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quarta-feira, setembro 10, 2025

#TOLERÂNCIA255 - QUANTA AGRESSÃO O MUNDO TOLERA MAIS?

 #TOLERÂNCIA255 - QUANTA AGRESSÃO O MUNDO TOLERA MAIS?

Ouvi de manhã esta carta. Quando pude, fui procurá-la na Net. Traduzi-a depois no DeepSeek para português de Portugal.

O título do texto é mesmo este: "A Última Mensagem de Bertrand Russell: A Guerra Israel-Palestina"

Esta declaração sobre o Médio Oriente tem a data de 31 de Janeiro de 1970 e foi lida a 3 de Fevereiro, no dia seguinte à morte de Bertrand Russell, numa Conferência Internacional de Parlamentares, no Cairo:

«A última fase da guerra não declarada no Médio Oriente baseia-se num profundo erro de cálculo. Os bombardeamentos profundamente em território egípcio não vão persuadir a população civil a render-se, mas vão fortalecer a sua determinação para resistir. Esta é a lição de todos os bombardeamentos aéreos. Os vietnamitas, que suportaram anos de intensos bombardeamentos americanos, responderam não pela capitulação, mas por abater mais aeronaves inimigas. Em 1940, os meus próprios

compatriotas resistiram aos bombardeamentos de Hitler com uma unidade e determinação sem precedentes. Por esta razão, os actuais ataques israelitas irão falhar no seu propósito essencial, mas, ao mesmo tempo, devem ser vigorosamente condenados em todo o mundo. O desenvolvimento da crise no Médio Oriente é simultaneamente perigoso e instrutivo. Durante mais de 20 anos, Israel expandiu-se pela força das armas. Depois de cada etapa desta expansão, Israel apelou à "razão" e sugeriu "negociações". Este é o papel tradicional do poder imperial, porque deseja consolidar com o mínimo de dificuldade o que já tomou pela violência. Cada nova conquista torna-se a nova base da proposta de negociação a partir da força, que ignora a injustiça da agressão anterior.

»A agressão cometida por Israel deve ser condenada, não apenas porque nenhum estado tem o direito de anexar território estrangeiro, mas porque cada expansão é uma experiência para descobrir quanto mais agressão o mundo tolerará. Os refugiados que rodeiam a Palestina às centenas de milhar foram recentemente descritos pelo jornalista de Washington I.F. Stone como "a mó moral à volta do pescoço do judaísmo mundial". Muitos dos refugiados entram agora na sua terceira década de existência precária em assentamentos temporários.

»A tragédia do povo da Palestina é que o seu país foi "dado" por uma Potência estrangeira a outro povo para a criação de um novo Estado. O resultado foi que muitas centenas de milhares de pessoas inocentes foram permanentemente tornadas sem-abrigo. A cada novo conflito, o seu número aumentou. Por quanto tempo mais está o mundo disposto a suportar este espectáculo de crueldade gratuita? É abundantemente claro que os refugiados têm todo o direito à pátria de onde foram expulsos, e a negação deste direito está no cerne do conflito continuado. Nenhum povo em qualquer parte do mundo aceitaria ser expulso em massa do seu próprio país; como pode alguém exigir que o povo da Palestina aceite um castigo que mais ninguém toleraria? Um reassentamento justo e permanente dos refugiados na sua pátria é um ingrediente essencial de qualquer acordo genuíno no Médio Oriente.

»Dizem-nos frequentemente que devemos simpatizar com Israel devido ao sofrimento dos judeus na Europa às mãos dos Nazis. Não vejo nesta sugestão qualquer razão para perpetuar sofrimento algum. O que Israel está a fazer hoje não pode ser desculpado, e invocar os horrores do passado para justificar os do presente é uma hipocrisia grosseira. Israel não só condena um vasto número de refugiados à miséria, não só muitos árabes sob ocupação são condenados ao governo militar; mas Israel também condena as nações árabes, que apenas recentemente emergiram do estatuto colonial, a uma contínua empobrecimento, uma vez que as exigências militares têm precedência sobre o desenvolvimento nacional.

»Todos os que querem ver um fim ao derramamento de sangue no Médio Oriente devem garantir que qualquer acordo não contenha as sementes de um conflito futuro. A justiça exige que o primeiro passo para um acordo seja uma retirada israelita de todos os territórios ocupados em junho de 1967. É necessária uma nova campanha mundial para ajudar a trazer justiça ao tão sofrido povo do Médio Oriente.»(1)

Esta carta tem mais de 55 anos, quase 56.

Repito: "A tragédia do povo da Palestina é que o seu país foi "dado" por uma Potência estrangeira a outro povo para a criação de um novo Estado." A conivência dos poderosos continua a prevalecer sobre o concerto das nações e o desejo da Paz e Justiça mundial. Quanta agressão, imperial e colonialista, o Mundo aguenta mais?

(1) https://abdelmoumenchouichi.medium.com/bertrand-russells-last-message-israel-palestine-war-694eb7a7a99e

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quinta-feira, julho 31, 2025

#TOLERÂNCIA214 - PALESTINA: INTOLERANTES E COMPROMETIDOS

 #TOLERÂNCIA214 - PALESTINA: INTOLERANTES E COMPROMETIDOS

Fiquei na dúvida se dizia "comprometidos" ou "covardes"...

São cada vez mais os Governos que anunciam o reconhecimento do Estado da Palestina. Por mim, saúdo vivamente que assim seja.

Os Governos que não tomam posição de intolerância perante o sofrimento e a tragédia que o Estado de Israel continua a infligir à Faixa de Gaza e aos Palestinianos, na minha opinião, ou estão comprometidos com o Governo de Israel ou são covardes.

Por cá, em Portugal, saúdo o Partido Socialista, com o que lei na edição de hoje do Público:

«Na bancada do PS, que integrava o GPA [grupo parlamentar de amizade, com Israel]desde sempre, não há agora qualquer deputado interessado em pertencer-lhe devido à atitude mais radical de Israel no conflito na Faixa de Gaza desde Março, com atropelos ao direito internacional e aos direitos humanos. [...] "O PS sempre integrou os dois GPA desde que foram criados. A situação actual é fruto da situação intolerável que o Governo de Israel tem vindo a agravar desde Março deste ano"», argumenta Delgado Alves.

Que a Intolerância contra o Governo de Benjamin Netanyahu continue!

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terça-feira, julho 29, 2025

#TOLERÂNCIA212 - A DESTRUIÇÃO EM MASSA DE GAZA É INTOLERÁVEL

 #TOLERÂNCIA212 - A DESTRUIÇÃO EM MASSA DE GAZA É INTOLERÁVEL

Intervenção do Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, na sessão de encerramento da Conferência Internacional de Alto Nível para a Resolução Pacífica da Questão da Palestina e Implementação da Solução de Dois Estados, em 28 de Julho de 2015:

Excelências,
Senhoras e Senhores,

Agradeço ao governo da França e ao Reino da Arábia Saudita pela organização desta conferência

internacional sobre a implementação da solução de dois Estados.

Estamos hoje aqui de olhos bem abertos – plenamente conscientes dos desafios que enfrentamos. Sabemos que o conflito israelo-palestiniano perdura há gerações – desafiando esperanças... desafiando a diplomacia... desafiando inúmeras resoluções e desafiando o direito internacional.

Sabemos que o conflito continua a ceifar vidas, a destruir futuros e a desestabilizar a região e o nosso mundo. Mas sabemos também que a sua persistência não é inevitável. Pode ser resolvido.

Isso exige vontade política e liderança corajosa. E exige verdade. A verdade é esta: estamos num ponto de rutura. A solução de dois Estados está mais distante do que nunca.

Excelências,

Nada pode justificar os horríveis ataques terroristas de 7 de outubro pelo Hamas e a tomada de reféns, os quais condenei repetidamente. E nada pode justificar a obliteração de Gaza que se desenrolou perante os olhos do mundo. A fome da população. O assassínio de dezenas de milhares de civis. A maior fragmentação do Território Palestiniano Ocupado. A expansão implacável dos colonatos. O aumento da violência dos colonos contra os palestinianos. A demolição de casas e o deslocamento forçado de populações. As alterações demográficas no terreno. A ausência de qualquer solução política credível.

E o apoio – expresso numa declaração do Knesset votada na semana passada – à anexação da Cisjordânia Ocupada.

Sejamos claros:

A anexação gradual da Cisjordânia ocupada é ilegal. Tem de parar. A destruição em massa de Gaza é intolerável. Tem de parar. As ações unilaterais que prejudicariam para sempre a solução de dois Estados são inaceitáveis. Têm de parar.

Excelências,

Estes não são eventos isolados. Fazem parte de uma realidade sistémica que está a desmantelar os alicerces da paz no Médio Oriente. E, no entanto, precisamente devido a estas realidades sombrias, devemos fazer ainda mais para concretizar a solução de dois Estados. A conferência de hoje é uma oportunidade rara e indispensável. Temos de garantir que não se torne mais um exercício de retórica bem-intencionada. Pode e deve servir como um ponto de viragem decisivo – um catalisador para progressos irreversíveis no sentido de pôr fim à ocupação e realizar a nossa aspiração comum de uma solução viável de dois Estados.

A solução de dois Estados continua a ser o único enquadramento enraizado no direito internacional, endossado por esta Assembleia e apoiado pela comunidade internacional. Especificamente:

Israel e Palestina, vivendo lado a lado em paz e segurança, dentro de fronteiras seguras e reconhecidas, com base nas linhas anteriores a 1967, com Jerusalém como capital de ambos os Estados – Em conformidade com o direito internacional, as resoluções da ONU e outros acordos relevantes.

Dois Estados independentes, contíguos, democráticos e soberanos, reconhecidos por todos e plenamente integrados na comunidade internacional. É o único caminho credível para uma paz justa e duradoura entre israelitas e palestinianos. E é condição 'sine qua non' para a paz em todo o Médio Oriente.

Excelências,

Israel, a Palestina e outros terão de tomar decisões difíceis neste caminho. Será necessária uma liderança corajosa e baseada em princípios de todos os lados. Estamos aqui para encorajar e apoiar esse esforço.

Obrigado por se reunirem para avançar esta causa essencial para os povos de Israel, da Palestina e para toda a humanidade. Obrigado.

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