#TOLERÂNCIA 40 – 40 DIAS E 40 NOITES A PENSAR NA TOLERÂNCIA
“Tendo Noé seiscentos anos de vida de Noé, no mês segundo, no dia dezassete do mesmo mês, nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e abriram-se as cataratas do céu. A chuva caiu sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites.” (Génesis 7: 11-12)
“Moisés permaneceu junto do Senhor quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber
água.” (Êxodo 34:28-35)“Jesus ao deserto a fim de ser tentado pelo demónio. Jejuou durante quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome.” (São Mateus 4: 1-2)
De quarenta dias e quarenta noites se faz a quarentena, a prática de saúde pública que remonta, tanto quanto sei, ao século XIV, durante a pandemia de Peste Negra (ou Peste Bubónica), que devastou a Europa, a Ásia e a África. Era um período de isolamento de 40 dias, imposto a navios e pessoas para evitar a propagação de doenças.
Em mim, entretanto, passaram 40 dias e 40 noites de pensamento muitas vezes focado na Tolerância…
Foram tempos de limpeza purificadora, tal como Noé? Foram tempos de jejum iluminador, tal como Moisés? Foram tempos de provação fortalecedora, tal como Jesus? Foram tempos de confirmação da saúde, tal como os embarcados?
Como foram, afinal, os primeiros 40 dias e as 40 noites de aventura no caminho da Tolerância?
Contornando a tentação da filosofia, da poesia e do romantismo, direi já que a primeira consciência que tenho é a de que tive muito mais presente do que antes a disponibilidade para a tolerância, a preocupação de saber se, no que dizia e fazia, o meu comportamento estava marcado pela intolerância negativa ou pela tolerância positiva — e isso faz-me sentir bem comigo mesmo!
Séneca, nas Cartas a Lucílio, exortava o seu destinatário para que pensasse na morte todos os dias, que assim nunca teria medo dela. Talvez, ao cabo destes 40 dias e 40 noites, eu me sinta com vontade de exortar que pensemos todos os dias na Tolerância, assim sentir-nos-emos mais disponíveis para sermos tolerantes. Mais tolerantes, menos quezilentos, menos impacientes, menos intempestivamente opositores.
Tenho também consciência de que talvez se tenha tornado mais fácil para mim dizer «Basta!», é que está a tornar-se cada vez mais claro para mim, não é que a Tolerância tem limites, isso já sabia; mas talvez esteja a ser mais fácil para mim identificar os limites. E chego-me a eles, ou imponho-os, com o seguro, tranquilo e agradável sentimento de que não estou a desrespeitar o Outro ou a provocar-lhe dano.
É verdade, sinto-me bem. Sinto também que tenho ainda muito que aprender e amadurecer, mas todo o caminho feito até agora já valeu a pena. Falta ainda muito nesta viagem-aventura, mas aquilo que começou como um impulso, como uma necessidade, tornou-se mais numa motivação e num entusiasmo.
E estou muito contente de ter já produzido algumas propostas de actividades educativas, que podem ser já levadas à pratica livremente, por quem quiser, em qualquer circunstância e em qualquer parte do mundo; e que são seguramente inspiradoras e sugestivas para que outros criem e desenvolvam as suas próprias iniciativas e actividades. Por mim, estou pronto a partilhar, dando e recebendo.
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