#TOLERÂNCIA152 - TOLERAR-SE A SI MESMO
Sem sair de "Os Traços Escondidos dos Génios" de Craig Wright, guardo na etapa de hoje esta tão longa transcrição:
«A TOLERÂNCIA AO RISCO É UM HÁBITO DE GÉNIO, ASSIM COMO A RESILIÊNCIA. Considere-se a pintura de Frida Kahlo, de 1944, "A coluna partida". Mostra uma mulher (a própria Kahlo) usando um espartilho médico do tipo usado para manter uma coluna unida. Na pintura, uma coluna jónica partida representa uma medula espinal fracturada, e as fissuras na paisagem desolada sugerem um mundo quebrado e solitário. Ao longo do corpo da mulher estão afixados pregos do tipo usado para simbolizar a paixão e a dor de Jesus; estendem-se pela perna direita, mas não pela esquerda. As lágrimas correm-lhe dos olhos, mas o seu rosto mostra determinação, até mesmo desafio.
»Aos seis anos, Frida Kahlo contraiu poliomielite, deixando-a com a perna direita mais curta e, com o tempo, escoliose. Aos dezoito anos, viajava num autocarro que foi atingido por um eléctrico. Várias pessoas morreram, e Kahlo ficou com costelas partidas, as duas pernas também partidas, ainda uma clavícula, e um corrimão de ferro saindo da sua pélvis. Passou três meses na cama em recuperação, e teve que usar espartilhos médicos de vários tipos: gesso, metal e couro, para o resto de sua vida, o
último deles retratado em "A coluna partida". Durante a sua imobilidade forçada, Kahlo passou de desenhadora ocasional a pintora a sério, esticando os braços para um cavalete que o seu pai tinha construído por cima da sua cama. Na década de 1940, não conseguia ficar de pé ou sentada sem ter dores, e submeteu-se a uma série de fusões e enxertos espinhais, com sucesso limitado, em hospitais de Nova York e da Cidade do México. Em Agosto de 1953, a dor na perna direita tornou-se tão insuportável que a perna teve de ser amputada abaixo do joelho, mas ela perseverou, por vezes na cadeira de rodas e outras vezes numa cama de hospital. «A dor não faz parte da vida, mas pode ser convertida na própria vida», disse ela. Outros génios — Chuck Close (colapso da artéria espinal), John Milton (cegueira), Beethoven (surdez) e Stephen Hawking (esclerose lateral amiotrófica), por exemplo — perseveraram perante obstáculos físicos , mas talvez nenhum tenha demonstrado uma resiliência desta magnitude. Kahlo disse: «Eu não estou doente. Estou quebrada. Mas estou feliz por estar viva, desde que possa pintar».»
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