Mostrar mensagens com a etiqueta Açores. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Açores. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, julho 25, 2011

O krill, fonte de vida nos Açores

O Peter Café Sport teve a gentileza de me deixar fotografar uma amostra de krill, base fundamental da cadeia alimentar da vida animal que tão profusamente percorre as águas oceâncias à volta dos Açores.
Na fotografia, a chave não é indispensável para abrir o frasco, nem é adereço por conta da estética da fotografia.  É uma chave normal, a ideia é que se tenha noção do tamanho dos pequenos camarões.
A importância desta realidade biológica foi recentemente noticiada no Ciência de Hoje. Veja-se aqui.

sábado, abril 24, 2010

Já se celebrava no 25 de Abril antes do 25 de Abril

Volto à Procissão dos Cornos. Ou ao Dia de Cornos.
Tem a ver com o 25 de Abril. Quando o dia 25 de Abril era apenas o Dia de São Marcos e ainda não era para nós, portugueses, o Dia da Liberdade.
Talvez a dimensão e a solenidade que a data adquiriu (por mim, sou dos que digo "25 de Abril, sempre!") tenha apressado o desaparecimento da outra celebração. Que já foi muito forte, pelo menos em algumas localidades de algumas das ilhas dos Açores.
Curiosamente, talvez essa outra celebração também tivesse a ver com a recusa do povo em se simplesmente se submeter aos ditames dos poderosos políticos e religiosos, que sempre determinaram e decidiram em proveito próprio, precisamente à custa do povo.
25 de Abril, sempre!
Este ano, o texto a que se pode aceder através da hiperligação no título deste apontamento, é a minha contribuição para o Dia da Liberdade. Com a ajuda preciosa de alguns amigos, como são o Chefe Jaime e o Jonas
Está dividido da seguinte maneira:
  1. Introdução – como cheguei à Procissão dos Cornos
  2. Pesquisa exploratória do assunto – os testemunhos pessoais
  3. A religiosidade açoriana – a oficial e a profana
  4. O surgimento de uma explicação sedutora
  5. Terá futuro este assunto?
  6. Bibliografia e webgrafia
  7. Anexo 1 - Procissão dos Cornos (por Manuel Dionísio)
  8. Anexo 2 – O Dia de Cornos

quinta-feira, abril 01, 2010

A Páscoa, a partir da Horta, na ilha do Faial

O que de mais concreto tenho encontrado de sinais da Páscoa dos Açores, aqui na Horta, é... a notícia dos ensaios do meu querido amigo L.C., jovem quase guardador de rebanhos em tempo de férias escolares, que se prepara para participar numa representação pascal na sua terra. E não é cá! É noutra ilha, tão perto daqui e tão difícil de lá chegar!
E é o anúncio de um concerto de música clássica na igreja de S. Francisco, praticamente aqui à porta, onde, afinal, nunca entrei em quase 20 anos de constantes viagens aos Açores - só me falta pisar a ilha de Santa Maria, se tudo correr bem, será no próximo verão. O concerto é no sábado, de tarde, vou tentar ir. A entrada é livre.
De manhã, antes de entrar na padaria, fui à Biblioteca da cidade e pus-me à procura... Percorri lombadas, folheei algumas obras. Encontrei coisas, aqui e ali, sobre a Quaresma e a Pascoela; e assim que me parecia que ia encontrar uma descrição ou um estudo da Páscoa nos Açores, as descrições das celebrações do Espírito Santo sobrepunham-se e abafavam tudo o mais.
Apanhei um pequenino texto - muito engraçado!, vou relê-lo -, do séc. XVII, sobre os "impérios" no Faial, relatando acções muito empenhadas de irmãs religiosas. Os ''impérios'' parecem ser uma festividade de origem continental, talvez do Alto Alentejo.
Encontrei também um curiosíssimo texto, quase etnográfico, sobre uma Procissão dos Cornos (sim, leram bem, c-o-r-n-o-s), no Faial, em 25 de Abril de 1900, em que o autor quase pede desculpa de tão ímpia celebração. Mas, diz ele, ele não podia faltar à verdade.
Na padaria, onde fui depois, mais uma vez não encontrei nenhum bolo da época, o folar que lá se vende é igual ao de tantos outros no continente. Perguntei à senhora que me atendeu, que me confirmou que, não senhor, não há mais nada da Páscoa.
Na pressa da consulta na Biblioteca - em que nem os funcionários tinham ideia de qualquer obra sobre a época da Páscoa - apenas encontrei a versão açoriana de uma velha adivinha continental, em forma de quadra:

Nós somos sete irmãs.
Cinco justas e uma santa,
E a outra é tão pequenina,
Porque o riso a ataranta.

O que é?...

Claro!... As Semanas da Quaresma.
Já agora, alguém quer saber - ou quer explicar - porque é que uma delas "é tão pequenina porque o riso a ataranta"?

Páscoa feliz, saborosa de amêndoas e folares!

sábado, março 06, 2010

Parabéns, João Henrique!

O João Henrique, meu afilhado, fez anos no dia 1 de Março. 17 anos.
Quando ele tinha 7 anos, eu estava na Horta, de propósito para lhe cantar os parabéns. Calhou, num momento, ele estar comigo no carro da mãe, de pé, no banco de trás, com os braços apoiados no meu banco. Eu conduzia lentamente, descendo do hospital para as Angústias, com uma panorâmica magnífica, muito nítida, sobre o mar. Essa visão impôs-se a ambos e proporcionou um diálogo que reproduzi de memória assim que cheguei a casa.
- Ó ti Jóge, o mar é grande, não é?... perguntou-me, lá do banco de trás do carro, a olhar o mar em frente e com o Pico a aparecer do lado esquerdo, o João Henrique, de 7 anos de idade, neto do Peter.
- É, João, é grande e às vezes é mesmo muito grande...
- O mar nos Açores é grande, ti Jóge?
- OLha para ali, João, a gente olha lá para o fundo, vê sempre o mar e depois lá no fundo a gente não vê mais mas o mar continua ainda mais, parece que nunca mais acaba. Mas, se tu olhares ali para o Pico, o mar fica pequenino e se tu um dia quiseres e o mar estiver mansinho, tu podes ir o mar todo até ao Pico, a nadar.
- Ti Jóge, o mar tem um nome?
- Tem, tem muitos nomes, é que há muitos mares. E quando os mares ficam muito grandes já não se chamam mar, chamam-se oceanos.
O João Henrique olhou lá para o fundo, para onde eu dissera que o mar continuava e perguntou:
- O mar dos Açores é um oceano?
- O mar dos Açores ali para o fundo já se chama oceano Atlântico. Ali em baixo, tu sabes, chama-se Praia de Porto Pim, daquele lado ali, quando vamos para o Pico, chama-se Canal, onde tu estiveste ontem com o teu irmão e os vossos amigos chama-se Praia do Almoxarife...
- Quantos oceanos há no mundo? interrompeu-me o João.
- Um dia, na escola, a tua professora vai mostrar-te num mapa grande o oceano Atlântico, o oceano Pacífico, o oceano Índico, o oceano Glacial Ártico e o oceano Glacial Antártico.
- Este aqui dos Açores é o mais grande ou não, Ti Jóge?
- É quase o mais grande. O mais grande de todos é o oceano Pacífico.
- O oceano dos Açores não é o mais grande, Ti Jóge?... A voz e o rosto do João Henrique traziam, nem era bem um desapontamento, era mesmo uma aflição.
- Não, não é... mas já viste bem as coisas bonitas que o mar dos Açores tem? As baleias, os golfinhos, a doca onde tu, o teu pai e os teus irmãos tomam banho, os peixes que a gente pesca com o Chefe Jaime, não é João?...
- Ó To Jóge, tu sabes tanta coisa!...
A voz e o rosto do meu afilhado recuperavam já o ar ruminativo e espantado que as crianças tomam quando pensam intensamente. E parece que, quanto ao mar, por agora bastava. Agora era eu, o sábio daquele momento, o objecto da sua curiosidade:
- Ó Ti Jóge, quem é que sabe mais, és tu ou é o avô?...

Horta, Agosto de 2000

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Ao meu amigo Jaime, ao Chefe Jaime

Calhou estar no Faial no dia dos Amigos. Pela primeira vez. Forçadamente.
Calhou bem.
Vive-se aqui o dia dos Amigos como eu nunca o vivi.
As rádios locais falam constantemente no Dia dos Amigos, dizem que hoje está um bom dia para festejar o Dia dos Amigos.
O João Henrique, o meu afilhado, nascido faialense, hoje de manhã, ainda estremunhado, cumprimentou-me como nunca o fizera antes e saudou-me com um "Bom dia, amigo!"
Com o meu amigo Chefe Jaime vou logo, depois de aconchegar a minha mãe no fim do seu jantar, tomar um gin no Peter, à saúde dos amigos. O primeiro de que me vou lembrar - perdoem-me os outros - é do Zeca Barroso, que também vive muito intensamente na sua terra, o Redondo, no Alentejo, o Dia dos Amigos.
Aos outros amigos, de boa vontade os abraçaria a todos hoje. E sinto a alegria de saber que não teria tempo para todos. São já muitos! Estou certo que, ao longo da vida, muitos tenho juntado e praticamente nenhum eu tenho perdido.
A todos dedico o poema de Alexandre O'Neill

AMIGO

Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra amigo!

"Amigo" é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!

"Amigo" (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
"Amigo" é o contrário de inimigo!
"Amigo" é o erro corrigido
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada!

"Amigo" é a solidão derrotada!
"Amigo" é uma grande tarefa,
É um trabalho sem fim,
Um espaço sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
"Amigo" vai ser, é já uma grande festa!

Alexandre O'Neill, No Reino da Dinamarca

domingo, outubro 18, 2009

Ó ti Jóge, o mar dos Açores é grande?

Hoje, a arrumar papéis, recuperei o que considero ser um bem delicioso diálogo familiar, que aconteceu numa manhã em que o Sol irradiava um brilho como se tudo a que ele chegasse ele quisesse abençoar mansamente.

O dia 18 de Outubro é o Dia Europeu de Luta contra o Tráfico de Seres Humanos.
Dedico este pequenino texto a todos os pequenos sobrinhos e a todos os tios e tias que por causa da violência de homens não podem fruir estes momentos encantadores de convívio humano, de carinho familiar.

"- Ó ti Jóge, o mar é grande, não é? perguntou-me lá do banco de trás, assim que eu parei o carro para me desembaraçar do toque do telemóvel, o J. H., 7 anos de idade, neto do Peter, que toda a sua vida viveu o mar como o rapazinho o começava a ver agora: grande, muito grande. Estávamos num ponto alcandorado da ilha, com o hospital da cidade por detrás de nós e a montanha do Pico a aparecer-nos sobre o lado esquerdo.
- É, J., é grande, e às vezes é mesmo muito grande…
- O mar dos Açores é grande, ti Jóge?
- Olha para ali, J., a gente olha lá para o fundo, vê sempre o mar e depois la no fundo a gente não vê mais, mas o mar continua ainda mais, parece que nunca mais acaba. Mas se tu olhares ali para o Pico, o mar fica pequenino; e se tu um dia quiseres e o mar estiver mansinho, tu podes ir o mar todo até ao Pico, a nadar.
- Ti Jóge, o mar tem um nome?
- Tem, tem muitos nomes, é que há muitos mares. E quando os mares ficam muito grandes já não se chamam mar, chamam-se oceanos.
O J. olhou lá para o fundo para onde eu dissera que o mar continuava e perguntou-me:
- O mar dos Açores é um oceano?
- O mar dos Açores ali para o fundo já se chama Oceano Atlântico. Ali em baixo – tu sabes – chama-se praia de Porto Pim; daquele lado ali, quando vamos para o Pico, chama-se Canal; onde tu estiveste ontem com o teu irmão e os vossos amigos chama-se Praia do Almoxarife…
- Quantos oceanos há no mundo?... interrompeu-me ele.
- Um dia, na escola, a tua professora vai mostrar-te num mapa grande o Oceano Atlântico, o Oceano Pacífico, o Oceano Índico, o Oceano Glacial Ártico e o Oceano Glacial Antártico.
- Este aqui dos Açores é o mais grande ou não, ti Jóge?
- É quase o mais grande. O mais grande de todos é o Oceano Pacífico.
- O oceano dos Açores não é o mais grande, ti Jóge?
A voz e o rosto do J. traziam, nem era bem um desapontamento, era mesmo uma aflição.
- Não, não é… Mas tu já viste bem as coisas bonitas que o mar dos Açores tem? As baleias e os golfinhos; a doca onde tu, o teu pai e os teus irmãos tomam banho; os peixes que a gente pesca com o Chefe Jaime… não é, J.?...
- Ó ti Jóge, tu sabes tanta coisa…
A voz e o rosto do petiz recuperavam já o ar ruminativo e espantado que tomam nas crianças quando elas pensam intensamente. Parece que, quanto ao mar, por agora bastava.
O objecto da sua curiosidade passou a ser a sabedoria das pessoas.
- Ó ti Jóge, quem é que sabe mais, és tu ou é o avô?..."

É a esse avô e ao seu compadre Peter, que leram e se riram com esta pequena história, que eu envio, hoje, dia de Sol também lindo, que há bem pouco trouxe o brilho ao Tejo, que passa lá ao fundo, no horizonte da minha janela, como naquele dia passava o mar dos Açores, que eu mando um muito forte e carinhoso abraço. Um abraço manso, como fez o Sol num dia de Agosto, no Faial, no ano dois mil.

quinta-feira, agosto 13, 2009

O toque de Midas do Pedro


Aqui está um exemplo do "fazer das fraquezas forças". O que se diz das pessoas aplicado nas fotografias: o que é a exibição de uma fraqueza da reprodução fotográfica
(a distorção - que se tornou já vulgar explorar - causada pela ausência de perspectiva e da posição relativa dos elementos figurados entre si) transforma-se num óptimo exemplo da força do pensamento que caracteriza o desenvolvimento dos rapazinhos e das meninas da idade do protagonista que agora aqui temos: o Pedro, de 7 anos de idade.

Aos 7 anos, o pensamento de uma criança sã, viva e tranquila, tem o poder do toque de Midas: tudo aquilo em que a criança põe a mão se transforma em ouro, quer dizer, em imaginação, em criatividade, em desenvolvimento da inteligência, da sociabilidade e do prazer de fazer (a "industriosidade" de que fala Erik Erikson).

Companheiro de jornada extraordinário, o Pedro foi sempre uma criança muito afável, com um cuidado e uma solicitude quase "arrepiante"!, em relação ao forasteiro que eu era. Não se limitou a ser participante passivo nas voltas que demos, mas contribuiu activamente para o prazer e o sucesso da jornada.

O rapaz tem queda para a gestão e a liderança dos grupos: não rejeita sequer as pequenas provocações com que às vezes "picamos" os rapazinhos da idade dele; ouve, olha-nos, sorri e a seguir diz-nos qualquer coisa em que aceita a provocação ou o desafio que lhe fazemos, mas de modo a que conserve para ele margem de manobra para a sua decisão ou o seu comprometimento pessoal.

Parece uma criança que sustenta os passos num estimulante "chão" que avós, pais e os próprios irmãos têm adubado com o que de melhor pedem o afecto e a inteligência das crianças.

E se aquele Topo me deixa apreensivo, por exemplo, sobre o que possam ser as suas condições de cuidado atempado a uma criança sem saúde, não há dúvida que, pelo contrário, dispõe das condições fundamentais para o desenvolvimento de uma criança sã: a ambiência de uma natureza selvagem poderosa, imprevisível e infinita; a humanização dos espaços naturais de vida, de acordo com as necessidades dos grupos humanos e os recursos disponíveis; a presença da vida animal amansada a fazer parte rotineira da economia doméstica; os laços afectivos com a família nuclear e a família alargada; a suficiência básica dos recursos educativos; e a mágica Internet que a leva, à criança, dali, do fim do mundo aos seus antípodas, numa brevidade vertiginosa de tempo.

Pedro, sabes o que quer dizer "antípodas"? Se não sabes, pergunta ao Luís... ou vê na Internet...

sexta-feira, julho 31, 2009

Uma verdadeira Fénix!


Nem sempre, durante as férias, o sol brilha como nos postais ilustrados.
Este é o farol dos Capelinhos, uma verdadeira Fénix Renascida. Reergueu-se das próprias cinzas.
Debaixo dele acolhe agora um muito interessante centro de interpretação do Vulcão dos Capelinhos e da formação dos Açores. E, mais em geral ainda, da formação da Terra. Recomendo vivamente.
Entretanto, quem não puder ir já lá, ou não pode tão cedo lá regressar, espreite aqui:
O site precisa de ser actualizado, flexibilizado e dinamizado. Que tal aconteça o mais depressa possível, é o que se deseja. Recomendo especialmente o filme.

sexta-feira, julho 24, 2009

A Graciosa, reserva da BIOSFERA, pela UNESCO

Mesmo que em retiro na Graciosa, ou talvez por isso mesmo, não posso deixar de "plagiar" para aqui uma notícia que acabei de localizar na Net:

Graciosa: reserva da biosfera sem benefícios materiais
Publicado: 2009-06-29 11:35:24
Actualizado: 2009-06-29 11:35:24
Por: Carlos Tavares(http://ww1.rtp.pt/acores/?article=9259&visual=3&layout=10&tm=10)

É reserva da biosfera, mas a ilha Graciosa não colhe benefícios materiais desse galardão, atribuído pela UNESCO. É essa a realidade que sa passa na Graciosa: a ilha não colhe benefícios materiais do galardão atribuído pela Unesco, segundo a autarquia e também os representantes do comércio local. A Graciosa, conjuntamente com as duas ilhas que compõem o Grupo Ocidental do arquipélago açoriano, Flores e Corvo, integra a rede mundial de reservas da biosfera.
Em Maio passado, quando as Flores foram integradas, Pedro Castro Henriques, Presidente do Comité de Candidatura, mostrou-se convencido que, no futuro, o arquipélago, como um todo, pode vir a ser classificado como reserva da biosfera. Enquanto isto, o alerta vem da Graciosa, ao referir-se ao facto da falta de uma estratégia de divulgação não permitir colher benefícios do respectivo galardão da UNESCO, que é sinónimo de qualidade ambiental e da utilização sustentável dos recursos.
Luís Costa / Carlos Tavares.
Graciosa: farol da Ponta da Barca e ilhéu da Baleia.

Estou encantado com a Graciosa!
Encantado com as suas paisagens, as suas gentes e as suas casas!
Para já uma saudação muito especial, de muita amizade e gratidão, pela disponibilidade e simpatia, ao Dr. Pedro Cunha, do Museu da Graciosa; ao Jonas (candidato a meu amigo da Guarda, tomadas as devidas diferenças, claro!...), do Centro Juvenil Informático da Graciosa; e ao Artur Picanço, da Furna do Enxofre.
De todos eles aqui voltarei a falar: da Graciosa, do Dr. Pedro Cunha, do Jonas e do Artur.

sábado, abril 11, 2009

A Páscoa, com ou sem coelhinhos

Foi esta a mensagem que, a celebrar a época festiva que atravessamos, tão característica da nossa tradição cultural, espiritual ou religiosa, enviei à quase totalidade das minhas listas de endereços electrónicos (Quer dizer, modernices... cómodas, rápidas e eficazes modernices). Foi escrita ontem, à tarde:

Ai!... Ai!...

Agora, às três e meia da tarde, cá por casa, cada um descansa para seu lado...

De manhã fui p'ró mar, ver baleias e golfinhos, depois de dar à pressa o pequeno-almoço à minha "Velhitas".
Cheguei a casa quase às duas da tarde, ela esperava por mim para almoçar. Creme de ervilhas e um belo bacalhau no forno!...
Depois consolámo-nos - quem ainda estava em casa - com amêndoas, que eu trouxe de Lisboa, escolhidas quase uma a uma! Falámos de folares (que os temos cá em casa; os do Redondo já acabaram, mas temos ainda um grande do Pico, que uma doente da minha irmã fez questão de lhe oferecer), até dos lagartos com olhinhos de feijão frade que há mais de 30 anos a tia Rosinda oferecia aos sobrinhos!... Eram deliciosos!... O Pedro Henrique, o meu sobrinho açoriano mais velho, foi surfar para São Jorge, come menos amêndoas, só as que tiverem sobrado no domingo de Páscoa; é bem feito!... (Talvez lhe guarde algumas, às escondidas)
Daqui a pouco, vou levar a minha mãe - como agora se tornou hábito - a acender o farol, o que, além de útil para quem cruza o mar no canal entre as ilhas, é um excelente passeio higiénico para ela.
Amanhã vamos todos almoçar fora, ao Chinês (!) que é a grande novidade aqui na cidade da Horta.
No domingo de Páscoa vamos chamar os amigos (aqueles muito especiais) e os outros familiares da Ilha e vamos todos almoçar tradicionalmente cá em casa.
De manhã iremos todos ao cemitério levar as amêndoas aos gulosos do senhor José (o Peter) e ao nosso "Velho". À tarde, será tempo de telefonar para a família de (Grande) Lisboa, Coimbra, Cernache, Abrantes e Matosinhos. E amigos, também do continente.
A missa pascal é seguida em casa, pela televisão, pelas duas anciãs da família, Lourdes e Luísa.

Desejo a todos vós uma Páscoa igual à minha! Ou melhor!...
Beijinhos e abraços!

domingo, janeiro 04, 2009

O Priolo - a ave mais ameaçada da Europa

Voltei ontem do Faial para Lisboa.
A revista de bordo do avião da TAP dedicava muitas páginas aos Açores.
É obrigação minha ajudar à divulgação da seguinte notícia lá publicada:
A ave mais ameaçada da Europa tem morada no Leste da maior ilha dos Açores [e para evitar a sua extinção é fundamental preservar a sua área vital [a floresta laurissilva, de distribuição limitada aos arquipélagos macaronésios: Canárias, Cabo Verde, Açores e Madeira]. (...) Reduzida a 600 indivíduos, a espécie é ameaçada pela vegetação exótica, como as conteiras e o incenso, que invadem a já de si reduzida floresta nativa.
Como ajudar?
Doar dinheiro para financiar projectos ou, se estiver de passagem por S. Miguel, dê um salto ao Nordeste e visite o Centro Ambiental do Priolo, conheça a exposição permanente dedicada à ave, envolva-se num projecto de voluntariado e ajude a limpar a floresta da Tronqueira de espécies exóticas, contribuindo para o equilíbrio do ecossistema local.

Visite aqui o Centro Ambiental do Proiolo.