As cómodas capacidades técnicas dos pequenos aparelhos fotográficos de hoje em dia ajudaram-me a galgar, em instantes, quilómetro sobre quilómetro, muitos!, mesmo se medidos em linha reta. Monto o frágil tripé, fixo a máquina, aponto a objetiva, puxo o zoom ao limite, corrijo o enquadramento; enquanto faço isto tudo, a luz evolui: esbatem-se os verdes das manchas de árvores; os azuis das vastidões das reentrâncias e dos largos do rio; os laranjas dos telhados; os brancos das paredes das casas. Aqui e ali já se podem reconhecer as luzes públicas da iluminação noturna. Só mesmo a lua continua a encher-se de luz, tanta que até faz desaparecer a cara com que às vezes nos olha.
Mesmo assim, vale a pena! Minha nossa!... A nitidez das formas está hoje especialmente marcada. É claro que com máquina fotográfica mais sofisticada, outro galo cantaria, mas, como tantas vezes digo aos meus alunos, citando quem quer que seja, "O ótimo é inimigo do bom."
Aqui deixo uma muito imperfeita aproximação do que hoje vi. Do que vi há poucos instantes.
P.S. - Acabo de confirmar: amanhã é que é dia de lua cheia, mas a noite de hoje, de céu completamente limpo, já será espetacular.
Sem comentários:
Enviar um comentário