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segunda-feira, agosto 04, 2025

#TOLERÂNCIA218 - INTOLERÂNCIA PESSOA A PESSOA, GRUPO A GRUPO

 #TOLERÂNCIA218 - INTOLERÂNCIA PESSOA A PESSOA, GRUPO A GRUPO

O jornal Público e o Diário de Notícias falam ambos da intolerância nas edições de hoje.

Num deles, um artigo de opinião do Diário de Notícias, da autoria de Rui Frias, o autor diz que «Numa sociedade cada vez mais intolerante ao outro, em que crescem a agressividade, o ódio, a violência, parece que se respira uma necessidade de eliminar quem ousa contrariar-nos. Quer se trate de
um simples arrufo de discoteca ou do debate político. Essa pulsão para reagir com hostilidade ao simples facto de alguém estar “do outro lado” é um sintoma concreto de uma acelerada erosão democrática numa sociedade onde o “ou estás comigo ou estás contra mim” se generalizou como máxima tribal de pensamento e atuação.»

No outro, no Público, na entrevista conduzida pela jornalista Daniela Ferreira, António Pinho Vargas, musicólogo, em resposta à pergunta "O que é mais assustador e/ou decadente no mundo de hoje? E mais fascinante?, responde: «A situação em Gaza há muito que ultrapassou os limites do tolerável. Ser

europeu agora transporta consigo mais uma grande mancha que nos envergonha. Um crime é um crime. A ascensão da extrema-direita em todo o mundo é muito preocupante. Os poderes mediáticos simultaneamente muito poderosos e muito opacos, na sua capacidade de manipular os votantes /espectadores, sendo que a maior parte das disputas eleitorais acontece exactamente aí nesse lugar não neutral. Daqui resulta uma crise da democracia que não considerou ainda crucial corrigir os desvios que as mudanças tecnológicas provocaram. As democracias exercem-se num mundo muito diferente do da segunda metade do século XX, mas as regras são as mesmas.»

Apetece desabafar que nunca a Tolerância foi tão necessária, nunca a Intolerância foi tão grande. O desafio para a Pedagogia e a Educação é muito grande, mas não há como pôr as mãos na massa, pôr mãos à obra e continuar a procurar o que é justo, chegar a ele e consolidá-lo. Como vimos na estação de ontem, os jovens, não obstante as forças em sentido contrário, ainda têm um potencial de esperança muito grande.

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quinta-feira, julho 31, 2025

#TOLERÂNCIA214 - PALESTINA: INTOLERANTES E COMPROMETIDOS

 #TOLERÂNCIA214 - PALESTINA: INTOLERANTES E COMPROMETIDOS

Fiquei na dúvida se dizia "comprometidos" ou "covardes"...

São cada vez mais os Governos que anunciam o reconhecimento do Estado da Palestina. Por mim, saúdo vivamente que assim seja.

Os Governos que não tomam posição de intolerância perante o sofrimento e a tragédia que o Estado de Israel continua a infligir à Faixa de Gaza e aos Palestinianos, na minha opinião, ou estão comprometidos com o Governo de Israel ou são covardes.

Por cá, em Portugal, saúdo o Partido Socialista, com o que lei na edição de hoje do Público:

«Na bancada do PS, que integrava o GPA [grupo parlamentar de amizade, com Israel]desde sempre, não há agora qualquer deputado interessado em pertencer-lhe devido à atitude mais radical de Israel no conflito na Faixa de Gaza desde Março, com atropelos ao direito internacional e aos direitos humanos. [...] "O PS sempre integrou os dois GPA desde que foram criados. A situação actual é fruto da situação intolerável que o Governo de Israel tem vindo a agravar desde Março deste ano"», argumenta Delgado Alves.

Que a Intolerância contra o Governo de Benjamin Netanyahu continue!

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terça-feira, julho 29, 2025

#TOLERÂNCIA212 - A DESTRUIÇÃO EM MASSA DE GAZA É INTOLERÁVEL

 #TOLERÂNCIA212 - A DESTRUIÇÃO EM MASSA DE GAZA É INTOLERÁVEL

Intervenção do Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, na sessão de encerramento da Conferência Internacional de Alto Nível para a Resolução Pacífica da Questão da Palestina e Implementação da Solução de Dois Estados, em 28 de Julho de 2015:

Excelências,
Senhoras e Senhores,

Agradeço ao governo da França e ao Reino da Arábia Saudita pela organização desta conferência

internacional sobre a implementação da solução de dois Estados.

Estamos hoje aqui de olhos bem abertos – plenamente conscientes dos desafios que enfrentamos. Sabemos que o conflito israelo-palestiniano perdura há gerações – desafiando esperanças... desafiando a diplomacia... desafiando inúmeras resoluções e desafiando o direito internacional.

Sabemos que o conflito continua a ceifar vidas, a destruir futuros e a desestabilizar a região e o nosso mundo. Mas sabemos também que a sua persistência não é inevitável. Pode ser resolvido.

Isso exige vontade política e liderança corajosa. E exige verdade. A verdade é esta: estamos num ponto de rutura. A solução de dois Estados está mais distante do que nunca.

Excelências,

Nada pode justificar os horríveis ataques terroristas de 7 de outubro pelo Hamas e a tomada de reféns, os quais condenei repetidamente. E nada pode justificar a obliteração de Gaza que se desenrolou perante os olhos do mundo. A fome da população. O assassínio de dezenas de milhares de civis. A maior fragmentação do Território Palestiniano Ocupado. A expansão implacável dos colonatos. O aumento da violência dos colonos contra os palestinianos. A demolição de casas e o deslocamento forçado de populações. As alterações demográficas no terreno. A ausência de qualquer solução política credível.

E o apoio – expresso numa declaração do Knesset votada na semana passada – à anexação da Cisjordânia Ocupada.

Sejamos claros:

A anexação gradual da Cisjordânia ocupada é ilegal. Tem de parar. A destruição em massa de Gaza é intolerável. Tem de parar. As ações unilaterais que prejudicariam para sempre a solução de dois Estados são inaceitáveis. Têm de parar.

Excelências,

Estes não são eventos isolados. Fazem parte de uma realidade sistémica que está a desmantelar os alicerces da paz no Médio Oriente. E, no entanto, precisamente devido a estas realidades sombrias, devemos fazer ainda mais para concretizar a solução de dois Estados. A conferência de hoje é uma oportunidade rara e indispensável. Temos de garantir que não se torne mais um exercício de retórica bem-intencionada. Pode e deve servir como um ponto de viragem decisivo – um catalisador para progressos irreversíveis no sentido de pôr fim à ocupação e realizar a nossa aspiração comum de uma solução viável de dois Estados.

A solução de dois Estados continua a ser o único enquadramento enraizado no direito internacional, endossado por esta Assembleia e apoiado pela comunidade internacional. Especificamente:

Israel e Palestina, vivendo lado a lado em paz e segurança, dentro de fronteiras seguras e reconhecidas, com base nas linhas anteriores a 1967, com Jerusalém como capital de ambos os Estados – Em conformidade com o direito internacional, as resoluções da ONU e outros acordos relevantes.

Dois Estados independentes, contíguos, democráticos e soberanos, reconhecidos por todos e plenamente integrados na comunidade internacional. É o único caminho credível para uma paz justa e duradoura entre israelitas e palestinianos. E é condição 'sine qua non' para a paz em todo o Médio Oriente.

Excelências,

Israel, a Palestina e outros terão de tomar decisões difíceis neste caminho. Será necessária uma liderança corajosa e baseada em princípios de todos os lados. Estamos aqui para encorajar e apoiar esse esforço.

Obrigado por se reunirem para avançar esta causa essencial para os povos de Israel, da Palestina e para toda a humanidade. Obrigado.

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sábado, julho 26, 2025

#TOLERÂNCIA209 - SER TOLERANTE É SER CIDADÃO ACTIVO

 #TOLERÂNCIA209 - SER TOLERANTE É SER CIDADÃO ACTIVO

Muitas vezes, por mais que a gente pense que a nossa voz é muito importante e deve ser ouvida, o melhor que há a fazer é unir a nossa voz a outros, à escrita dos outros. É o que agora faço. Juntos, a nossa voz pode chegar mais longe. Temos de saber não tolerar mais e passar à acção que o mostre, que pare o que é preciso parar.

Em Gaza, a Tolerância nega a Humanidade, a Solidariedade, o Respeito, a Empatia, os Valores, a Democracia, os Ideais de um mundo melhor, amigos da Diversidade dos Povos e das Culturas Humanas.

Tiago Luz Pedro escreveu assim hoje no editorial do Público:

«Há momentos em que a dignidade do mundo se mede pelo silêncio que se aceita. Gaza é, hojе, esse espelho intolerável: uma terra sitiada onde crianças morrem à fome, hospitais operam sem anestesia e a água potável é um luxo inalcançável. Não se trata de uma calamidade natural. Trata-se de uma
engenharia deliberada da escassez, em que a fome se tornou instrumento de guerra e a sobrevivência, um mero acaso estatístico.

»Nenhuma democracia digna desse nome pode pactuar com a punição colectiva de um povo inteiro. E, no entanto, é isso que se normaliza dia após dia em Gaza. Israel, com o argumento legítimo da autodefesa, ultrapassou há muito os limites da proporcionalidade. Usa o bloqueio como arma, compromete corredores humanitários, externaliza a distribuição da ajuda a actores privados e sem controlo. O resultado está à vista: crianças com corpos de pele e osso, mães que cavam valas comuns, civis que são alvos enquanto correm por um saco de arroz.

»Mais de cem pessoas morreram de fome em Gaza desde o início da guerra. Quase metade dessas mortes ocorreu só neste mês de Julho. Mais de mil civis foram mortos enquanto tentavam obter ajuda humanitária. Estima-se que 16% das crianças só na cidade de Gaza sofram de desnutrição aguda.

»A comunidade internacional observa, condena, mas hesita. Os Estados Unidos protegem Israel de sanções na ONU. A Europa debate-se entre a culpa histórica e o cálculo geopolítico. É neste contexto que a decisão de Emmanuel Macron de reconhecer formalmente o Estado da Palestina, em Setembro, adquire um significado maior. A França torna-se o primeiro país do G7 a assumir que a única saída possível para este ciclo de destruição é a solução dos dois Estados - e que continuar a tratar os palestinianos como um povo sem direitos nem futuro é prolongar o ciclo do ódio e semear um futuro de novos radicais e novos massacres.

»É, acima de tudo, um apelo à consciência internacional. Porque nenhuma democracia se pode construir sobre a miséria absoluta de outro povo. E porque o Ocidente, que tantas vezes invoca o passado para justificar o presente, não pode ignorar que também o Holocausto começou com a desumanização gradual de um povo tornado invisível.

»Primo Levi escreveu que, nos campos de extermínio, a primeira morte era a da linguagem: quando já não se encontravam palavras parа nomear a destruição de um homem. Gaza é hoje a imagem vívida desse abismo moral. O que está em causa não é apenas a segurança de Israel nem o destino da Palestina. É a decência de todos nós.»

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P.S. - Pedi a um 'chatbot', o "ChatOpen", que me criasse uma imagem que ilustrasse o primeiro parágrafo do editorial. Porquê a este? Porque há pouco mais de um mês, sem saber como, pensando que estava a pagar uma coisa, paguei outra, e o ChatOpen papou-me uma inscrição anual de 100 euros. Ora bem, agora o ChatOpen recusou-se a criar a imagem! Disse que «Your prompt may contain text that is not allowed by our safety system.» É a censura — Paga por nós! — do Grande Irmão! É um desafio para a Liberdade de Expressão e a Defesa dos Direitos Humanos.

quinta-feira, julho 24, 2025

#TOLERÂNCIA207 - INTOLERÂNCIA, DAS PALAVRAS À ACÇÃO

 #TOLERÂNCIA207 - INTOLERÂNCIA, DAS PALAVRAS À ACÇÃO

O que está a acontecer na Faixa de Gaza, em razão do que Israel (o Estado de Israel, não estou a falar dos judeus, não me venham com a acusação de antissemitismo) tem mantido de destruição e morte, desafia-nos a todos, nas palavras que dizemos e nas acções que praticamos.

Nunca como agora os líderes políticos europeus negaram a identidade histórica dos Direitos Humanos e dos Valores da Paz e da Solidariedade da União Europeia. É intolerante o comportamento do Estado de Israel; e é intolerante o comportamento da União Europeia e dos seus membros. O Reino Unido envergonha a Magna Carta e os Estados Unidos da América os princípios constitucionais fundadores.

Reconheço que o protesto e as manifestações dos cidadãos, em todo o mundo, têm sido muitos, mas sem qualquer sucesso prático, têm sido, em geral, bem educadinhos. Daquele jeito que os Governos gostam para mostrarem que garantem a liberdade de expressão.

Há uma banda desenhada da Mafalda em que a mãe lhe diz que vai à lavandaria e pede à Mafalda que tome conta do bebé por um minuto. A Mafalda anui com um simples «Claro.» A seguir, chega-se ao bebé e, marota, tira a chupeta da boca ao bebé. Resultado: o bebé rompe num berreiro de mil decibéis, a Mafalda entra em pânico, volta a pôr a chupeta na boca do bebé, o bebé sossega. Desabafa a Mafalda: «Se os povos soubessem usar os pulmões como tu, os ditadores iriam ver como é que elas lhes mordiam!»

Pois é, os cidadãos ainda não berraram o suficiente. Fazes falta, Quino... Fazes muita falta! Para nos pores ao espelho e tomarmos consciência das nossas contradições. Dos ditadores e dos (des)governantes do Mundo já não vale a pena falar.

No Público de hoje, Manuel Serrano, que é apresentado como analista de assuntos europeus, políticа
internacional e processos eleitorais, diz que «O silêncio europeu sobre Gaza não é apenas ensurdecedor - é uma humilhação que nos compromete, um olhar para o outro lado intolerável.
Comparativamente, fomos rápidos a levantar a voz contra Moscovo, firmes a condenar, ágeis a sancionar, apesar de Orbán e Fico. Porém, diante de Telavive, tornámo-nos hesitantes. Este é o sintoma de um contágio moral que já não conseguimos disfarçar: o continente que se orgulha dos seus princípios universais aplica-os consoante o rosto do agressor ou o interesse do momento. Dois pesos, duas medidas. Dois códigos que não se anulam, mas se acumulam, fragilizando-nos, porque cada incoerência deixa uma cicatriz que nenhum discurso consegue apagar.
Mais do que uma omissão, a Europa assiste ao avanço de um projeto que redefine, sem pudor, a barbárie no século XXI. A "cidade humanitária" - expressão cínica do ministro da Defesa israelita para designar a construção sobre as ruínas de Rafah - não passa de um eufemismo para um campo de concentração.
São palavras do próprio Ehud Olmert, ex-primeiro-ministro israelita, que não hesita em dar-lhe nome: uma prisão em grande escala, uma limpeza étnica disfarçada de política. Forçar a população palestiniana a viver enclausurada, proibida de sair - salvo para um exílio forçado - é um crime que não admite desculpas.»

12 páginas mais à frente, no mesmo jornal, Rita Siza escreve assim de Bruxelas: «Os termos do acordo que a chefe da diplomacia europeia fechou com o Governo de Israel para um reforço significativo da ajuda humanitária à população da Faixa de Gaza não foram tornados públicos, mas, num ponto de informação aos Estados--membros da União Europeia, ontem, os serviços dirigidos por Kaja Kallas admitiram que "os números estão muito abaixo" das metas estabelecidas, e "são muito inadequados" para responder a uma situação que a cada dia se torna mais "intolerável".»

É outra vez o desafio que leva das palavras à acção: que fazem os líderes da União Europeia perante o que se torna a cada dia mais intolerável? Repito: os que eles fazem envergonham os Valores Europeus.

E nós — profissionais do Ensino, da Educação, da Acção Social, da Psicologia Comunitária — que fazemos? Quando as Mafaldas, os Guis, os Filipes, as Liberdades, os Manelitos, as Susanitas e os Miguelitos vierem ter connosco e nos pedirem respostas para as suas acutilantes perguntas e reflexões, que lhes vamos dizer? Vamos também envergonhar a riquíssima tradição pedagógica de tantos Mestres e Mestras que povoam a História Europeia desde que a reconhecemos na Antiguidade Clássica?

Que Pedagogia pedem estas realidades nas aulas de Educação para a Cidadania?

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segunda-feira, julho 21, 2025

#TOLERÂNCIA204 - OS "AMIGOS" QUE NEGAM A TRAGÉDIA HUMANITÁRIA EM GAZA

#TOLERÂNCIA204 - OS "AMIGOS" QUE NEGAM A TRAGÉDIA HUMANITÁRIA EM GAZA

A questão é: que fazer com os amigos que negam a tragédia humana em Gaza? Quais são os limites que a Tolerância deve ter?

Defender o direito de Israel a defender-se da incursão perpetrada pelo Hamas no dia 7 de Outubro de 2023, é uma coisa. Inclusivamente, tomando-se esse dia como o primeiro depois de um tempo em que tudo estava justo naquela região do mundo entre Palestinianos e Judeus.

Calar-se perante o que Israel está a fazer na Faixa de gaza é outra coisa. Se um dia Jesus respondeu a Pedro que deveria perdoar 70 vezes 7 a um irmão que pecasse contra ele, o que se vê na Faixa de Gaza é que parece que o governo israelita esta determinado a castigar 70 vezes 7.

Mais uma vez, hoje dou uma pequena volta, bastou uma pequena volta, ao mural do Facebook, e encontro risos a publicações que mostram o que se passa na Faixa de Gaza. Encontro também publicações que dizem que são mentiras, boatos, tolices, disparates e balelas o que se conta da fome, das mortes por inanição, a destruição dos cuidados de saúde de pessoas martirizadas por serem palestinianas.

Fico incrédulo perante os requintes de desumanidade que gente de bom nome, de boas famílias, diz, escreve, reage perante tanto sofrimento humano, perante a tragédia daqueles pais e mães que querem dar comida e protecção aos filhos. Tais pessoas nem sequer têm o pudor de se remeterem ao silêncio. Ostensivamente negam-no, para tais pessoas não se passa nada — apoiam que os governantes e militares israelitas continuem a barbárie, destas tais pessoas, eles, os governantes e militares, recebem "educada" anuência.

O mínimo que posso fazer é "desamigar" pessoas assim. Foi o que acabei de fazer. Desisti de qualquer intenção e esforço de mudar ideias e pontos de vista. Aquelas pessoas sabem que querem que as coisas sejam assim. A minha tolerância chegou ao limite. Repito: desamiguei um "amigo" do Facebook. Infelizmente, não é nada que ajude o tão sofrido povo palestiniano.

Àqueles que perversamente, desumanamente negam a tragédia do Povo Palestiniano, permito-me lembrar a fórmula completa do Talmude (Sanhedrin 4:4-5, Rabi Jack Abramowitz), que o filme "A Lista de Schindler" popularizou numa forma bem mais abreviada: "Quem salva uma vida salva o mundo inteiro".

É esta, então, a forma completa que os autores e os apoiantes do massacre do Povo Palestiniano evitam olhar e tomar consciência:

«Apenas um homem, Adão, foi originalmente criado para nos ensinar que, se alguém destruir uma única vida, é como se tivesse destruído um mundo inteiro, enquanto que, se alguém salvar uma única vida, é como se tivesse salvo um mundo inteiro.»

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