tag:blogger.com,1999:blog-267173382024-03-13T17:08:38.828+00:00Na escola. Escrever quase na água.De vez em quando, há coisas que parecem ter-se tornado muito claras para nós na nossa cabeça. E parece-nos também que terão algum interesse para as outras pessoas.Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.comBlogger496125tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-16431441121360603952023-08-10T15:45:00.007+01:002023-08-10T17:51:12.564+01:00II Encontro Internacional de Solidariedade Intergeracional<p style="text-align: center;"> Nos dias 7 e 8 de Setembro, na Amora e no Seixal.</p><p style="text-align: center;">Inscrição grátis na Junta de Freguesa da Amora (jfamora@jf-amora.pt).</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi05nH-LfWYAdIVw5gPerBs8NZGBObVIhJZf1x7NHAQlTpFZ9Zq-7-y8cxzaAyY3ZaVtjvGZQ7aCLXPgAXVy4E2QFRfXJ4KbVSVFQ7TQTHX2Uz4oqeJOmMV7IsAwIAKOXSMSixx_GEoPO_zON71SPz-lVhRTRyZgpaCk3gmnZ7GcynSWi4iehEv4w/s1064/Amora%20Seixal%2007-08SET23%202.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1064" data-original-width="798" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi05nH-LfWYAdIVw5gPerBs8NZGBObVIhJZf1x7NHAQlTpFZ9Zq-7-y8cxzaAyY3ZaVtjvGZQ7aCLXPgAXVy4E2QFRfXJ4KbVSVFQ7TQTHX2Uz4oqeJOmMV7IsAwIAKOXSMSixx_GEoPO_zON71SPz-lVhRTRyZgpaCk3gmnZ7GcynSWi4iehEv4w/w480-h640/Amora%20Seixal%2007-08SET23%202.png" width="480" /></a></div><p></p><p></p>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-55586637815560797142023-03-25T16:42:00.002+00:002023-03-25T16:42:09.824+00:00Educação - Frases Inspiradoras: Deus e os Homens<p> <em>«Não é importante se as pessoas acreditam ou não em Deus; o que conta é como tratam os outros homens.»</em>, era o que Hans Rosling ouvia, em criança, aos seus pais. Quase seguramente, na década de 50 do séc. XX, na Suécia.</p><p>(Hans Rosling, "Como Aprendi a Compreender o Mundo", p. 21. Temas e Debates, Lisboa, 2021)</p>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-26212558964588059432023-03-25T07:31:00.002+00:002023-03-25T12:05:24.334+00:00Aprender o valor do trabalho, a justiça e a equidade ao colo do pai<div style="text-align: left;">Hans Rosling tornou-se conhecido pelo livro que teve de concluir à pressa. A sentença dum cancro do pâncreas não lhe deixava alternativa. O livro apareceu em 2018, tendo o autor morrido em 2017. O livro foi escrito em colaboração cm o filho e a nora. É o Factfulness [Factualidade, ou Os Factos].</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Diz o autor na Introdução ao outro livro escrito na mesma altura que «Depressa percebi que havia material suficiente para dois livros», o Factfulness e outro que «é sobre mim e sobre como cheguei a esse conhecimento», isto é o conhecimento que apresentou no Factfulness.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">O segundo livro tem como título, em português, "Como Aprendi a Compreender o Mundo", tradução que segue à risca o título em inglês. Logo no princípio do primeiro capítulo, "Da Iliteracia à Excelência Académica", o autor e cientista sueco diz-nos assim:</div><div style="text-align: left;"><br /></div><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div style="text-align: left;"><i><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh4O_XPq1bUftbsGAVpzdoLS4YHVF_QYIB9sY2gJ3iHBOIlYF-DO7QcOzDNAE8P-bHOBAkRO4QjYQeP6DIuTvhzktlJoPaH_9htqBk11MzamiCAZuWEMXdQyLSw9QQXJsZLLpjM08LAM2_tNMOQWTauzySsMl188os_pcsrH4uH9PEqGXntaE/s1920/Gr%C3%A3os%20de%20caf%C3%A9.webp" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1920" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh4O_XPq1bUftbsGAVpzdoLS4YHVF_QYIB9sY2gJ3iHBOIlYF-DO7QcOzDNAE8P-bHOBAkRO4QjYQeP6DIuTvhzktlJoPaH_9htqBk11MzamiCAZuWEMXdQyLSw9QQXJsZLLpjM08LAM2_tNMOQWTauzySsMl188os_pcsrH4uH9PEqGXntaE/w400-h225/Gr%C3%A3os%20de%20caf%C3%A9.webp" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">© Shutterstock</td></tr></tbody></table>Quando o meu pai voltava para casa do trabalho, à noite, cheirava sempre a café. Trabalhava na torrefação Lindvalls Kaffe em Uppsala. Foi assim que aprendi a gostar do cheiro do café muito antes de começar a bebê-lo. Muitas vezes ficava na rua à espera que ele chegasse do trabalho, a vê-lo aproximar-se de bicicleta pela rua fora. Ele saltava da bicicleta, vinha abraçar-me e eu fazia-lhe sempre a mesma pergunta: </i>«Encontraste alguma coisa hoje?»</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><em>Quando os sacos de grãos verdes de café chegavam para a torrefação, eram despejados para um tapete rolante e, em primeiro lugar, havia a triagem por um potente íman. O objectivo era remover quaisquer objectos metálicos que pudessem ter ido parar ao saco durante o processo de secagem e embalamento. O meu pai trazia-os para casa, dávamos e contava-me uma história sobre cada um deles. As histórias eram emocionantes.</em></div><div style="text-align: left;"><em><br /></em></div><div style="text-align: left;"><em>Às vezes trazia uma moeda. </em>«Olha, esta é do Brasil»<em>, dizia ele. </em>«O Brasil produz mais café do que qualquer outro país.»</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><em>O meu pai deixava-me sentar no colo dele, abria o atlas do mundo à nossa frente e começava a contar a história:</em> «É um país grande e muito quente. Esta moeda apareceu dentro de um saco que veio de Santos»<em>, explicava ele, apontando para a cidade portuária brasileira.</em></div><div style="text-align: left;"><em><br /></em></div><div style="text-align: left;"><em>E descrevia os homens e mulheres trabalhadoras, elos na cadeia que terminava com pessoas na Suécia a bebericar o seu café. Cedo percebi que quem apanhava o café era quem ganhava menos.</em></div></blockquote>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-74445377420062171542021-09-14T21:12:00.007+01:002021-09-14T21:20:26.063+01:00REGRESSAR À ESCOLA E FAZER A VIAGEM DO ALFABETO - 1/7<p> REGRESSAR À ESCOLA E FAZER A VIAGEM DO ALFABETO - 1/7</p><p>Antes da invenção da escrita e do alfabeto (o alfabeto inventou-se depois da escrita), o segredo era ouvir...</p><p>Um dia alguém inventou o alfabeto, popularizando a escrita, que deixou de ser um privilégio dos poderosos.</p><p>ESCREVER A SENSUALIDADE E A ETERNIDADE INDIVIDUAL</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-D1AWlALW1Xc/YUECDuN5qQI/AAAAAAAAJ14/Z0O8-lbPebQ1C_DpMRhibXQeLE8EQKObQCLcBGAsYHQ/s1024/1024px-Dipylon_Inscription.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="685" data-original-width="1024" height="268" src="https://1.bp.blogspot.com/-D1AWlALW1Xc/YUECDuN5qQI/AAAAAAAAJ14/Z0O8-lbPebQ1C_DpMRhibXQeLE8EQKObQCLcBGAsYHQ/w400-h268/1024px-Dipylon_Inscription.jpg" width="400" /></a></div><br />"Os primeiros vestígios alfabéticos que conhecemos apareceram em vasos de cerâmica ou na pedra. As palavras que os oleiros e os canteiros gravaram já não falam de vendas e de posses - escravos, bronze, armas, cavalos, azeite ou gado. Eternizam instantes especiais das vidas de pessoas comuns que participam em banquetes, que dançam, bebem e celebram os seus prazeres.<p></p><p>Sobreviveram cerca de vinte inscrições datadas entre o ano 750 e 650 a. C. A mais antiga é a inscrição de Dipylon, encontrada num antigo cemitério de Atenas.</p><p>O exemplo mais remoto de escrita alfabética, embora incompleto, é um verso sensual e evocador:</p><p style="text-align: center;"><b><i>«O bailarino que dance com maior destreza...»</i></b></p><p>Essas simples palavras transferem-nos para um simpósio realizado numa residência grega com risos, jogos, vinho e um concurso de dança para os convidados cujo prémio era o próprio vaso. Homero descreveu na Odisseia este tipo de competições festivas, que eram frequentes nos banquetes e para os gregos faziam parte do seu conceito de boa vida.</p><p>A julgar pelos termos da inscrição, o tipo de dança seria acrobática, enérgica, carregada de erotismo. Por isso imaginamos que o vencedor do concurso devia ser muito jovem, capaz de fazer um grande esforço físico, as piruetas e os saltos que a dança exigia.</p><p>Sentiu-se tão orgulhoso que conservou sempre a recordação daquele dia feliz e, muitos anos depois, pediu que o enterrassem com o troféu da sua vitória. No seu túmulo, após vinte e sete séculos de silêncio, encontrámos o vaso e, gravado nele, esse verso que conserva ecos de música e marcas de uns belos passos de dança."</p><p><span style="font-size: x-small;"><i>(Irene Vallejo, "O Infinito num Junco", Bertrand Editora, p. 119, 2020)</i></span></p><p><span style="font-size: x-small;"><i>Fotografia: By Durutomo - Durutomo, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=9798748</i></span></p>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-27810127028988965682021-07-18T22:31:00.003+01:002021-07-18T22:31:28.661+01:00UM DESAFIO PARA A ESCOLA DO SÉCULO XXI?<p> UM DESAFIO PARA A ESCOLA DO SÉCULO XXI?</p><p>Agora tem sido tempo de olhar, nos trabalhos dos alunos, o que pode ser sugestivo de melhoramento da abordagem pedagógica da aprendizagem no próximo ano lectivo.</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-EYIRGfAuzJw/YPSdFd7eB4I/AAAAAAAAJvw/0sA3lgxpVvMyqHnHdfQjC_xV1GgOxVoGACLcBGAsYHQ/s2048/P1180982%2B%25282%2529%2B4MP.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-EYIRGfAuzJw/YPSdFd7eB4I/AAAAAAAAJvw/0sA3lgxpVvMyqHnHdfQjC_xV1GgOxVoGACLcBGAsYHQ/w400-h300/P1180982%2B%25282%2529%2B4MP.JPG" width="400" /></a></div>Num trabalho, na versão finalíssima, um aluno (12.º ano) escreve:<p></p><p>“Eu sei que este trabalho será alvo de uma avaliação e, normalmente, isso assusta-me bastante. Sou alguém bastante perfeccionista e gosto de obter as melhores classificações possíveis.</p><p>Porém, honestamente, não me importa minimamente a classificação que poderei ter neste trabalho.</p><p>A minha missão foi cumprida, e a minha recompensa... Bom, essa eu já recebi e carregarei para o resto da minha vida comigo: uma amizade com o sujeito monográfico que jamais as palavras poderão descrever.”</p><p>Pouco antes, o aluno tinha escrito assim:</p><p>“Hoje sei, com toda a certeza, que este trabalho foi o que mais me desafiou. Passei por muitas fases: uma vontade enorme de o começar, um cansaço e uma ponta de desmotivação e, por fim, quando escrevo estas palavras, passo pela última fase — encontro dentro de mim um sentimento de objectivo cumprido”.</p><p>Sim, na escola do século XXI as aprendizagens nas escolas podem ser profundamente significativas, contribuindo poderosamente para o desenvolvimento pessoal dos alunos.</p><p>Libertem as grandes disciplinas de exame — o Português, a Matemática, a História, etc. — do conservadorismo avaliativo, cerceador, que nivela pela convergência normativa redutora e atrofia a divergência criativa e auto-realizadora.</p><p>É verdade, não me rio dos fantasiosos arautos burocratas do ensino para o Século XXI; pior, lamento-os.</p><p>Os jovens estudantes são, em geral, como as plantas: mesmo nos mais inóspitos ambientes, assim que tenham o tempo minimamente necessário para a sua oportunidade criativamente realizadora, aproveitam-na.</p><p>Reparem como o aluno suplantou o férreo condicionamento dos ‘rankings’ entre alunos e entre escolas: a nota não lhe interessa, interessa é o desafio que lhe foi lançado e sente que venceu com as suas capacidades; e fez uma profunda amizade, para o resto da sua vida.</p><p>É, deste modo, ir além até do grande repto de Jean Piaget, quando se apropriou do que ele próprio tinha ouvido: “Tudo o que se ensina à criança é um obstáculo à sua capacidade de descobrir e inventar”.</p><p>Piaget quis estudar a inteligência sem o afecto. Este aluno mostra que inteligência e afecto não são opostos, pelo contrário.</p><p>------------------------------------</p><p>P.S. - Para os descrentes, que desqualificam tudo o que podem, digo que não, não é caso único. Tenho mais casos assim.<br /></p>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-43163223338016540732021-07-13T08:12:00.004+01:002021-07-13T08:12:20.734+01:00AS APARÊNCIAS ILUDEM, FERNANDINHO, NÃO É?<p><span style="font-size: medium;"> AS APARÊNCIAS ILUDEM, FERNANDINHO, NÃO É?</span></p><p><span style="font-size: medium;"><br /></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-r6bQmGSafRE/YO08sZNMXXI/AAAAAAAAJu4/Y_UjJRL9_lshBI3UpkNRlhaOY0TpNuWXACLcBGAsYHQ/s4000/P1190698%2B%25282%2529.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3000" data-original-width="4000" height="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-r6bQmGSafRE/YO08sZNMXXI/AAAAAAAAJu4/Y_UjJRL9_lshBI3UpkNRlhaOY0TpNuWXACLcBGAsYHQ/w400-h300/P1190698%2B%25282%2529.JPG" width="400" /></a></span></div><p></p><p><span style="font-size: medium;">É verdade, parece que parei a descansar, mas, olha, como escreveu o poeta da Antiga Grécia, Mimnermo,</span></p><p><span style="font-size: medium;"><b><i>"Ao Sol coube em sorte trabalhar todo o dia, sem ter descanso algum, para ele ou para os cavalos, desde que a Aurora de dedos róseos abandona o Oceano, para subir ao céu."</i></b></span></p><p><span style="font-size: medium;">Se me queixo ou não do meu destino, amigo, isso só está na cabeça dos homens, ao sabor dos seus humores, energias, esperanças ou descrenças. Tem um bom dia!</span></p><div><br /></div>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-60293045706312702002021-07-04T07:43:00.005+01:002021-07-04T07:44:50.591+01:00 "O NASCER DO SOL"<p><span style="font-size: medium;"> "O NASCER DO SOL"</span></p><p><span style="font-size: medium;"><br /><i>"Num domingo, quando o sol convidava para a praia e os meninos iam para a missa, assobiando a sua alegria para dentro dos quintais, Zito foi para a casa, para o refúgio da sombra do telhado, espreitar a menina dos olhos azuis."</i></span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-8GlFRlCad_g/YOFYeKBOeLI/AAAAAAAAJtQ/Qp4WxIe6PToAvW2SGFOlPZJ9S2hVhZRhwCLcBGAsYHQ/s2048/P1190564%2B%25282%2529%2B4MP.JPG" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1537" data-original-width="2048" height="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-8GlFRlCad_g/YOFYeKBOeLI/AAAAAAAAJtQ/Qp4WxIe6PToAvW2SGFOlPZJ9S2hVhZRhwCLcBGAsYHQ/w400-h300/P1190564%2B%25282%2529%2B4MP.JPG" width="400" /></a></div><span style="font-size: medium;">E que viu ele, Fernandinho? Pois, viu o que os olhos ingénuos dos rapazes que o formigar intenso do corpo transforma em homens querem ver.</span><p></p><p><span style="font-size: medium;">Na missa não deram por falta dele, o barrote é que se fartou. Na dúvida da queda ser castigo de pecado, o Zito confessou-se, mas aos amigos, só a eles. Os amigos, sim, ficaram em pecado mortal: invejaram o sol que naquele domingo nasceu para o Zito; e ficaram ainda mais em ânsias do deles, para que não tardasse.</span></p><p><span style="font-size: medium;">Olha, o conto vai fazer 66 anos, o José Luandino escreveu-o no dia 7 de Julho de 1955, e eu, como vês, acrescentei-lhe um ponto.</span></p>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-9857354549187410892021-07-03T17:47:00.005+01:002021-07-03T17:48:20.833+01:00'CARPE DIEM' EM SÂNSCRITO, MAIS COMO PENSAMENTO, MENOS COMO SAUDAÇÃO<p><span style="font-size: medium;"> 'CARPE DIEM' EM SÂNSCRITO, MAIS COMO PENSAMENTO, MENOS COMO SAUDAÇÃO</span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-6NM4_FrQWeE/YOCUj83B-mI/AAAAAAAAJtE/fQukILZp6XkdyhB3ghV2lgN4uccWJ0gSwCLcBGAsYHQ/s2048/P1190561%2B%25282%2529%2B4PM.JPG" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1535" data-original-width="2048" height="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-6NM4_FrQWeE/YOCUj83B-mI/AAAAAAAAJtE/fQukILZp6XkdyhB3ghV2lgN4uccWJ0gSwCLcBGAsYHQ/w400-h300/P1190561%2B%25282%2529%2B4PM.JPG" width="400" /></a></div><span style="font-size: medium;">Vê lá se concordas comigo, Fernandinho:<br /></span><p></p><p style="text-align: left;"><span style="font-size: medium;"><i>"O ontem não é senão um sonho e o amanhã uma visão. Bem vivido, o hoje faz de cada ontem um sonho de felicidade e de cada amanhã uma visão de esperança. Por isso, cuida bem de ti hoje."</i></span></p>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-90080703984902070832021-07-02T07:35:00.002+01:002021-07-02T07:35:44.049+01:00 "HORAS NON NUMERO NISI SERENAS" DIZEM OS RELÓGIOS DE SOL<p><span style="font-size: medium;"> "HORAS NON NUMERO NISI SERENAS" DIZEM OS RELÓGIOS DE SOL</span></p><p><span style="font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-hKM3f2l-xrA/YN6zcaV7BlI/AAAAAAAAJso/iFCoW2r4MRYwse15f1AKX1GlMIzlWZoHACLcBGAsYHQ/s2048/P1190559%2B%25282%2529%2B4MP.JPG" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-hKM3f2l-xrA/YN6zcaV7BlI/AAAAAAAAJso/iFCoW2r4MRYwse15f1AKX1GlMIzlWZoHACLcBGAsYHQ/w400-h300/P1190559%2B%25282%2529%2B4MP.JPG" width="400" /></a></span></div><span style="font-size: medium;"><br />"Conto somente as horas serenas", não é o que apetece pensar num momento assim, Fernandinho? Olhando tanta serenidade, por um instante sente-se a eternidade...</span><p></p><p><span style="font-size: medium;">Foi tão engraçado que, a certa altura, o silêncio da eternidade tivesse sido atravessado pelo choro de um bebé, não foi? É que não a perturbou, marcou-a com a Vida.</span></p>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-20022585282852317542021-06-25T14:26:00.006+01:002021-06-25T14:26:59.457+01:00NASCER-DO-SOL: DORMIR E ACORDAR, O CORPO E A ALMA<p><span style="font-size: medium;"> DORMIR E ACORDAR, O CORPO E A ALMA</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-o7YJ_uPk6v8/YNXZOZqj9ZI/AAAAAAAAJrs/qx_NWYxVPrQT2EAgHuqAWHUZ6F_HF4pSwCLcBGAsYHQ/s2000/P1190500%2BRed%2B50.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a></div><span style="font-size: medium;"><br /></span><p></p><p><span style="clear: right; float: right; font-size: medium; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="2000" height="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-o7YJ_uPk6v8/YNXZOZqj9ZI/AAAAAAAAJrs/qx_NWYxVPrQT2EAgHuqAWHUZ6F_HF4pSwCLcBGAsYHQ/w400-h300/P1190500%2BRed%2B50.jpg" width="400" /></span><span style="font-size: medium;">Não sei se sabes, o famoso antropólogo George Frazer escreveu que entre os povos primitivos, em geral, havia a crença de que não se devia acordar quem estivesse a dormir, porque pensavam que, durante o sono, a alma saía do corpo e, forçando o despertar, pudesse não ter tempo de voltar ao corpo. Se isso acontecesse, a pessoa acordada ficaria sem alma e cairia doente.</span></p><p><span style="font-size: medium;">Mesmo que a crença esteja errada, o que é curioso é que os modernos cientistas do sono dizem a mesma coisa: o despertar do sono deve ser sempre natural, espontâneo. Forçar repetidamente o acordar não é nada amigo da saúde.</span></p><p><span style="font-size: medium;">É por isso, Fernandinho, que eu tento aparecer sempre de mansinho...</span></p>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-31078310576928922592021-06-24T22:16:00.006+01:002021-06-25T00:01:30.721+01:00OS VALORES DA EDUCAÇÃO E A EDUCAÇÃO DOS VALORES, N.º 3<p> OS VALORES DA EDUCAÇÃO E A EDUCAÇÃO DOS VALORES, N.º 3</p><p><br /></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-5iW6Ob7_2Yw/YNT16Qzje3I/AAAAAAAAJrc/VfiwUBGRhD07fjC3MVViZb9tq80ryNjUQCLcBGAsYHQ/s234/m%25C3%25A1scaras%2Bjovens.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="215" data-original-width="234" height="368" src="https://1.bp.blogspot.com/-5iW6Ob7_2Yw/YNT16Qzje3I/AAAAAAAAJrc/VfiwUBGRhD07fjC3MVViZb9tq80ryNjUQCLcBGAsYHQ/w400-h368/m%25C3%25A1scaras%2Bjovens.jpg" width="400" /></a></div><b>Vou ralhar com eles?... Vou dar-lhes os parabéns?...</b><p></p><p>Voltei onde vou de tempos a tempos comer à pressa. Consolava-me a ideia de ir pedir outra vez o gelado de baunilha com cobertura de caramelo e pedaços de amêndoa. Esta semana ainda não comi doce nenhum, ora, seria o pecado da gula da semana.</p><p>O atendimento foi mais lesto que o costume. Daria tempo para comer devagar. Praticamente à minha frente, o meio da sala a separar-nos, na mesa redonda cercada por um separador específico, um aglomerado de gente jovem. Contei 3 raparigas e 6 rapazes, numa mesa destinada a 4 pessoas. Rapaziada de 10.º ano, certamente.</p><p>9 jovens, bem juntinhos num espaço duplamente fechado: o interior da sala e a cerca alta da própria mesa.</p><p>Pensei em ir falar com eles, hesitei porque não queria ralhar com eles, não queria sequer admoestá-los, pensava como poderia falar-lhes ganhando-os para os bons cuidados sanitários — a situação com a covid-19 está tão difícil em Lisboa! Também não queria ouvir deles uma resposta torta, não sei como reagiria depois.</p><p>Cheguei finalmente a uma formulação que me pareceu cheia de possibilidades de sucesso. Mais ou menos assim: <i>«Tenho estado ali a olhar para vocês, entra pelos olhos dentro de qualquer pessoa que vocês são todos muito amigos uns dos outros, era bom que muita gente fosse assim como vocês. Agora, não sei se têm a noção de que o que noutras alturas seria um convívio de amigos exemplar, agora é um convívio de amigos perigoso, e os amigos nunca são perigosos para os amigos. Reparem como vocês estão: todos sem máscara, num dos dias mais perigosos da covid-19 em Lisboa, num espaço pequenino, muito fechado e, reparem, todos vocês a respirarem e a falarem para o mesmo ponto, o centro da mesa. À vossa volta, está tudo fechado, o ar sobe e, como não sai, não se espalha e volta a descer, para o meio de vocês, e vocês continuam a respirar e a falar alegremente uns com os outros. Se um de vocês está positivo, naturalmente, sem o saber, o risco para os outros amigos todos é enorme, é um risco grande, grande, grande. Que pena não poderem estar aqui completamente à vossa vontade!...»</i></p><p>Repeti para mim o cordial aviso, a convencer-me que era mesmo só aviso e que era mesmo cordial. A repetição foi fatal, eles começaram a levantar-se com os tabuleiros nas mãos. Confesso que também senti algum alívio.</p><p>Em dirigindo-se para fora do estabelecimento, dividiram-se em dois grupos pequenos, um saiu por uma das portas, o outro pela outra. 2 rapazes colocaram logo a máscara sanitária, bem colocada; outros 2 colocaram-na a tapar apenas a boca; as 3 raparigas tinham as máscaras no pescoço e assim as deixaram ficar; 1 rapaz levava a máscara na mão e o último nem isso. Digo último porque ficou mais para trás, era nítido que procurava uma superfície espelhada onde pudesse ver se estava bem penteado ou não e, sem a ver, enfiando os dedos no cabelo, desenrascou-se como pôde.</p><p>Foram para a esplanada. Agora eu já tinha de virar claramente a cara para a minha direita para continuar a vê-los e eu queria mesmo ver o comportamento espontâneo de todos eles. Tentaram fazer uma ‘selfie’ de grupo, mas pareceu-me que a coisa não correu bem - só os tais 2 de máscara bem colocada.</p><p>Continuam os 9 juntos. Agora estão 4 rapazes com a máscara bem posta; as 3 raparigas continuam com as máscaras no pescoço. O rapaz vaidoso do cabelo agora já tem uma máscara na mão e acaba por colocá-la correctamente; está só 1 rapaz com a máscara abaixo do nariz, boca tapada.</p><p>As 3 raparigas afastam-se, depois afastam-se 2 rapazes. Ficam os 4 que primeiro colocaram bem a máscara, a conversarem uns com os outros. Continuo a pensar que teria sido bom falar com eles.</p><p>Saboreio agora o gelado. Entra outro grupo de jovens, dois ou três anos mais velhos que os da mesa redonda. Conto-os: são 4… 5; não, outros há que entraram pela segunda porta, no total ficam 8, 3 raparigas e 5 rapazes. Apuro o ouvido, não percebo o que dizem… Ah, pois claro, falam estrangeiro, inglês, entre eles.</p><p>Dos 5 rapazes, um é chinoca, o outro é bem pretinho e outro parece um loiro do Leste europeu. Todos de máscaras muito bem postas. Conversam entre eles, vão para os ecrãs de pedidos, nenhum mexe na máscara.</p><p>Estão finalmente os 8 sentados, na mesa mais larga e mais ao centro da sala, lugar facilmente arejável. Nenhum tira a máscara e continuam a conversar entre eles em inglês.</p><p>Só quando os tabuleiros da comida chegam eles tiram as máscaras.</p><p>Eu, que estava a comer o gelado lentamente, apressei-me. Não, desta vez não queria falhar a oportunidade, nem sequer antecipei o bom discurso.</p><p>Cheguei-me a eles, perguntei-lhes se algum falava português e que grupo era aquele. Respondem-me 2 ou 3, dizem falar português. 2 calam-se para que se ouça o outro, certamente o líder do grupo:<i> «Somos amigos, só isso, combinámos encontrar-nos aqui hoje, olhe, eu, por exemplo, sou de Almada e vim aqui só para me encontrar com estes meus amigos.»</i></p><p>Não quis perguntar mais nada, todos eles se tinham calado para me ouvir. Dei-lhes os parabéns, disse-lhes que os tinha visto entrar e que que apreciei muito o cuidado de todos no uso da máscara, eram um bom exemplo para toda a gente. Desejei-lhes bom almoço, repeti os parabéns, desejei-lhes um bom convívio, boa sorte e muita saúde.</p><p>Até o tal que me parecia do Leste, de hambúrguer parado entre o tabuleiro e a boca fez questão de me agradecer num português de estrangeiro, alto, para ter a certeza de que eu o ouvira. Fui-me embora, ia satisfeito. </p>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-313309197190082422021-06-23T11:12:00.007+01:002021-06-23T11:34:12.740+01:00OS VALORES DA EDUCAÇÃO E A EDUCAÇÃO DOS VALORES, N.º 2<p><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">OS VALORES DA EDUCAÇÃO E A EDUCAÇÃO DOS VALORES, N.º 2</span><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">Os tipos de amor: benevolente, por dever e sufocante.</span><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">Falando com uma colega ao telefone, soube que há poucos dias, num conselho de turma, uma professora propôs que fosse indicado para o Quadro de Valor da escola um aluno que, no seu entender, mostrava mérito para tal.</span><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">O Quadro de Valor, nas escolas do ensino público, reconhece os alunos que, individualmente, revelaram atitudes de superação de dificuldades, tomaram iniciativas ou realizaram acções exemplares na escola ou na comunidade, ou se destacaram como representantes dos alunos pelo seu sentido de dever, responsabilidade, justiça e equidade… e por aí adiante, revelando comportamentos/desempenhos exemplares unanimemente reconhecidos por todos."</span><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">Dizia a minha colega que, ao longo dos 2 anos em que tinha sido professora de Cidadania e Desenvolvimento, pudera observar as permanentes iniciativas de um dos seus alunos no sentido de ajudar, não apenas um colega com diagnóstico de perturbação psicológica, mas também outros colegas, em quaisquer circunstância das aulas ou do convívio informal na escola, sobretudo se estava em causa a expressão de intranquilidade pessoal, insegurança ou alguma ansiedade disruptiva. O rapazinho sempre agia com muita paciência, tolerância, cordialidade e carinho. O seu sorriso e a calma na voz tinham efeito apaziguador imediato, disse-me a minha colega. Nunca, em caso algum, o rapazinho agiu com força física ou voz autoritária.</span><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">Ora, a generalidade dos colegas (um ou outro, não) comentou no sentido do que a tradicional ambiência judaico-cristã ou católica-apostólica-romana nos põe a dizer: o aluno não fez mais do que a sua obrigação.</span><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">Penso que este é um bom exemplo do amor por dever, segundo as categorias de June Bingham. É, diz-me a minha percepção profissional, o tipo de amor ainda dominante nos professores.</span><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">Quanto aos pais, penso que se se repartem mais igualitariamente pelas 3 categorias, e tenho a percepção de que nos casais jovens cresce — ainda bem! — o número de pais de amor benevolente (muitas vezes em reacção ao amor por eles mesmos recebido enquanto filhos).</span><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">Mas também parece crescer o número de pais que não entram nestas 3 categorias, simplesmente porque, de todo, não amam: é o desamor, é a rejeição, é a indiferença.(1)</span><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">Imaginamos escolas para o século XXI, deleitamo-nos com as maravilhas dos recursos digitais e fabricamos maravilhosos projectos de aprendizagem mista (presencial e à distância); e estamos cada vez mais distantes das atitudes, dos comportamentos e das estratégias pedagógicas que alimentam a boa pessoa da criança e do jovem.</span><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">Noutros textos que tenho escrito tenho procurado dar exemplos de como pode ser tão fácil educar uma criança.</span><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">Muitos professores são lestos a marcarem faltas de castigo, a mandarem os alunos para fora da sala de aula e a levantarem processos disciplinares aos alunos; mas até os caracóis são mais rápidos que os professores a levantarem processos de louvor aos alunos.</span><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">O bem puxa o bem, o bom leva ao bom — é preciso que pais e professores não se esqueçam desta tão óbvia evidência. É sempre assim, claro que não é! Mas experimentemos todos a prodigalizar a palavra de louvor e o gesto de apreço aos nossos filhos e alunos que vamos todos ver se a estatística dá ou não dá razão e esta minha asserção.</span><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">Se a Escola e a Família marcam passo, o Desporto vai um pouco mais adiante: já há alguns anos, o Instituto Português do Desporto e da Juventude lançou a iniciativa do Cartão Branco, "um recurso pedagógico que visa enaltecer condutas eticamente corretas, praticadas por atletas, treinadores, dirigentes, público e outros agentes desportivos." Tem sido muito usado - sim, muito - sobretudo nas camadas mais jovens dos praticantes do desporto, seja individual ou colectivo; seja de entretenimento ou de competição.</span><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">Um forte abraço ao @João Capela!</span><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">(Espero vir a falar, sem que passe muito tempo, em amor e educação; amor benevolente; amor por dever; amor sufocante)</span><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">------------------------------------</span><br style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; transition-property: none !important;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px;">(1) Como alguns de nós, psicólogos e educadores, temos dito, o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença, a indiferença afectiva.</span></p>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-84798218113055112062021-06-23T07:38:00.002+01:002021-06-23T07:38:32.466+01:00 A MORTE, A RAZÃO E O AMOR<p> <span style="font-size: medium;">A MORTE, A RAZÃO E O AMOR</span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-BuciBMCLwrI/YNLWfhZlPFI/AAAAAAAAJqs/YI9-s0aMQCoBCk87qhdLoxJu2rCb0KwfgCLcBGAsYHQ/s2048/P1190475%2B%25282%2529%2B4MP.JPG" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-BuciBMCLwrI/YNLWfhZlPFI/AAAAAAAAJqs/YI9-s0aMQCoBCk87qhdLoxJu2rCb0KwfgCLcBGAsYHQ/w400-h300/P1190475%2B%25282%2529%2B4MP.JPG" width="400" /></span></a></div><span style="font-size: medium;">Fernandinho, hoje estou quase em êxtase místico... Esta noite deitei-me a ouvir um dos personagens de<br /> Thomas Mann dizer:</span><p></p><p><span style="font-size: medium;"><i>«Quero ser bom. Não quero que a morte tome conta dos meus pensamentos! [...] O amor opõe-se à morte, só ele, e não a razão, é mais forte do que a morte. Só ele, e não a razão, pode resultar em pensamentos bons. [...] Se o homem quer cultivar a bondade, não pode permitir que a morte tome conta dos seus pensamentos.».</i></span></p><p><span style="font-size: medium;">Perguntas-me se dormi bem... Olha, que nem o João do António Nobre: foi um regalo, senti-me o mais inocente de todos os que dormiam.</span></p>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-35273036742965249252021-06-22T12:13:00.002+01:002021-06-22T22:37:32.983+01:00OS VALORES DA EDUCAÇÃO E A EDUCAÇÃO DOS VALORES, N.º 1<p> <span style="font-size: medium;">OS VALORES DA EDUCAÇÃO E A EDUCAÇÃO DOS VALORES, N.º 1<br /></span></p><p><span style="font-size: medium;">Vamos desafiá-los, vamos deixar-nos desafiar por eles.</span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://lh3.googleusercontent.com/-mo3X3urm3iI/YNHFU7iDMuI/AAAAAAAAJqQ/2jhaytiY698ov2ihtOqih0mfPxvcZau3QCLcBGAsYHQ/image.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="1994" data-original-width="2000" height="398" src="https://lh3.googleusercontent.com/-mo3X3urm3iI/YNHFU7iDMuI/AAAAAAAAJqQ/2jhaytiY698ov2ihtOqih0mfPxvcZau3QCLcBGAsYHQ/w400-h398/image.png" width="400" /></a></div><span style="font-size: medium;">O primeiro passo da longa e muito necessária caminhada parece mais um provocador movimento de pés num ringue de boxe - mas não nos esquivemos a ele!</span><p></p><p></p><blockquote style="text-align: right;"><i><span style="font-size: medium;">«É precisamente pelo que há de novo e revolucionário em cada criança que a educação deve ser conservadora; deve preservar essa novidade e introduzi-la como uma coisa nova em um mundo antigo, que, por mais revolucionárias que as suas ações podem ter sido, é sempre, do ponto de vista da geração seguinte, obsoleto e a chegar-se à destruição.» </span></i></blockquote><blockquote style="text-align: right;"><span style="font-size: medium;">Hannah Arendt, “The Crisis in Education”, 1954</span></blockquote><p><i><span style="font-size: x-small;">Exactly for the sake of what is new and revolutionary in every child, education must be conservative; it must preserve this newness and introduce it as a new thing into an old world, which, however revolutionary its actions may be, is always, from the standpoint of the next generation, superannuated and close to destruction.</span></i></p><p></p>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-9789696530116462702021-06-22T10:16:00.005+01:002021-06-22T10:16:47.182+01:00EINSTEIN E OS PRÉ-SOCRÁTICOS; E DEUS<p> <span style="font-size: medium;">EINSTEIN E OS PRÉ-SOCRÁTICOS; E DEUS</span></p><p><span style="clear: left; float: left; font-size: medium; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-O0DbXDtZObw/YNGqPISEqLI/AAAAAAAAJqE/c-RNAvz0pJQqe1wv6gaLNUzJ6bqowVaeQCLcBGAsYHQ/w400-h300/P1190466%2B%25282%2529%2B4MP.JPG" width="400" /></span><span style="font-size: medium;">Fernandinho, sabes que Einstein estava perto dos filósofos pré-socráticos de que tu falas tantas vezes aos teus alunos? Dizia ele: "Nenhuma ideia é concebida na nossa mente sem recurso aos nossos cinco sentidos". </span></p><p><span style="font-size: medium;">É por isso que abres sempre a janela para veres o nascer-do-sol, não é? Para veres, sentires, estares; e escutares os sons da manhã.</span></p><p><span style="font-size: medium;">E sabes que Einstein escreveu aquilo para te dizer para não esperares por Deus mas para acreditares em ti e no que acontece no teu corpo e no teu pensamento? É como se Deus te dissesse: "Ouve-te a ti mesmo".</span></p>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-81750810559400464732021-06-21T12:23:00.005+01:002021-06-21T12:23:46.331+01:00PODE SER TÃO FÁCIL EDUCAR UMA CRIANÇA... N.º 2<p> PODE SER TÃO FÁCIL EDUCAR UMA CRIANÇA... N.º 2</p><p>Estou na esquina duma rua de passeio largo, bem largo. Espero por uma colega e amiga que me vai apanhar para um almoço em casa duma amiga comum. A esquina cruza uma avenida de intenso movimento automóvel com uma rua em que, nos cerca de 30 minutos que ali estive, o fluxo de veículos automóveis é o mais contrário possível ao da grande avenida: é praticamente nulo.</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-0BzBVgNDup4/YNB2g7L-jII/AAAAAAAAJpk/O51gc0pokdwHeq8ncjFCUByiqoyotJ_ZgCLcBGAsYHQ/s680/chap%25C3%25A9u.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="604" data-original-width="680" height="355" src="https://1.bp.blogspot.com/-0BzBVgNDup4/YNB2g7L-jII/AAAAAAAAJpk/O51gc0pokdwHeq8ncjFCUByiqoyotJ_ZgCLcBGAsYHQ/w400-h355/chap%25C3%25A9u.jpg" width="400" /></a></div>A certa altura, do lado da avenida grande, no passeio largo, bem largo, vejo vir na minha direcção uma<br /> criança e a mãe. A mãe vem com um saco grande em cada mão, parecem pesados pela postura corporal da senhora. A criança traz um brinquedo na mão.<p></p><p>Quando passam por mim, a mãe vem à frente. Faz já a curva para a rua sem movimento automóvel quando a criança também passa atrás de mim. Precisamente nesta altura, a criança grita: «Ai o meu chapéu! Mãe!!!»</p><p>Volto-me para trás. A criança, uns 6 anos de idade, está parada, parece ter os pés colados ao chão. Em pose de estátua, olha a mãe. A mãe, quase reflexamente, diz para a criança: «Eu vou buscar.» Só depois olho na direcção em que a mãe, mesmo carregada, seguiu que nem bala.</p><p>Aparentemente, uma pequena rajada de vento tirara para fora da cabeça da criança um chapéu que já devia estar bem à beirinha de dali cair. O chapéu está ali perto da criança.</p><p>Olho em volta: o passeio é mesmo largo. Até aos carros há ainda uma bem recente faixa de bicicletas, bem sinalizada e bem delimitada. Não está mais ninguém por perto. Concluo que a situação não traz nenhum risco ou perigo para a criança.</p><p>Mas a mãe, pressurosa, já está a baixar-se para o chapéu, que jaz ali bem quietinho à espera de ser apanhado. Segura-o com dificuldade numa das mãos, que, repito, está já ocupada com um grande peso. A criança continua sem se mexer, segue o movimento da mãe com o olhar. Apercebe-se que a mãe se dirige a ela, estende a mão direita (que a esquerda guardava o brinquedo), mas não dá o mais leve passo em direcção à mãe.</p><p>«Toma lá — disse a mãe, quase sem olhar a criança, é que os sacos estariam mesmo a levar-lhe as forças todas —, anda p’ó carro.» E a criança lá foi, andando muito lentamente, atrás da mãe.</p><p>Oportunidade perdida, pensei eu. Naquele contexto, teria sido fácil a mãe reagir assim ao grito de aflição da criança: «Vai apanhá-lo, ele não sai dali, não há perigo dos carros, não tenhas medo… Já está?... Boa! Assim é que é! Valente!»</p><p>É, valentes são as meninas e os meninos se os pais lhes dão oportunidade de porem em acção a sua valentia. Desta vez, a mãe não deu essa oportunidade; e o comportamento da criança mostrou-me que não foi a primeira vez que não recebeu da mãe a palavra e o estímulo de confiança que ela, criança, precisava — e gosta de receber.</p><div><br /></div>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-36001475941842266932021-06-20T07:59:00.001+01:002021-06-20T08:07:00.342+01:00 AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ, FERNANDINHO<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-9NBwpaSMLUE/YM7mvMc8YSI/AAAAAAAAJow/HUCOxwD3maMs68Je-2-dJ6JDETJcexEKwCLcBGAsYHQ/s2048/P1190380%2B%25282%2529%2B4G.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-9NBwpaSMLUE/YM7mvMc8YSI/AAAAAAAAJow/HUCOxwD3maMs68Je-2-dJ6JDETJcexEKwCLcBGAsYHQ/w400-h300/P1190380%2B%25282%2529%2B4G.JPG" width="400" /></a></div><span style="font-size: medium;">AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ, FERNANDINHO<br /></span><p></p><p><span style="font-size: medium;">Já bufámos de perder a paciência com as gruas que não desgrudam dali. Mas, olha, se não fossem elas, agora não sabias onde me encontrares. Vá, vamos ao dia!</span></p>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-70075109966269922752021-06-19T07:33:00.003+01:002021-06-19T07:33:32.100+01:00FERNANDINHO, HOJE SINTO-ME ESPECIALMENTE INSPIRADO<p> <span style="font-size: medium;">FERNANDINHO, HOJE SINTO-ME ESPECIALMENTE INSPIRADO</span><br /></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Rsd5BLrgAng/YM2PTWEX3AI/AAAAAAAAJoM/MbzAVyVsXBQ21ynl-aUwWyJrDwkBTo0MQCLcBGAsYHQ/s2048/P1190376%2B%25282%2529%2B4G.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-Rsd5BLrgAng/YM2PTWEX3AI/AAAAAAAAJoM/MbzAVyVsXBQ21ynl-aUwWyJrDwkBTo0MQCLcBGAsYHQ/w400-h300/P1190376%2B%25282%2529%2B4G.JPG" width="400" /></a></div><span style="font-size: medium;">Por exemplo, hoje. Sabes o que me apetecia escrever se estivesse a ver o que tu estás a ver?...</span><p></p><p><span style="font-size: medium;">Ora escuta: <i>"Desafio pairando sobre o rio a ponte é uma miragem..."</i></span></p><p><span style="font-size: medium;">Sou um grande inventista, não sou?</span></p>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-78453118520917395472021-06-18T07:01:00.001+01:002021-06-18T07:01:23.457+01:00OS VERSOS QUE TE TROUXE DE ESPANHA<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-yhrN1FrSh2c/YMw2NtEtrxI/AAAAAAAAJnc/bYp2YRtPU8cpAPMZ24KCU6Spn6Jlr_BDACLcBGAsYHQ/s2048/P1190372%2B%25282%2529%2B1.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-yhrN1FrSh2c/YMw2NtEtrxI/AAAAAAAAJnc/bYp2YRtPU8cpAPMZ24KCU6Spn6Jlr_BDACLcBGAsYHQ/w400-h300/P1190372%2B%25282%2529%2B1.JPG" width="400" /></a></div><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: medium;">OS VERSOS QUE TE TROUXE DE ESPANHA</span></span><p></p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><div style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><b><i><span style="font-size: medium;">Chamei-te. Chamaste-me. <br /></span></i></b></div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><div style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><b><i><span style="font-size: medium;">Brotámos como rios</span></i></b></div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><div style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><b><i><span style="font-size: medium;">Alçaram-se ao céu,</span></i></b></div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><div style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><b><i><span style="font-size: medium;">Misturados, os nomes.</span></i></b></div></div></blockquote><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><span style="font-size: medium;">Como vês, Fernandinho, de Espanha não é só aquela coisa do nem bom vento, nem bom casamento.</span></div></div>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-5971217091299377252021-06-17T07:53:00.005+01:002021-06-17T07:58:15.293+01:00QUE PENSAS TU, FERNANDINHO, COM VISÃO TÃO SERENAMENTE ESTIMULANTE?<p> QUE PENSAS TU, FERNANDINHO, COM VISÃO TÃO SERENAMENTE ESTIMULANTE?</p><p><br /></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-PFw0Z8JvT8I/YMrxNQzcTpI/AAAAAAAAJmo/fu3a5cUhea0IUyHhlkvB1zmmPgmvbuUPwCLcBGAsYHQ/s2048/P1190359%2B%25282%2529%2B4PM.JPG" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-PFw0Z8JvT8I/YMrxNQzcTpI/AAAAAAAAJmo/fu3a5cUhea0IUyHhlkvB1zmmPgmvbuUPwCLcBGAsYHQ/w400-h300/P1190359%2B%25282%2529%2B4PM.JPG" width="400" /></a></div><span style="font-size: medium;">Olha, deu-me para pensar na liberdade... Sabes, há um provérbio dos indígenas norte-americanos que diz assim (Deixa-me fazer livremente a tradução):</span><p></p><p><span style="font-size: medium;"><b><i>"A torrente, que se precipita sem parar, é mais livre que o rochedo por onde passa?"</i></b></span></p><p><span style="font-size: medium;">Quase me apetece dizer à Fernando Pessoa: Pensar a liberdade é não vivê-la - mas não podemos deixar de pensar... ... ... Sabes, acho que os índios têm razão.</span><br /></p>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-36491692725432218392021-06-16T15:51:00.004+01:002021-06-16T15:51:42.557+01:00 AS AULAS DE PSICOLOGIA, A EDUCAÇÃO, OS NETOS E OS AVÓS<p> AS AULAS DE PSICOLOGIA, A EDUCAÇÃO, OS NETOS E OS AVÓS</p><p>A acabar as aulas, impressionante este testemunho de um muito querido aluno. É o último capítulo do seu trabalho monográfico de Psicologia.</p><p>Um precioso alerta para todos nós, para as relações humanas que cultivamos uns com os outros.</p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><p><i>"Durante este trabalho, consegui aprender imensas coisas novas sobre o meu sujeito monográfico, sobre mim, e sobre as pessoas com quem vivi a minha vida toda. E essa foi a parte mais impressionante do trabalho todo. Por um lado, pode ser fascinante, mas, por outro, preocupante, no sentido em que precisei de compor um trabalho na escola para ficar a conhecer e a interessar-me pelas pessoas com quem me dou todos os dias.</i></p><p><i>Eu gosto de pensar que sou uma pessoa muito positiva e que não se preocupa com quase nada, porque eu não gosto de ficar horas a fio a pensar numa coisa estúpida que fiz há mais de 10 anos atrás.</i></p><p><i>E foi com esta mentalidade que comecei este trabalho monográfico, ia perguntando algumas histórias, mas não estava muito interessado em acabá-lo porque sabia que tinha um ano inteiro para o acabar. Foi durante uma história de quando o meu sujeito era pequeno e se tinha magoado muito a subir a uma árvore que me lembrei da minha avó materna. Por muito que a minha avó materna não interesse muito na história de vida do meu avô, influenciou-me muito enquanto autor e na maneira como acabei por realizar o trabalho.</i></p><p><i>A minha avó materna, desde que me lembro, sempre foi muito infantil e brincalhona e adorava-me porque eu era [uma pessoa] igualzinha a ela. Ela adorava os meus abraços. Todos os domingos tínhamos de ir a casa dela, que fica a uns 200 metros de nossa casa, para tratar da sua medicina e sempre achei uma seca. Afinal de contas, sempre tomei a minha avó como garantida, no sentido em que sempre estaria ali para brincar e rir-se das minhas piadas.</i></p><p><i>Quando começou a história da covid-19 e do confinamento, a minha avó continuava a mesma de sempre, sem perceber a situação em que estávamos. Pedia-me os meus abraços de sempre, mas eu, como tinha medo de a infetar, dizia para ela esperar até esta maluquice acalmar. Havia imensas coisas que, por muito más que fossem, me irritavam, como a relação difícil que tinha com a filha, a minha mãe, e da maneira como fazia infantilidades que não lembravam a ninguém.</i></p><p><i>Ela teve de ser operada ao estômago, antes da Covid, porque estava com problemas de saúde, e como a operação não correu muito bem então tiveram de agendar mais uma para outra vez. Infelizmente como os hospitais estavam muito ocupados com a Covid, porque estava na pior fase, estavam sempre a adiar quaisquer cirurgias ou problemas não relacionadas com a Covid.</i></p><p><i>Num dia como todos os outros, enquanto estava em casa do meu pai a jogar videojogos, recebo uma chamado do meu pai a avisar-me que a minha avó tinha falecido. Não me abalou muito ao início porque pensei que a morte era uma coisa inevitável.</i></p><p><i>Porém, depois quando a minha mãe me avisou que ela tinha morrido sozinha no seu apartamento, as memórias do quanto eu me podia ter dado melhor com ela, e que devia ter-lhe dado aqueles abraços, vieram. Decidi que não quereria cometer de novo este erro e que me iria esforçar mais para conhecer os meus avós paternos.</i></p><p><i>Foi uma parte muito importante enquanto trabalhava porque me lembrava que fazia o trabalho não só pela nota, mas também por mim.</i></p><p><i>Obrigado a todos os que participaram neste trabalho de alguma forma."</i></p></blockquote>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-7779363272194998322021-06-05T20:16:00.002+01:002021-06-05T20:16:47.432+01:00À VOLTA DOS AFECTOS: MULHERES E CADELINHAS; LIVROS E AMIZADES<p> À VOLTA DOS AFECTOS: MULHERES E CADELINHAS; LIVROS E AMIZADES</p><p><br /></p><p>Decido, por impulso, fazer um 'raid' aos alfarrabistas de livros da Baixa.</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-87zC0q42pqo/YLvNPBeFGmI/AAAAAAAAJk8/PVc-2iaeET8hOScDzSEYRbyPUyjfvhxEACLcBGAsYHQ/s885/Alfarrabista.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="563" data-original-width="885" height="255" src="https://1.bp.blogspot.com/-87zC0q42pqo/YLvNPBeFGmI/AAAAAAAAJk8/PVc-2iaeET8hOScDzSEYRbyPUyjfvhxEACLcBGAsYHQ/w400-h255/Alfarrabista.jpg" width="400" /></a></div>À hora do café da meia-manhã, entro num pequenino estabelecimento. À minha esquerda, apoiando-se no balcão, um cliente saboreia a imperial atravessada, não sei se seria a primeira.<p></p><p>À porta eu desviara-me dum pequeno cão, peludo de preto e branco. Recebo o café e, enquanto lhe dou as mexidelas automáticas com a colher (não ponho açúcar no café), o cãozinho, de rabito a abanar, aproxima-se de mim, cheira-me o sapato, eu faço-lhe uma festa. O pequeno peludo abana mais a cauda, está a gostar das festas.</p><p>Olho o circunstancial parceiro de café, ele sorri-me e diz-me: <i>«Ela é assim dada, gosta de festas.»</i> Pronto, afinal, ele é ela. Ainda bem que não disse nada, não fosse ofender a feminina sensibilidade de quem tão alegremente se sacudira aos meus afagos.</p><p>A cadelita, ao ouvir a familiar voz, chega-se à perna do dono, que então se baixa para também lhe fazer festas. Fala com ela, diz coisas que eu não consigo apanhar: <i>«Tu, logo... amanhã vais... na segunda ficas...»</i> Bem, fiquei com a ideia de que iria mandar cortar o pêlo à cadela e pô-la com ar fresco e bonito, o Verão está a chegar.</p><p>Levanta-se e encosta-se de novo ao balcão, fala para o empregado, que é-lhe seguramente pessoa familiar. Ri-se e parece dizer um segredo ou fazer uma revelação: <i>«Não tenho nada contra as mulheres, mas esta bate-as todas...»</i> Ninguém comenta, numa espécie de diplomático "Quem cala consente"; e o dono da cadelita fica contente.</p><p>Por momentos tomo consciência do complexo mundo dos afectos: os afectos dos seres humanos entre si e os afectos dos seres humanos com os animais.</p><p>Já estou quase a entrar no primeiro alfarrabista, ali a começar a Calçada do Duque. Nem um minuto passara lá dentro e o livro que eu mais desejava encontrar, neste ou noutro alfarrabista, quase se escancara à minha frente: revisão de 1976 da tradução francesa de 1947 do original alemão de 1921 - é isso, exactamente de há 100 anos. 5 euros, só!</p><p>Saio para outras capelinhas, faço um círculo. Na última, saciada a fome de livros, chega-me a outra. O simpático alfarrabista aconselha-me as bifanas ali mesmo ao virar da esquina, na Rua do Duque. Acabo por preferir o prato do dia, os chocos à Lagareiro. Que boa opção fiz!</p><p>Confortado de ambas as fomes, já a descer as escadinhas ao pé da tasca da Ginginha, cruzo-me com a minha querida amiga Tânia. Não estivemos de modas: 3 valentes abraços, entre conversas de matar saudades e anunciar projectos. Sim, 3 abraços, três, os das contas que Deus fez; e a gente não sabe quando daremos o próximo, por isso, há que aproveitar.</p><p>Tânia, já tomei nota do dia de te desejar muita merda: 16 de Julho, certo? Beijinho grande! </p>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-11055377907698440052021-06-02T22:27:00.001+01:002021-06-02T22:27:10.521+01:00OUTRA FRASE DE EINSTEIN, É SOBRE O OLHAR<p> <span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">OUTRA FRASE DE EINSTEIN, É SOBRE O OLHAR</span></p><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">mas esta é para os crescidos, que as crianças fazem isso sem serem mandadas:</div><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://lh3.googleusercontent.com/-WCMMxmGa9l4/YLf3bGCDy5I/AAAAAAAAJkc/J91Xmr0B6nIkMjGQujVbwN_KuVswvtKVACLcBGAsYHQ/image.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="1500" data-original-width="2000" height="300" src="https://lh3.googleusercontent.com/-WCMMxmGa9l4/YLf3bGCDy5I/AAAAAAAAJkc/J91Xmr0B6nIkMjGQujVbwN_KuVswvtKVACLcBGAsYHQ/w400-h300/image.png" width="400" /></a></div></div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><i>«Olhem para a Natureza, e então irão compreendê-la melhor.»</i></div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">E já sei o que estás a pensar, Fernandinho, ora escuta: <b>"Sim, olhar primeiro; deixar que as sensações que o olhar traz se espalhem pelo corpo todo; esperar que o corpo crie sentimentos com as sensações; só depois, na consciência, pensar com palavras a partir dos sentimentos"</b>, não é?</div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">Sabes, Einstein tem uma frase que sei que vais gostar muito, ele disse-a a um dos teus mestres da Psicologia, o Max Wertheimer, é assim: <i>"Só muito raramente penso com palavras. Surge um pensamento e, posteriormente, talvez tente exprimi-lo por palavras".</i></div></div>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-39164292824431336692021-06-02T22:03:00.004+01:002021-06-02T22:05:35.502+01:00 A JUVENTUDE E A VELHICE, EINSTEIN E EU<p> A JUVENTUDE E A VELHICE, EINSTEIN E EU</p><p>Concordo com Einstein em muitas coisas que ele diz. Nesta, na verdade, penso de maneira diferente, direi mesmo, completamente ao contrário.</p><p>Diz Einstein, numa carta que escreveu para a rainha Isabel da Bélgica em 3 de Janeiro de 1954. Tem ele 73 anos:</p><p><i></i></p><blockquote><i>"Na juventude cada pessoa e cada acontecimento nos parecem únicos. Com a idade, tornamo-nos muito mais conscientes de que acontecimentos semelhantes se vão repetindo. Mais tarde, fica-se menos vezes contente e surpreendido, mas também menos desapontado."</i></blockquote><p></p><p>Pois eu penso, mais, eu sinto-me bem diferente dele: com a idade tenho-me tornado cada vez mais fascinado com as pessoas, que me parecem cada vez mais diferentes umas das outras, e, em geral, com histórias pessoais riquíssimas que eu ganharia muito em conhecer.</p><p>São histórias que só estão à espera de quem as saiba ouvir ou de quem saiba despertar nos protagonistas a vontade de as contar. Valorizamos tão pouco as pessoas!... São tesouros tão preciosos!</p><p>E tanto me encanta a mundividência de uma criança de 8 anos, como a de um velho de 80.</p>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26717338.post-64709759170159437722021-03-15T08:30:00.003+00:002021-03-15T08:30:56.512+00:00 GÉNERO NEUTRO E O REI SALOMÃO: REFLECTIR E INFORMAR PARA ENTENDER, n.º 1<p> <span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">GÉNERO NEUTRO E O REI SALOMÃO: REFLECTIR E INFORMAR PARA ENTENDER, n.º 1</span></p><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-pWiXTNFrvmU/YE8bGL9DNMI/AAAAAAAAJcA/VKsTP1l35V8CCClZyVlenxqo64SmWThRgCLcBGAsYHQ/s1280/Rei%2BSalom%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://1.bp.blogspot.com/-pWiXTNFrvmU/YE8bGL9DNMI/AAAAAAAAJcA/VKsTP1l35V8CCClZyVlenxqo64SmWThRgCLcBGAsYHQ/w400-h225/Rei%2BSalom%25C3%25A3o.jpg" width="400" /></a></div><br />1) Precisamos de, nos tempos que correm, voltar à sabedoria do rei Salomão para entender o que se vai espalhando por aí, fruto da intensa motivação de uns, da envergonhada ignorância de outros...</div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">(Não há mal nenhum em ser-se ignorante; o mal é querer parecer o que não se é para manter os privilégios do posto político e do estatuto social a que se chegou e de que não se quer sair contra tudo e contra todos)</div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">... da passividade tolerante, acomodada ou indiferente de outros; e de mais outras escondidas e não esclarecidas motivações.</div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">Na clássica história do rei Salomão, a mulher que não é, e sabe que não é, progenitora da criança, já que não pode ser progenitora, quer ser mãe - a mãe! Como vê o desejo fugir-lhe das mãos, vai ao ponto de concordar com o rei Salomão em dividir a criança ao meio. É como se dissesse: «𝘚𝘪𝘮, 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘦 𝘥𝘪𝘷𝘪𝘥𝘢 𝘢 𝘤𝘳𝘪𝘢𝘯𝘤̧𝘢 𝘢𝘰 𝘮𝘦𝘪𝘰! 𝘕𝘦𝘮 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘢 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘢, 𝘯𝘦𝘮 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘦𝘭𝘢! 𝘌𝘶 𝘯𝘢̃𝘰 𝘴𝘰𝘶 𝘮𝘢̃𝘦, 𝘮𝘢𝘴 𝘵𝘶 𝘵𝘢𝘮𝘣𝘦́𝘮 𝘯𝘢̃𝘰 𝘴𝘦𝘳𝘢́𝘴! 𝘗𝘰𝘥𝘦𝘳𝘢́𝘴 𝘵𝘰𝘥𝘢 𝘢 𝘷𝘪𝘥𝘢 𝘤𝘩𝘢𝘮𝘢𝘳𝘦𝘴-𝘭𝘩𝘦 𝘧𝘪𝘭𝘩𝘰, 𝘮𝘢𝘴 𝘯𝘶𝘯𝘤𝘢 𝘰 𝘵𝘦𝘳𝘢́𝘴 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘪𝘨𝘰 𝘦 𝘦𝘭𝘦 𝘯𝘶𝘯𝘤𝘢 𝘵𝘦 𝘤𝘩𝘢𝘮𝘢𝘳𝘢́ "𝘮𝘢̃𝘦"!»</div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">Enredados em justificações cada vez mais sofisticadas, sem que consigam o apaziguamento afectivo interior que tanto procuram, os intensos defensores do apagamento das marcas biológicas, sociais, culturais e civilizacionais dos géneros, pedem à Palavra que anule a evidência da realidade.</div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">Diz António Damásio que "a linguagem é um instrumento extraordinário na criação dos seres humanos que hoje somos. Claro também que a linguagem expande o campo de ação da mente consciente. Contudo a linguagem não constrói a consciência."</div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">Eu acrescento que também não constrói a realidade.</div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">Todos temos direito a sentirmo-nos bem na nossa pele; todos temos direito a fruir o agradável sentimento de bem-estar; todos temos direito ao conforto e à tranquilidade do apaziguamento interior das nossas insuficiências pessoais interiores (se eu fosse psicólogo de inspiração psicanalítica diria "falhas narcísicas").</div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">𝗖𝗼𝗺 𝘁𝗿𝗲̂𝘀 𝗹𝗲𝘁𝗿𝗶𝗻𝗵𝗮𝘀 𝗮𝗽𝗲𝗻𝗮𝘀 / 𝘀𝗲 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗲𝘃𝗲 𝗮 𝗽𝗮𝗹𝗮𝘃𝗿𝗮 𝗺𝗮̃𝗲. / 𝗘́ 𝗱𝗮𝘀 𝗽𝗮𝗹𝗮𝘃𝗿𝗮𝘀 𝗽𝗲𝗾𝘂𝗲𝗻𝗮𝘀 / 𝗮 𝗺𝗮𝗶𝗼𝗿 𝗾𝘂𝗲 𝗼 𝗺𝘂𝗻𝗱𝗼 𝘁𝗲𝗺.</div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="animation-name: none !important; background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; transition-property: none !important; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="animation-name: none !important; font-family: inherit; transition-property: none !important;">Há gente muito empenhada em apressar a chegada do "Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley - quando, paradoxalmente, a obra foi escrita precisamente como um alerta para a ele não chegarmos.</div></div>Psikushttp://www.blogger.com/profile/04183477788698482440noreply@blogger.com0