#TOLERÂNCIA 9 – EINSTEIN ESCREVE SOBRE A TOLERÂNCIA
Os grandes pensadores, de todos os tempos, acabam por ser incontornáveis na abordagem de muitos assuntos, não fugindo o assunto da Tolerância à regra.
Entretanto, não se deixe nunca de dar atenção ao que os pequenos pensadores também dizem sobre a Tolerância, seguramente alguns deles também dizem coisas muito interessantes.
O livro tem o título "Albert Einsten, The Human Side, New Glimpses from His Archives", e compõe-se de textos seleccionados e editados por Helen Dukas e Banesh Hoffmann. É de 1979.
Entre o final da página 88 e o princípio da 90, lemos assim:
Em 1934 Einstein escreveu um artigo sobre o tema da Tolerância para uma revista americana. Quando os editores quiseram fazer alterações que não eram do seu agrado, retirou o artigo e este não foi publicado. Eis alguns excertos do artigo:
«Quando agora me pergunto o que é realmente a tolerância, vem-me à cabeça a divertida definição que o bem-humorado Wilhelm Busch deu de “abstinência”:
A abstinência é o prazer que obtemos de várias coisas que não obtemos.
Poderia dizer de forma análoga que a tolerância é a apreciação afável das qualidades, pontos de vista e acções de outros indivíduos que são estranhos aos nossos próprios hábitos, crenças e gostos. Assim, ser tolerante não significa ser indiferente às acções e sentimentos dos outros. A compreensão e a empatia também devem estar presentes…
Quer se trate de uma obra de arte ou de uma realização científica significativa, o que é grande e nobre provém da personalidade solitária. A cultura europeia fez a sua mais importante ruptura com a estagnação sufocante quando o Renascimento ofereceu ao indivíduo a possibilidade de um desenvolvimento sem restrições.
O tipo mais importante de tolerância é, portanto, a tolerância do indivíduo pela sociedade e pelo Estado. O Estado é certamente necessário, para dar ao indivíduo a segurança de que necessita para o seu desenvolvimento. Mas quando o Estado se torna o principal e o indivíduo se torna o seu instrumento de vontade fraca, então todos os valores mais nobres se perdem. Tal como a rocha tem de se desmoronar para que nela cresçam árvores, e tal como o solo tem de ser solto para que se desenvolva a sua fecundidade, assim também as realizações de valor só podem brotar da sociedade humana quando esta for suficientemente solta para permitir ao indivíduo o livre desenvolvimento das suas capacidades.(1)»
À Pedagogia e à Educação da Tolerância que me move, além da dica de Einstein acerca de vários tipos de Tolerância, fica o convite para pensarmos na necessidade de as sociedades, em todos os seus níveis de governação e de regulação das relações entre as instituições e os indivíduos, certamente envolvendo os valores da Liberdade e da Justiça, promoverem activamente a Educação da Tolerância (das Tolerâncias?) com a sábia consciência de que "De pequenino se torce o pepino".
(1) Traduzido com a versão gratuita do tradutor - DeepL.com
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