quinta-feira, março 13, 2025

#TOLERÂNCIA74 - ASSENTAR OS PÉS NO CHÃO

 #TOLERÂNCIA74 - ASSENTAR OS PÉS NO CHÃO

Como nas experiências mentais de Einstein, proponho que procuremos o lugar mais alto da Terra, que cada um nesse lugar se imagine, um lugar onde se possa assentar bem os pés no chão.

A figura de Jesus sabia bem o poder do alto. Fazendo fé na leitura bíblica dos Evangelhos, quando Ele ordenou a Pedro, Tiago, João que o seguissem, ele foi para um alto. Um alto monte. Ele sabia que o alto nos transfigura, resplandecemos como o Sol e ganhamos o branco puro da luz.

O poder do alto também já tinha sido uma estratégia do Demónio para fazer Jesus cair na tentação. O Demónio levou Jesus a um monte muito alto e mostrou-Lhe todos os reinos do mundo com a sua glória: «Serão todos teus se me adorares.»

Do alto podemos olhar para baixo e ver abaixo dos nossos pés tudo o que, inteiramente à nossa volta, sai dali, percorre a grande extensão, do mais perto ao mais longínquo, e só acaba na linha do horizonte. Algures num daqueles imensos lugares, aquilo que um dia, estando nós lá, nos parecia grande e fazia de nós pequenos, daqui, do alto do monte, parece-nos pequeno, insignificante mesmo. Ficamos com a sensação de que somos mais do que toda a vastidão que se espraia aos nossos pés.

O alto é um lugar de vertigem, de expansão e de tentação. Tomemos consciência das sensações, emoções e sentimentos que nos percorrem o corpo quando lá estamos...

A seguir, com os mesmos olhos com que olhámos para baixo, olhemos para cima, para cima de nós. Todo o firmamento está com a nitidez do puro cristal, do finíssimo cristal. A luz é doce, suave aos olhos.

«Quando olhamos para o céu nocturno, vemos uma luz que viajou durante milhões ou mesmo milhares de milhões de anos. Isto recorda-nos como os nossos problemas quotidianos são pequenos quando comparados com o Tempo e o Espaço infinitos do Universo. Faz-nos questionar: O que é que é verdadeiramente importante na Vida? Estaremos a viver com um objectivo, ou apenas a correr em círculos, preocupados com coisas que, a longo prazo, não terão qualquer importância?

«A ciência diz-nos que tudo no nosso corpo - o oxigénio que respiramos, o ferro no nosso sangue, o carbono nos nossos ossos - já esteve dentro de uma estrela. Somos literalmente feitos de poeira estelar. Isto significa que estamos profundamente ligados ao Universo, e não separados dele.

«Durante a maior parte da História, os humanos pensaram que eram especiais e que estavam no centro de tudo. Mas a ciência tem-nos mostrado que somos apenas uma pequena parte de algo muito maior. A nossa Terra é apenas um planeta numa vasta galáxia, e há biliões de outras galáxias lá fora. Esta constatação deveria tornar-nos mais humildes. Deveria tornar-nos menos arrogantes e mais curiosos.»(1)(2)

Fica-me a apetecer sugerir à Pedagogia e à Educação que levem as pessoas à noite para o campo, de

preferência, a um alto; e em que as pessoas se afastem de toda a luz artificial que o Homem foi capaz de inventar, e que tão útil nos é!, e se reduza o ambiente à luz natural da noite; mais, ali para as noites da Lua Nova.

Lá, depois, fala-se, caminha-se; e faz-se silêncio. Finalmente, convidamos quem connosco está a trazer à mente consciente uma experiência de intolerância, ou mesmo uma atitude reiterada, duradoura de intolerância. Não será necessário partilhá-la seja com quem seja. Tão pouco o objectivo é desistir da atitude intolerante. O objectivo é só o de estarmos em contacto com uma parte de nós, uma parte sensível ao nosso relacionamento com o Outro. Uma parte que tem um potencial de dano para o Outro, para si próprio ou para ambos. Quem sabe — Desculpem-me, estou a caminhar com o pensamento solto, quase em corrente livre — o objectivo é desligar a intolerância da raiva; sim, da raiva, não da firmeza.

Acho que vale a pena visitar este lugar e prender com ele.

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(1) Instagram, @astrophilesz.

(2) Traduzido com a versão gratuita do tradutor - DeepL.com

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