terça-feira, abril 29, 2025

#TOLERÂNCIA121 - A COLABORAÇÃO OU A COMPETIÇÃO

 #TOLERÂNCIA121 - A COLABORAÇÃO OU A COMPETIÇÃO

Hoje fui à Universidade Católica acompanhar um pequeno grupo de alunos ao evento "Cimeira das Democracias 2025", no Open Day do Instituto de Estudos Políticos daquela universidade.

A nossa escola foi representar Timor-Leste. Os alunos estiveram empenhadíssimos, e fui recebendo, ao longo do dia, manifestações de apreço, tanto pela organização do evento, como por outros participantes, do expressivo entusiasmo da jovem delegação de Timor-Leste criada ali nos Olivais, na Escola Secundária Eça de Queirós.

Tivemos o privilégio (único, entre todas as delegações participantes!) de ver a Senhora Embaixadora da República Democrática de Timor-Leste, Laura Soares Abrantes, e ainda enquanto a Assembleia de Países decorria, vir ter connosco e felicitar todos os delegados e o professor orientador pela maneira tão bonita, competente e entusiástica como desempenharam o seu papel.

Também lá do outro lado do Mundo, a Senhora Embaixadora de Portugal em Timor-Leste, Maria Manuela Freitas Bairos, foi tendo conhecimento do que ia acontecendo na Cimeira, e continuou a apoiar-nos e a dar-nos alento. Digo que continuou porque a sua colaboração já vinha de algumas semanas atrás.

Dentro e à volta deste evento, os espaços da Universidade fervilhavam de rapaziada jovem. A gente olhava aquela rapaziada toda, escutava, aqui e ali, uma conversa, outra conversa...

É-se tomado, em alternância, por sentimentos, digamos, opostos: é a energia, o poder construtivo da rapaziada — e isso é agradável e animador ver; mas é também a insinuação da disputa competitiva, os lugares que no futuro se almejam não vão, seguramente, chegar para todos.

O convidado especial da sessão, o dr. António Vitorino, Presidente do Conselho Nacional para as Migrações, confessou (e parece-me sincero no que disse) que sabe cada vez menos do que se passa à volta dele, os paradigmas referenciais que, aparentemente, estavam estabelecidos, estão todos virados ao contrário. E onde um jovem delegado, representante dum país central da União Europeia, dizia, ansiosamente, que era preciso controlar, o dr. António Vitoria contrapunha que não, que o que era preciso era regular, saber regular.

A formação dos jovens está num ponto crítico, tanto no ensino básico, como no secundário e também no universitário: serem os não as instituições académicas formadoras cultivarem os valores do Humanismo e da Solidariedade, em contraposição aos valores da Competição e do Individualismo sem Equidade.

Depois de fechada a sessão, no grupo do WhasApp que criámos para a realização da nossa participação na Cimeira das Democracias, os alunos escreveram, entre outras coisas, «Obrigada por nos acompanhar e por tornar possível essa experiência tão enriquecedora.» ou «Sim, subscrevo o que a ###### disse, com certeza sem a presença do professor não teríamos tido o aproveitamento desta atividade. Obrigada! Obrigada!!»

Este é o grande poder da Educação. Os professores ainda têm uma chance de influenciar as opções pessoais dos futuros diplomados nos mais diversos ramos do conhecimento humano.

Começamos, penso eu, a ter uma ideia consolidada da Tolerância Positiva, e dos afectos, sentimentos e emoções que a despertam e alimentam. Até à última oportunidade de influência educativa, que os professores não deixem de a aproveitar.

#tolerância#tolerance#Tolerancia#tolérance#tolleranza#toleranz#tolerantie#宽容#寛容#관용#सहिष्णुता , #סובלנות#हष्णत#Ανοχή#Hoşgörü#tolerans#toleranță#толерантность#التسامح

Sem comentários:

Enviar um comentário