#TOLERÂNCIA 41 – DEIXAR UMA MARCA PARA DEPOIS VOLTAR
Às vezes é assim, deixamos uma marca para voltar. Ou porque queremos que seja assim, porque queremos voltar; ou porque é preciso voltar lá.
Levaram-me aos sabores da Palestina, deixaram-me o pensamento a vaguear pela história da Palestina e dos palestinianos. Pela história, pela cultura, pela alma; e pelo sofrimento.
Deambulando, encontrei na Internet, um artigo publicado no dia 16 de Dezembro do ano passado (quer dizer, uma semana antes de começar a minha saga — É gostei muito de que o notável Ricardo Dias, de quem tive o privilégio de ser professor e dele me ter tornado muito amigo —), escrito por Hend Salama Abo Helow, com o título “In Gaza, The Olive Trees Resist” (Em Gaza, as oliveiras resistem).(1)Tomei especial consciência do amor que os palestinianos têm pelas oliveiras e quanto elas os espelha, os inspira e os ajudam a viver e a resistir.
A autora, a certa altura, diz-nos: «Como escreveu um dia Mahmoud Darwish, “se as oliveiras conhecessem as mãos que as plantaram, os seus azeites transformar-se-iam em lágrimas”.»
Talvez a frase nem seja de Mahmoud Darwish, mas dúvidas não haverá de que ela é profundamente palestiniana, da sua milenar cultura, do imenso e quasi-eterno sofrimento do seu Povo.
Leio também na Net que, entre os estudiosos, as obras de Mahmoud Darwish — dizem eles —, configuram uma espécie de “tolerância poética”, tanto e constante era o esforço dele de pacificação, entendimento, respeito, reciprocidade; de saudade, perda e exílio; e também de firmeza e resistência.
Quem, na Palestina, escuta as oliveiras, ouve, passada dumas para as outras — qual eco sussurrante, doce, que nunca perde a energia da identidade genuína daquela terra —, a determinação das ancestrais vozes, geração a geração, acalentando a preservação da personalidade do Povo numa afirmação cuja autoria se dispersa por todos os palestinianos: «A oliveira é um símbolo da nossa resiliência, é um testemunho da nossa paciência e tolerância duradouras.»
Sim, quero voltar a esta terra, a este Povo, a estas oliveiras.
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