segunda-feira, novembro 29, 2010

Embora os meus olhos sejam os mais pequenos do mundo, dizia António Aleixo

"Embora os meus olhos sejam
Os mais pequenos do mundo.
O que importa é que eles vejam
O que os homens são no fundo."


No passado dia 25, o grupo de professores que conduziu a participação da Escola nos programas do Parlamento dos Jovens 2010 e Euroscola 2010, conduziu também, novamente com o extraordinário empenho dos alunos, uma sessão de apresentação de todo o projeto, desde a sua germinação, em Janeiro deste ano, até à participação festiva de um grupo de alunos e professores da Eça em Estrasburgo, no Parlamento Europeu, de 20 a 26 de Outubro.
A sessão do Dia do Patrono foi conduzida tornando seu lema a seguinte afirmação de Marcel Proust:
"A única verdadeira viagem não é a que nos leva para outras paisagens, mas a que nos leva a ver as coisas com outros olhos."
Honra agora se faça a António Gedeão que, ao seu jeito, nos diz assim, também, sobre o jeito dos olhos:


IMPRESSÃO DIGITAL
Os meus olhos são uns olhos.
E é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos,
onde outros, com outros olhos, 
não vêem escolhos nenhuns.


Quem diz escolhos, diz flores.
De tudo o mesmo se diz.
Onde uns vêem luto e dores,
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.


Nas ruas ou nas estradas
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros, gnomos e fadas
num halo resplandecente.


Inútil seguir vizinhos,
querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moinhos
D. Quixote vê gigantes.


Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? São gigantes.
             in "Movimento Perpétuo", 1956

quinta-feira, novembro 18, 2010

Miguel Guerreiro na SIC, a 22 de Novembro

O Miguel, GRANDE, GRANDE, GRANDE AMIGO - amigo meu e amigo da minha escola - vai estar em direto na SIC no próximo dia 22, de manhã.
Não vou perder!
Tentem, também, não perder!

quarta-feira, novembro 10, 2010

World Science Day for Peace and Development

Hoje é o DIA DA CIÊNCIA AO SERVIÇO DA PAZ E DO DESENVOLVIMENTO
Na celebração de hoje, recomendo, aos leitores de língua portuguesa, o seguinte trabalho, publicado pela UNESCO: http://unesdoc.unesco.org/images/0018/001899/189920por.pdf
Nesse trabalho, "roubei" a seguinte imagem, tão ternurenta!...

O seu autor (a quem apresento já entusiásticos parabéns!) é o Matheus Pinho Mantovani Cerqueira, de 16 anos, do 1.º ano do ensino médio, sendo Claudio Cesário o professor-orientador, da Escola de Educação Básica e Profissional Fundação Bradesco, doRio de Janeiro, RJ.
No livro encontrarão mais desenhos, todos muito bonitos!

segunda-feira, novembro 08, 2010

O Kung-fu, para além da poluição da Televisão, do Cinema e da Net

Acabei de ler um delicioso artigo sobre o Kung-fu, na edição de Novembo da National Geographic Portugal (n.º 116, p. 64-81). O texto é de Peter Gwin e as fotografias de Fritz Hoffmann.
De lá, retiro, sem pensar muito, algumas frases que me ressoaram de maneira especial (os destaques são da minha responsabilidade):

  • Preocupam-no igualmente as armadilhas da fama. O seu mestre [Yang Guiwu] recomendou-lhe que se mantivesse humilde, mesmo quando superasse os outros alunos em seu redor. A humildade derrota o orgulho, prega mestre Yang. O orgulho derrota o homem.
  • No entanto, Hu explica que os combates não são a lição mais importante do kung-fu. Ele centra as suas lições na honra. Em cada rapaz ele procura sentido de respeito e disposição para "comer o pão que o diabo amassou", aprendendo a apreciar a adversidade, aproveitando-a para disciplinar a vontade e para forjar o caráter.
  • Pergunto [P. Gwin]: o kung-fu não é essencialmente um ato violento? E não contradiz os princípios da não-violência do budismo? Não, responde. No essencial, o kung-fu procura converter a energia em força. Na ausência de adversário, a prática compõe-se de uma série de movimentos. As próprias fraquezas físicas e mentais de um praticante transformam-se no inimigo. Com efeito, ele entra em combate consigo mesmo.
  • "Não se pode derrotar a morte" diz. Xi pontapeia o ar, equilibrando-se sobre a outra perna. "Mas pode-se derrotar o medo da morte."