sexta-feira, junho 27, 2025

#TOLERÂNCIA180 - DE VOLTA À TOLERÂNCIA À FRUSTRAÇÃO

 #TOLERÂNCIA180 - DE VOLTA À TOLERÂNCIA À FRUSTRAÇÃO

Passei os olhos pela edição de hoje do New York Times, sim, coisa rara, no zapear pelas notícias, não é (nunca é) prioridade, só lá chego quando tenho um pouco mais se tempo. Uma notícia à volta de um daqueles temas cuja simples menção hoje em dia faz logo disparar sensibilidades, ansiedades, desconfianças e reclamação de direitos legítimos (todos e mais alguns...) faz-me pensar outra vez na cada vez mais diminuída resistência à frustração, seja qual seja o grupo social, seja qual seja a faixa etária.

O desafio para a Educação, em temas ou questões assim, é o de ser capaz de escapar às armadilhas do Verbo, quer dizer, contornar as imagens, as falas e as atitudes estereotipadas, e pôr foco no manejo da frustração. De uma maneira, muitas vezes, como sói dizer-se, «como quem não quer a coisa...»

Os 'chatbots' das charadas gostaram das tarefas que lhes dei, gostaram da competição uns com os outros e pediram-me mais tarefas do mesmo género. Fizeram-me lembrar a "Rainiers Family" do Instagram e os pequenos jogos que mostram de competição uns com os outros, todos eles, não apenas os dois irmãos.

Pois assim que há pouco lhes pedi que me fizessem pequenos jogos, de curta duração, para pequenos grupos (eu tinha na cabeça uma turma normal, na tradicional aula de 50 minutos), de treino e aprendizagem da resistência à frustração.

Guardei 12 deles, que irei usando quando for oportuno, até porque todos eles precisam de pequenas afinações e adaptações. Mas, é verdade, fiquei com um pequeno conjunto muito interessante de jogos pedagógicos sobre a Resistência à frustração.

Trago para aqui um exemplo, sem grandes preocupações de ser de ser fácil, médio ou difícil.

JOGO: A Torre da Paciência"

OBJECTIVO: construir algo em conjunto, mesmo quando as peças não se encaixam como o esperado.

MATERIAIS: blocos de construção (tipo Jenga, LEGO, ou blocos de madeira) em quantidade suficiente para cada equipa; cronómetro; um dado normal de seis faces (o dado também pode ter símbolos ou cores em vez de números.

COMO JOGAR: 1) divida o grupo em equipas de 4 a 6 pessoas. 2) cada equipa recebe um conjunto de blocos e tem como objectivo construir a estrutura mais alta possível em 15 minutos. 3) a cada dois minutos, o facilitador lança o dado. Cada número (ou símbolo ou cor) no dado corresponde a uma regra que a equipa tem de seguir para os dois minutos seguintes: n.º 1, apenas uma pessoa pode tocar nos blocos; n.º 2, a equipa tem de construir todos com uma mão atrás das costas; n.º 3, a equipa tem de trabalhar em silêncio, nenhum elemento do grupo pode dizer seja o que seja; n.º 4, todos os elementos da equipa só podem usar uma das mãos, a mão dominante (a que não costumam usar); n.º 5, a equipa tem de trocar de membro que está a construir a cada 30 segundos; n.º 6, um membro da equipa tem de vendar os olhos e trabalhar apenas sendo guiado pelos outros membros do grupo.

REGRA MÃE(1): se a estrutura cair em qualquer momento, a equipa tem de parar, recomeçar do zero e continuar a construir. O tempo continua a contar.

VENCEDOR: A equipa que tiver a estrutura mais alta no final dos 15 minutos.

REFLEXÃO PÓS-JOGO: como se sentiram quando a estrutura caiu e tiveram de recomeçar?; qual foi a regra que vos causou mais frustração? Porquê?; de que forma a equipa se adaptou e comunicou sob pressão?; o que aprenderam sobre a importância de aceitar os erros e seguir em frente?

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    (1) O 'chatbot' aqui não designava a regra desta maneira. Alterei-a já precisamente porque uma das coisas que é preciso incutir em toda a gente, tanto nos mais jovens como nos mais velhos, é a consciência de que a mãe frustra, a mãe tem de ser capaz de frustrar e os filhos têm de aprender a lidar com as frustrações produzidas pela mãe.

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