terça-feira, abril 15, 2014

A ansiedade do tempo: Há quanto tempo o homem ocidental se afasta da contemplação?

Há quanto tempo o homem ocidental se afasta da contemplação?
Há quanto tempo o germe da compulsão a estar a fazer qualquer coisa domina as vontades?
Quem sabe, este modo de estar no mundo associado ao valor da apropriação material trouxeram-nos a este estado de capitalismo frenético, individualista, egoísta e depredador.
"É mister limitar a correria sem rumo praticada pela maior parte dos homens, zunindo em direção às casas, teatros e mercados. Metem-se nos negócios alheios e aparentam sempre estarem ocupados. [...] Movem-se desnecessariamente e sem plano algum, como formigas trepando arbustos, indo até ao topo e de volta ao chão, sem nada alcançar. Muitos homens despendem a vida precisamente assim, naquilo que se poderia chamar de frenética indolência. Sentiria pena de alguns deles se os visse correndo apressados, como se as suas casas estivessem a arder." Séneca (século I)