#TOLERÂNCIA 45 - AS PONTES DA TOLERÂNCIA
Num impulso, pedi aos chatbots que uso sistematicamente (isto é, quando pergunto a um, pergunto logo de seguida aos outros 3) o seguinte: «Inventa um jogo para educar para a tolerância.»
Estou numa fase em que procuro conhecer o melhor possível a lógica de funcionamento dos chatbots e a utilidade que eles podem ter para os alunos, especialmente para os meus alunos.
Estou cada vez mais apreensivo com a Inteligência Artificial. Não duvido das imensas coisas boas que ela nos traz, mas tenho medo das muito mais imensas coisas más que ela nos traz para nos domesticar ao jeito dos seres "humanos" do Admirável Mudo Novo de Aldous Huxley. E, mais do que nunca, tento educar os meus alunos para o uso dos chatbots, para que eles saibam servir-se deles muito mais que A Inteligência Artificial se sirva deles, os alunos.
O ChatGpt propôs-me o jogo "Pontes da Tolerância", o Gemini propôs-me o "Jogo da Empatia: Construindo Pontes de Compreensão"; o Perplexity.AI propôs-me o jogo "Ponte da Compreensão"; finalmente, o DeepSeek propôs-me o jogo "Ponte da Tolerância", tal como o ChatGpt.
Ri-me à chegada de cada resposta que recebi. É que, há alguns anos, eu próprio criei o jogo "A Ponte do Entendimento e a Ponte da Esperança", no âmbito do programa Escola Embaixadora do Parlamento Europeu.
A diferença entre a minha versão e a dos chatbots é que todos eles propuseram jogos de tabuleiros, para serem jogados pelos participantes sentadinhos à volta duma mesa, variante mais para aqui, variante mais para ali. Ora o jogo que eu criei é um jogo de acção para ser jogado no pátio (exterior ou interior) duma escola, ou em qualquer outro espaço real, tipo campo de jogos permanente ou criado ad hoc. Basta dizer que, quando uma vez o estávamos a jogar no pátio exterior da escola (numa acção que estava a ser transmitida via Zoom para todo o País), por causa dum inesperado aguaceiro, em 5 minutos desmontámos o cenário e voltámos a montá-lo no pátio interior da escola.
O meu jogo até já em Mérida (Espanha) foi jogado; e pode ser replicado em qualquer parte do mundo, as instruções são claras e o material de jogo é muito simples, pode ser arranjado sem necessidade de qualquer sofisticação.(1)
Pessoalmente, do ponto de vista pedagógico, no que diz respeito a dinâmicas de grupo, acredito mais nos jogos de acção real (que envolvem movimentos e acções do corpo) do que em jogos de tabuleiro; mas se não tivermos outros recurso, porque não fazer jogos de tabuleiro? Já agora, tenho a certeza de que é mais fácil (eventualmente, mais barato) juntar o material para um jogo de campo do que para um jogo de tabuleiro.
Sabem qual é a próxima pergunta que vou fazer aos chatbots? Pensem lá um bocadinho...
A pergunta que vou fazer é a seguinte: «Inventa um jogo para educar para a tolerância, sem que seja jogado num tabuleiro.» Depois, conforme as respostas, farei perguntas-pedidos mais especificamente focadas nisto ou naquilo.
Pronto, não resisti. Já voltei aos 4 chatbots e fiz-lhes a pergunta: «Inventa um jogo para educar para a tolerância, sem que seja jogado num tabuleiro.» Decepção: insistem em jogos com cartas, papéis, mensagens escritas. A acção continua a ser pouco, a reboque de instruções escritas, que pouco valorizam a interacção entre os participantes; e marcados pela vitória individual, mais do que pela cooperação e sucesso do grupo (no meu jogo, todos os participantes ganham).
Seja como seja, vou aproveitar TODAS as propostas dos quatro chatbots, e nelas introduzirei alterações que achar interessantes e oportunas.
Agradeço aos chatbots o esforço, mas o caminho não é por aí. Sei que eles podem fazer melhor e sei o que tenho de fazer para eles fazerem melhor: tenho de ser tolerante com eles, com as suas respostas; e tenho de afinar as minhas perguntas — eles aceitam-nas todas, pacientemente, "tolerantemente"; e mesmo que não as compreendam.
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(1) Quem quiser o rationale, as instruções e a lista do material do jogo, é só pedir, que enviarei imediatamente o que me pedirem; e fico disponível para levar in loco o material que tenho e fazer uma demonstração prática do jogo.
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