quinta-feira, junho 30, 2011

A propósito da morte trágica do Angélico

Felicito a lucidez fraterna - muito pedagógica - do padre José José Luís Borba, no comentário-gatilho que fez na sua página do Facebook sobre a infeliz morte do ator e músico Angélico. Gatilho, porque despoletou uma discussão - reflexão interessante e pedagógica, sem qualquer intenção de recolher para si os favores das luzes da ribalta.
De minha lavra, lá deixei o seguinte comentário::
Toda a morte abrupta, aos 28 anos, é um choque, é uma tragédia, faz sofrer a quem sente com muita humanidade. Um abraço de solidariedade e afeto fraterno aos que amavam o Angélico de forma muito especial: os seus pais, restantes familiares e amigos próximos. E também aos das outras vítimas mortais. Finalmente, um abraço não menos especial a quem soube sobreviver porque previdentemente não entregou, de forma cega, a sua vida ao ditames do destino, da sorte, direi mesmo, da loucura do efémero.

Pluralia, rtp2, 310508

O PLURALIA foi um projeto Comenius, de intercâmbio escolar, centrado no Intercâmbio e na Educação Intercultural, e envolveu escolas de Madrid (Espanha), S. Benedetto del Tronto, Sciacca e Scarperia (Itália), Kalamata (Grécia), Curtea de Arges e Comanesti (Roménia); e, claro, a nossa, em Lisboa (Portugal). De 2006 a 2009, na Eça.
Trago-o agora para aqui para, como diz o dr. Rui Marques, o Alto-Comissário para a Imigração e as Minorias Étnicas, ajudar a fazer pontes entre as ilhas.

sábado, junho 25, 2011

Ideias para a Educação, do novo Ministro da Educação

Eu compro!...
O novo ministro da Educação de Portugal é muito claro no que diz.
Pessoalmente, não subscrevo tudo o que diz, tenho outros pontos de vista nalguns temas ou assuntos.
Além disso, Senhor Ministro da Educação, tenha cuidado!... Essa coisa do ministério da educação e do ministério pela educação raia o jogo de palavras que tantas vezes - e bem! - tem criticado; não é que não se perceba a ideia do ministério "pela" educação, mas, repare, tem necessidade de a justificar, de lhe acrescentar explicações... tira um pé fora, mas fica com o outro dentro. Ora não é precisamente isto uma das coisas que o seu eduquês tanto critica? E há mais uma ou outra coisinha no seu discurso, mas nada, por agora, de relevante...
Mas, pronto, percebo muito do que diz, e globalmente concordo. Conte comigo para o desafio que lança! Vamos ver o que a máquina do poder e a força da Crise fazem de si e das suas ideias. Quantos bons panos - dos melhores! - já ficaram repletos de nódoas. OK, também não quero que me reduza a um pretencioso Velho do Restelo.
A sério, conte comigo! Boa sorte!


Uma questão que não é de somenos importância: esta comunicação é de Abril de 2009.
(Intervenção de Nuno Crato no Fórum Portugal de Verdade (em Aveiro) subordinado ao tema da Educação.)

terça-feira, junho 14, 2011

Hoje, ao pôr-do-sol

Lá fora, bem ao longe, o brilho da lua alimenta-se, com a pressa (ou a lentidão, depende do estado de espírito de quem olha) intemporal dos astros que rodam uns à volta dos outros, da luz que o Sol quis fixar nos brancos, nos azuis, nos laranjas e nos verdes do horizonte da minha janela. É mentira, o Sol não quis fixar luz nenhuma sobre o que quer que fosse, eu é que queria que a luz se mantivesse ali para fazer as fotografias com calma. Por isso é que vi a lua alimentar-se à pressa com a luz que se espalhava por baixo dela.
As cómodas capacidades técnicas dos pequenos aparelhos fotográficos de hoje em dia ajudaram-me a galgar, em instantes, quilómetro sobre quilómetro, muitos!, mesmo se medidos em linha reta. Monto o frágil tripé, fixo a máquina, aponto a objetiva, puxo o zoom ao limite, corrijo o enquadramento; enquanto faço isto tudo, a luz evolui: esbatem-se os verdes das manchas de árvores; os azuis das vastidões das reentrâncias e dos largos do rio; os laranjas dos telhados; os brancos das paredes das casas. Aqui e ali já se podem reconhecer as luzes públicas da  iluminação noturna. Só mesmo a lua continua a encher-se de luz, tanta que até faz desaparecer a cara com que às vezes nos olha.
Mesmo assim, vale a pena! Minha nossa!... A nitidez das formas está hoje especialmente marcada. É claro que com máquina fotográfica mais sofisticada, outro galo cantaria, mas, como tantas vezes digo aos meus alunos, citando quem quer que seja, "O ótimo é inimigo do bom."
Aqui deixo uma muito imperfeita aproximação do que hoje vi. Do que vi há poucos instantes.






P.S. - Acabo de confirmar: amanhã é que é dia de lua cheia, mas a noite de hoje, de céu completamente limpo, já será espetacular.