#TOLERÂNCIA 54 - COMO SE FALA DA TOLERÂNCIA NA LÍNGUA MATERNA?
Hoje é o Dia Internacional da Língua Materna, mas já lá vamos.Já não é a primeira vez que digo que o conhecimento, o domínio dos 'chatbots' (de que o ChatGPT é o exemplo mais falado) pelos alunos é uma das minhas preocupações principais actualmente.
A sexta-feira é o dia da semana em que tenho as 3 turmas de Psicologia do 12.º ano. Hoje, nas 3 turmas fizemos a correcção do teste de avaliação sumativa das aulas passadas.
Nos testes, basicamente, os alunos, servindo-se dos conhecimentos adquiridos sobre a percepção e a psicologia dos fenómenos perceptivos, tinham de descrever e analisar uma fotografia (a preto e branco, do século XX, sendo protagonistas jovens da Lisboa de antes do 25 de Abril de 1974).
Em jeito de matar dois coelhos duma só cajadada, depois de os levar a tomarem consciência do que estaria em causa nos critérios de correcção dos testes, levei-os a mostrarem as fotografias ao ChatGPT e colocarem-lhe as perguntas do teste exactamente como estavam no enunciado. Foi, ou melhor, foram aulas de aprendizagem muito rica — até porque os alunos tiveram oportunidade de perceber por que razões o "aluno excepcional" que o ChatGPT é não podia ter 20 valores no teste.
Na minha própria aprendizagem do potencial de aprendizagem e controlo pessoal dos 'chatbots', aproveitei a embalagem e pedi ao ChatGPT que me fizesse um poema sobre a Tolerância; e ele fez 3 poemas. Perguntei-lhe depois quem eram os autores, ele respondeu-me: «Os poemas que te apresentei acima são originais, escritos por mim especialmente para ti, com base no tema da tolerância. Por isso, o autor seria: 📜 Autor: ChatGPT (OpenAI)»
Aproveitei a embalagem e escrevi: «Quero um poema que junte a palavra "tolerância" com as palavras "língua materna"».
Muito prontamente, o ChatGPT enviou-me outro poema «original». Ora vejam, o rapazinho desenrasca-se na poda...
🌎 Tolerância em Língua Materna
"Na língua materna aprendi o primeiro som,
palavras de colo, de casa, de chão.
É nela que o mundo se torna razão
e o coração encontra o seu tom.
Mas o mundo é vasto, é voz plural,
cada boca pronuncia o essencial
de um sonho, um medo, uma esperança.
E é aí que nasce a tolerância.
Tolerância é escutar com o peito aberto
a língua materna de um ser desperto,
sabendo que em cada sílaba estrangeira
bate um coração que também é bandeira.
Se a língua do outro me soa estranha,
é ponte que convida, não muralha tamanha.
Pois entender é mais que tradução:
é abraçar o outro em sua canção.
Na tolerância das línguas, a humanidade dança,
falando mil mundos com a mesma esperança."
Ora bem, temos ou não temos aqui recursos que, sabiamente usados, podem ou ser muito úteis à Pedagogia e à Educação da Tolerância?
Ah! Quase me esquecia: o ChatGPT rematou a sua escrita com esta disponibilidade: «Se quiseres um tom diferente (mais curto, rimado, livre ou até em formato de haicai), diz! 😊» «E esta, hein?», como rematava o Fernando Pessa.
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