segunda-feira, fevereiro 03, 2025

#TOLERÂNCIA 36 - PAUL-HENRY SPAAK E OS VALORES DA UNIÃO EUROPEIA

 #TOLERÂNCIA 36 - PAUL-HENRY SPAAK E OS VALORES DA UNIÃO EUROPEIA

Acerca de Paul-Henry Spaak (1899-1972), leio assim num documento oficial da União Europeia:

"Mentindo sobre a sua idade, conseguiu ser recrutado pelo exército belga durante a Primeira Guerra Mundial, tendo passado dois anos como prisioneiro de guerra na Alemanha. Durante a Segunda Guerra Mundial, como ministro dos Negócios Estrangeiros, tentou em vão manter a neutralidade belga. Partiu depois para o exílio juntamente com o Governo, primeiro para Paris e, mais tarde, para Londres.

Após a libertação da Bélgica, Spaak desempenhou as funções de ministro dos Negócios Estrangeiros e de primeiro-ministro. Já durante a Segunda Guerra Mundial, tinha formulado planos para uma união dos países do Benelux e, imediatamente a seguir à guerra, fez campanha pela unificação da Europa, tendo
apoiado a criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço e a Comunidade Europeia de Defesa.

Para Spaak, unir países através de tratados vinculativos constituía o meio mais eficaz de garantir a paz e a
estabilidade. Enquanto Presidente da primeira Assembleia Plenária das Nações Unidas, em 1946, e
Secretário-Geral da NATO, entre 1957 e 1961, teve oportunidade de contribuir para a realização desses objetivos.

Spaak foi decisivo na redação do Tratado de Roma. Durante a «Conferência de Messina», em 1955, os seis governos participantes nomearam-no presidente do grupo de trabalho responsável pela elaboração do Tratado."(1)

A Conferência de Messina (Itália) decorreu entre os dias 1 e 3 de Junho de 1955. Cerca de um mês depois, entre 11 e 15 de Julho, em Bruxelas (Bélgica), decorreu o 2.º Congresso da Fraternidade Mundial.

A World Brotherhood (Fraternidade Mundial) foi fundada em 1950, ou seja, poucos anos depois do final da 2.ª Grande Guerra, propondo-se como uma organização internacional cívica e apolítica que promovesse acções educativas para melhorar as relações entre os grupos. O tema principal do Congresso era "Fraternidade para a Paz e a Liberdade", e procurou juntar figuras de renome mundial nos domínios da governação, da religião, da ciência, da educação, dos negócios e dos meios de comunicação social.

O notável estadista belga esteve presente, na qualidade de Ministro dos Negócios Estrangeiros da Bélgica, e foram dele as seguintes palavras:

«Para mim, a tolerância é a mais bela e nobre das virtudes. Nada é possível sem esta disposição da alma. É um pré-requisito para todos os contactos humanos. Tolerância não significa renunciar a qualquer ideia ou fazer um pacto com o mal. Implica simplesmente aceitar que os outros não pensam como nós, sem os odiar por isso.»

Pede-se muito à Educação, às vezes apetece dizer que se pede tudo à Educação. O exemplo que hoje trago não está inteiramente desligado com o texto de ontem (#TOLERÂNCIA 35), e leva-nos a atenção para um caso de activismo político duma pessoa que, por todo o seu passado nas guerras e na acção política, merece ser ouvida e considerada como modelo. Que bom se servisse de inspiração a tantos dos políticos actuais que governam os países e o Mundo!

Paul-Henry Spaak, sendo um dos pais fundadores da União Europeia, em 1952, foi o primeiro presidente do Parlamento Europeu. Ocupou o cargo de 1952 a 1954, quando a instituição ainda era conhecida como Assembleia Comum da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), precursora do Parlamento Europeu e da União Europeia.

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(1) https://european-union.europa.eu/document/download/951d0b48-896a-4b11-aa21-a36564a5a746_pt?filename=eu-pioneers-paul-henri-spaak_pt.pdf

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