quinta-feira, janeiro 23, 2025

#TOLERÂNCIA 25 – A TOLERÂNCIA E AS EMOÇÕES

 #TOLERÂNCIA 25 – A TOLERÂNCIA E AS EMOÇÕES

Nota prévia: este projecto de estudo da Tolerância compõe-se de 3 grandes conjuntos de textos: Levantamento, Exploração, Aprofundamento. Este texto é do conjunto Levantamentos.

Não há expressão comportamental da tolerância fora das emoções, sem emoções. Este assunto vai aparecer, seguramente, no Levantamento, na Exploração e no Aprofundamento do estudo da Tolerância.

Hoje quero centrar-me num caso muito particular da Tolerância e, ao mesmo tempo, das Emoções: a Tolerância, pela própria pessoa, das emoções negativas.

Num texto de divulgação muito interessante com o título "Enfrentar os sentimentos" (Facing your feelings), de Maio de 2012, o Centre for Clinical Interventions, escreve assim praticamente a abrir o fascículo do módulo 1:

«Existem muitas definições diferentes de intolerância à aflição psicológica ('distress', que também pode ser sofrimento psicológico, angústia, ansiedade, tensão emocional, etc.).

O que queremos dizer com intolerância à aflição psicológica é uma incapacidade sentida de viver plenamente emoções desagradáveis, aversivas ou incómodas, acompanhada por uma necessidade desesperada de escapar a essas emoções incómodas. As dificuldades em tolerar a aflição psicológica estão frequentemente ligadas ao medo de experimentar (sentir) emoções negativas. Muitas vezes, a intolerância à aflição psicológica centra-se em experiências emocionais de alta intensidade, ou seja, quando a emoção é “quente”, forte e poderosa (por exemplo, desespero intenso após uma discussão com um ente querido ou medo intenso durante um discurso).

No entanto, também pode ocorrer em emoções de menor intensidade (por exemplo, nervosismo em relação a um exame médico que se aproxima, tristeza ao recordar o fim de uma relação passada). Não é a intensidade da emoção em si, mas o quanto a teme, o quanto a sente desagradável, o quanto lhe parece insuportável e o quanto quer fugir dela, que determina quanto cada pessoa é intolerante à aflição psicológica.»(1)(2)

Tome-se bem atenção à esta diferença: uma coisa é a Tolerância às emoções negativas; outra coisa é as emoções negativas que a Tolerância desperta.

As emoções negativas que a Tolerância desperta não são objecto deste texto. As emoções negativas que a Tolerância desperta serão objecto de vários outros textos. É, na minha opinião, um dos temas cruciais para o entendimento da Tolerância e da Pedagogia da Tolerância.

Tenho ainda a opinião de que este segundo tema, o das emoções negativas que a Tolerância desperta tem sido menosprezado, evitado, com prejuízo grave na eficácia das acções de sensibilização à Tolerância e de promoção da Tolerância. É uma espécie de tabu ou de branqueamento que tem sido perpetuado. Há que ter a coragem de o enfrentar. Aqui, nesta viagem, nesta aventura da Tolerância, não deixarei de me haver com o tabu (os tabus) e o branqueamento (os branqueamentos). São tabus e branqueamentos sociais, políticos, culturais, educacionais; e clínicos.

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(1) Facing Your Feelings - 01 - Understanding Distress Intolerance, PDF (www.cci.health.wa.gov.au)

(2) Traduzido com a versão gratuita do tradutor - DeepL.com

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