#TOLERÂNCIA259 - A MEDITAÇÃO E A TOLERÂNCIA
A minha curiosidade acerca da meditação vem já da adolescência, e já disse por aí muitas vezes que a última hesitação que venci para comprar um computador foi quando vi, num revista do Expresso, fotografias de monges budistas sentados em frente a computadores.
Atravessei quase todo o percurso universitário mantendo um regime alimentar macrobiótico, e foi, de certeza, alguma prática de meditação que já nessa altura me impunha, a ajuda preciosa que tanto necessitava para ir às aulas, estudar e, ao mesmo tempo, trabalhar — ainda por cima, com o extra de funções directivas numa escola de ensino especial, que me obrigava a uma disponibilidade de praticamente 7 dias por semana, 30 dias por mês, só com algum alívio no meses de Agosto.
Há alguns anos frequentei um seminário com um monge budista, o [Precioso] mestre Yongey Mingyur (Porquê ele? Porque ele também fez formação em Psicologia num país do Ocidente, o que lhe dá outra abertura mental e competência científica; e tem colaborado em estudos de imagiologia cerebral ligados
à prática da meditação), em Lisboa. Praticamente todos os dias tenho dois pequenos momentos de meditação (habitualmente faço 2 de um pequeno conjunto de 3 exercícios), e não sei dizer quando cheguei a esta prática de forma sistemática. Fazendo uma busca rápida aos meus registos na Net, pelo menos desde 2018.O que faço comigo é tão simples que todos os anos, logo numa das primeiras aulas de cada novo curso de Psicologia, partilho com os meus alunos um dos exercícios, que eles podem facilmente fazer em casa, para isso se servindo do metrónomo 'on-line' que os telemóveis disponibilizam.
O foco principal da meditação é a atenção, o domínio da atenção. No tipo de meditação que pratico o conceito central é "atenção plena". Não vale a pena falar em atenção plena aos alunos, tende a complicar, a motivação deles é maior se lhes falarmos em domínio da atenção.
A revista "Notícias Magazine" da edição do Jornal de Notícias de hoje traz um artigo extenso sobre a meditação nas empresas portugueses, como era tabu falar dela e deixou de ser.
Lê-se no artigo o seguinte parágrafo: «Na área das lideranças, os benefícios são muitos, segundo a psicóloga [Ana Osório de Castro]. Desde logo porque os altos cargos estão associados a grande pressão e a poucos momentos de paragem, o que significa muito stress e ansiedade. A prática permite aumentar a tolerância ao 'stress' e a resiliência, "porque se ganha mais perspectiva, mais clareza mental, o que ajuda a sermos menos impulsivos e reactivos". Na mesma linha, permite gerir melhoras emoções, o que ajuda "a criar mais conexão com as pessoas, a ouvir melhor, a ter mais empatia, a reduzir os conflitos". Por criar espaços de maior calma, em que a mente não está assoberbada com medos ou como que tem de se fazer a seguir, "também ajuda a ter ideias". "Muitos destes benefícios são aplicáveis a toda a gente. Sobretudo numa era em que somos bombardeados de 'emails', de 'whatsapps', de reuniões, de um turbilhão de informação, além da vida familiar."»
Querem as rocambolescas vicissitudes ligadas à obtenção da minha carta de alforria do ensino que amanhã volte, ainda mais uma vez, a iniciar aulas, só que desta vez, só com turmas dos 7.º e 9.º anos. Não vou leccionar Psicologia, isso sim, Cidadania e Desenvolvimento. Nas primeiras aulas das 4 turmas lá constarão 2 pequenos exercícios de meditação, de atenção plen..., perdão!, de domínio da atenção.
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