#TOLERÂNCIA91 - SOU CONTRA A MUDANÇA DA HORA
As razões da mudança da hora, com 5 meses para a Hora de Inverno e 7 meses para a Hora de Verão (DST - Daylight Saving Time, é o ponto de vista do Hemisfério Norte), penso que começaram por ter a ver com a poupança de energia em tempo de guerra, na 1.ª Grande Guerra. Depois, com cessos e retrocessos, manteve-se a mudança em alguns países, não todos.
Países como o Japão, a Rússia, a Islândia e boa parte da África e Ásia não adoptam o DST. Os E.U.A., o Canadá, a Austrália e parte da Europa ainda mantêm a prática, mas, tanto quanto sei, com cada vez maior contestação. Desde 2018, a União Europeia anda a tentar acabar com a mudança da hora, propondo que cada país adopte a hora que quiser, seja a de Inverno ou a de Verão.
Eu sou adepto da Hora de Inverno, que é a que está mais próxima da hora solar, e é essa natureza que,na minha opinião, devemos assumir. A hora solar tem a ver com o ciclo anual do Sol (estrela à volta da qual a Terra gira) e é determinada, digamos, pela posição do Sol no céu, com o meio-dia solar ocorrendo quando o Sol está no ponto mais alto do arco (aparente) que descreve no céu (o céu visto e vivido a partir da Terra).Então, explicitando:
Um: sou contra a mudança da hora, sou de opinião que devemos optar por nos aproximarmos o mais possível da hora solar natural. Se não dá jeito para certas actividades económicas e sociais, mude-se o horário dessas actividades, dum golpe só ou progressivamente. Dizer que sou contra é expressão a minha atitude; e a atitude, como há muitos anos digo aos meus alunos, é uma predisposição comportamental.
Dois: resulta da minha atitude não aceitar, por bem que compreenda; resulta não me resignar, onde e quando puder expressarei o meu desacordo e procurarei alegar com informações lógicas, científicas e claras; finalmente, apenas tolero.
Cá está mais um exemplo em que a Tolerância se equaciona com a Aceitação, a Compreensão, e, neste caso, também com a Resignação e a Suportação (ui!, que palavrão...).
Sim, no meu caso pessoal, a mudança da hora é qualquer coisa que tolero com grande esforço dos mecanismos de auto-regulação do comportamento que são da responsabilidade do córtex pré-frontal.
Hoje de manhã, no momento de olhar e fotografar o nascer-do-sol, ainda abri o menu da máquina fotográfica para acertar o relógio do aparelho, mas acabei por não fazer nada. Tomei uma decisão, mais uma daquelas que nos últimos anos me tenho imposto com a duração de 365 dias seguidos: não, não altero a hora do relógio da máquina fotográfica!
A hora do telemóvel, para já, fica, é por causa dos compromissos profissionais a que estou obrigado enquanto não me reformar. Depois, quando a reforma chegar, logo verei o que que me vai apetecer decidir. Se tivesse que decidir hoje mesmo, sei bem qual seria a minha opção.
Como continuo a tentar estar acordado à hora do nascer-do-sol, sei que por volta do Solstício de Junho (antes, durante e depois) teria o Sol a nascer por volta das 5 da manhã, mas gostava muito que me fosse dada a oportunidade desse desafio.
Enquanto a União Europeia não se decide (nem Portugal), parece que o melhor lugar para um estágio de 1 ano é mesmo o país do Sol Nascente, o Japão. Para já, o que estará ao meu alcance, ainda este ano, será um mini-estágio de 15 dias.
Sem mudança de condição pessoal, resta-me, assim, tolerar, tolerar, tolerar...
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