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terça-feira, setembro 02, 2025

#TOLERÂNCIA247 - A PSICOLOGIA GENÉTICA DA TOLERÂNCIA

 #TOLERÂNCIA247 - A PSICOLOGIA GENÉTICA DA TOLERÂNCIA

Psicologia Genética eu sei o que é: é o ramo da Psicologia que se ocupa com o estudo do surgimento, expansão e desenvolvimento das funções psicológicas e do seu declínio desde o nascimento até à velhice. Sim, basicamente é isto

Sobre a Psicologia Genética da Tolerância, pois, não sei nada... Mas gostava muito de saber.

O olhar e o pensamento que se tem sobre um bebé que observamos longamente tem sempre um lado adultomórfico. Ainda bem! Esse lado ajuda-nos a entender os bebés, e só é negativo quando é único e ocupa todo o espaço mental do adulto que observa o bebé e se ocupa com ele.

A maneira como, em geral, os bebés aceitam o manuseamento que os adultos fazem deles devia-nos fazer pensar... Os bebés toleram tudo. Bem, provavelmente, eu não deveria usar aqui o verbo tolerar, mas sim o verbo aceitar. Se tolerar tem a ver com a diferença e o reconhecimento da diferença, então aceitar, sim, estará melhor: os bebés aceitam.

Quando o bebé faz um esgar de desagrado por um alimento novo está a reconhecer a diferença do alimento ou não? Quando o bebé começa a expressar a "angústia do estranho" está a mostrar que reconhece a diferença daquele rosto ou apenas a tomar consciência (ui!, outra concepção adultomórfica) do não-familiar?

O bebé desde que nasce tem contacto com pessoas que são todas diferentes, mas quando é que a criança percebe que uma pessoas são mais diferentes do que outras? Que quota-parte de responsabilidade cabe ao simples desenvolvimento das funções cognitivas e que quota-parte cabe à educação familiar e à influência cultural?

A aprendizagem por discriminação é uma das principais formas de aprendizagem. Discrimina-se o que não é igual, o que é diferente.

Em que momento é que o bebé (e depois a criança) passa a não aceitar o que reconhece como diferente? É quando os seus processos cognitivos se desenvolvem suficientemente para ter bem claras as diferenças ou quando elas simplesmente lhe provocam desagradáveis experiências de dissonância cognitiva? É quando a influência familiar e cultural se impregna de forma consistente por imitação ou inculcação? É quando as próprias experiências pessoais se acumulam como aprendizagens sociais negativas?

Todas estas interrogações e muitas maus que certamente por preguiça de esforço mental (talvez esteja a ser demasiadamente duro comigo próprio: não será por preguiça, mas não estarem ainda suficientemente clarificadas na minha cabeça), talvez não as devesse trazer a público, mas parece-me, neste momento da viagem, que é um campo por explorar, quem sabe, talvez desperte nalgum leitor a motivação para fazer uma investigação deste assunto e depois produza uma tese ou um relatório interessante.

Aprendemos com Jean Piaget a determinar o surgimento de aquisições cognitivas, por exemplo, a permanência do objecto, a conservação e a reversibilidade, o raciocínio abstracto, etc. Poderemos alguma vez determinar a aquisição da capacidade, ou competência, ou esquema, ou matriz, ou..., ou..., ou..., da tolerância no desenvolvimento do bebé ou da criança?

Alguns colegas meus devem estar a arrepiar-se com algumas coisas ou mesmo tudo que estou a dizer, mas eu estou só a falar para dentro... Não estou comprometido com nenhum contrato de investigação ou tese. Estou em viagem exploratória, alguma vez tinha de vir a esta estação, alguma vez tinha de pensar nisto? A razão derradeira para ser hoje? Se calhar porque andei na rua um bom par de minutos com um bebé de menos de 6 meses ao colo e fui observado o que ele fazia, o que ele olhava — e tanta gente ele olhou! —, até a sombra que ele e eu projectávamos no chão e seguia à nossa frente. Ele, curioso, até se distraiu dos dentes a romper, largou o cordão da chupeta que durante algum tempo foi mantendo na boca, direi que tolerando, ou pacientemente aceitando, o incómodo que se vai espalhando por toda a boca. (Já agora, o "pacientemente" não é também um adultomorfismo?)

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