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sábado, janeiro 05, 2013

De onde vem a consciência

Uma palestra muito interessante do neurocientista António Damásio, em que ele cristalinamente (não obstante a laringite) fala sobre a mente, a consciência, o Self; o que o ser humano partilha ou não com os outros animais. É um desafio muito interessante que nos lança! Por exemplo, se António Damásio levar o leitor (neste caso, o ouvinte) a pensar que o cão que se tem em casa se distingue essencialmente do seu dono porque não antecipa o futuro, como reage o leitor (ou o ouvinte)? Fala sobre a dinâmica do funcionamento cerebral e sobre a relação do Funcionamento Cerebral com a Cultura e a Educação. Grande responsabilidade deixa ele nas mãos de quem decide sobre os sistemas e os valores da Educação dos Povos!
A propósito de uma das suas apresentações de O Livro da Consciência.


Antonio Damasio is David Dornsife Professor of Neuroscience, Psychology, and Neurology, and director of the Brain and Creativity Institute at the University of Southern California. He is author several books including Descartes’ Error and, most recently, Self Comes to Mind: Constructing the Conscious Brain. Below, he takes our In The Green Room Q&A.
Q. What surprises you the most about your life right now?
A. Can I answer with a joke? I have this laryngitis and I’m still speaking.
Q. What is the last habit you tried to kick?
A. Not doing enough exercise.
Q. Who was your childhood hero?
A. Tin Tin.
Q. What do you consider to be the greatest simple pleasure?
A. Enjoying good weather by the seaside next to a forest of pines.
Q. Where would we find you at 10 a.m. Saturday morning?
A. Probably at home writing or reading.
Q. What do you wish you had the nerve to do?
A. Be an airplane pilot.
Q. Who is your favorite fictional character?
A. As a dramatic character, Gatsby. As a comedic character, Alvy Singer in “Annie Hall.”
Q. What is your most prized material possession?
A. Certain pieces of art.
Q. Who is the one person living or dead you would most like to meet for dinner?
A. Perhaps Goethe.
http://www.zocalopublicsquare.org/2010/12/10/antonio-damasio/personalities/in-the-green-room/

*Photo by Aaron Salcido. 
DECEMBER 10, 2010

quinta-feira, junho 14, 2012

Educação Física não conta para a média - Portugal - DN

Educação Física não conta para a média - Portugal - DN

Esta medida do Ministério de Educação da República Portuguesa é, no meu entender, uma medida que nos permite formar opinião sobre a consistência da cultura civilizacional e científica dos decisores que a tomaram; e a sua estreiteza de perspetiva, quando as verdadeiras soluções, não apenas na área da educação, mas também no desenvolvimento geral do País, reclamam sabedoria, rasgo e valorização de todas as dimensões das competências e capacidades humanas.
A médio ou longo prazo, é uma medida perfeitamente reversível, o que me deixa mais descansado. A curto prazo, parece-me uma medida muito infeliz, que vem distorcer a formação de um punhado não negligenciável de jovens.
Não é apenas a negação da velha máxima grega, que avisa que a mente sã se constroi sustentada no corpo são, é também a negação do que hoje em dia se sabe sobre a importância das actividades do corpo no desenvolvimento do cérebro, das capacidades abstrativas da mente; do autocontrolo e da autorregulação emocional; da estimulação e da aprendizagem da regulação da sociabilidade, da competição e da gestão dos conflitos.
Sinal dos tempos, esta medida mostra quanto as preocupações oficiais com a educação dos jovens vai a reboque das necessidades e das motivações pequenas do "desenrasca"  económico, mercantilista; e que todos nós, com os nossos governantes à cabeça, andamos a reboque de quem manda (os poderosos do dinheiro) e os que pensam que têm verdadeiro poder (os provisórios governantes).
Admito perfeitamente que haja alunos (não são todos, seguramente, os que há pouco quis referi no "punhado não negligenciável de jovens") e encarregados de educação em número não negligenciável que apoiem este medida, mas, infelizmente, a minha experiência, enquanto professor e enquanto psicólogo, tem-me mostrado quanto a pessoa (no fundo, pessoas concretas que eu conheço) perde quando se sobrevaloriza as coisas da mente, ou as coisas do corpo, pondo-se em causa a integridade da pessoa. É, sobretudo a felicidade pessoal e a felicidade das famílias que é posta em causa.