar!
E é o anúncio de um concerto de música clássica na igreja de S. Francisco, praticamente aqui à porta, onde, afinal, nunca entrei em quase 20 anos de constantes viagens aos Açores - só me falta pisar a ilha de Santa Maria, se tudo correr bem, será no próximo verão. O concerto é no sábado, de tarde, vou tentar ir. A entrada é livre.
De manhã, antes de entrar na padaria, fui à Biblioteca da cidade e pus-me à procura... Percorri lombadas, folheei algumas obras. Encontrei coisas, aqui e ali, sobre a Quaresma e a Pascoela; e assim que me parecia que ia encontrar uma descrição ou um estudo da Páscoa nos Açores, as descrições das celebrações do Espírito Santo sobrepunham-se e abafavam tudo o mais.
Apanhei um pequenino texto - muito engraçado!, vou relê-lo -, do séc. XVII, sobre os "impérios" no Faial, relatando acções muito empenhadas de irmãs religiosas. Os ''impérios'' parecem ser uma festividade de origem continental, talvez do Alto Alentejo.
Encontrei também um curiosíssimo texto, quase etnográfico, sobre uma Procissão dos Cornos (sim, leram bem, c-o-r-n-o-s), no Faial, em 25 de Abril de 1900, em que o autor quase pede desculpa de tão ímpia celebração. Mas, diz ele, ele não podia faltar à verdade.
Na padaria, onde fui depois, mais uma vez não encontrei nenhum bolo da época, o folar que lá se vende é igual ao de tantos outros no continente. Perguntei à senhora que me atendeu, que me confirmou que, não senhor, não há mais nada da Páscoa.
Na pressa da consulta na Biblioteca - em que nem os funcionários tinham ideia de qualquer obra sobre a época da Páscoa - apenas encontrei a versão açoriana de uma velha adivinha continental, em forma de quadra:

Nós somos sete irmãs.
Cinco justas e uma santa,
E a outra é tão pequenina,
Porque o riso a ataranta.

O que é?...

Claro!... As Semanas da Quaresma.
Já agora, alguém quer saber - ou quer explicar - porque é que uma delas "é tão pequenina porque o riso a ataranta"?

Páscoa feliz, saborosa de amêndoas e folares!