sexta-feira, dezembro 05, 2025

#TOLERÂNCIA341 - A TOLERÂNCIA E A FADIGA DA COMPAIXÃO

 #TOLERÂNCIA341 - A TOLERÂNCIA E A FADIGA DA COMPAIXÃO

Peguei numa notícia de jornal, já não sei o quê pôs-me a pesquisar na Net; cheguei ao conceito de "fadiga da compaixão", já não sei onde; pus-me a fazer perguntas no Gemini, no ChatGPT e no DeepSeek, perdi o controlo do que perguntei a um, a outro e outro; voltei aos 'sites' da Net, perdi-me... Mas guardei algum esclarecimento. Deixo aqui registo em jeito de ficha de exploração em que vou pegar lá mais para diante — nem tem de ser durante esta viagem, já começo a sentir o fim.

1 - Parece que o autor do conceito "fadiga da compaixão" é o psicólogo norte-americano Charles Figley, que a define pragmaticamente como "the cost of caring" (o custo de se importar, ou de cuidar). A sua obra mais conhecida é "Compassion Fatigue: Coping with Secondary Traumatic Stress Disorder in Those Who Treat the Traumatized", de 1995.

2 - Em várias das fontes, uma das primeiras preocupações é distinguir entre "fadiga da compaixão" e

"burnout": Diz assim o Gemini: «Burnout: "Estou farto deste sistema, da papelada e da chefia." (Causa: Ambiente/Estrutura). Fadiga da Compaixão: "Não consigo ouvir mais uma história triste; não sinto nada quando o paciente chora." (Causa: Exposição ao Trauma/Sofrimento).»

3 - O DeepSeek escreve o seguinte, não é um exemplo abstracto, refere-se a uma situação concreta investigada por especialistas: «Exemplo Prático (Caso Polónia, 2022-2024): A extraordinária tolerância e compaixão inicial dos cidadãos polacos para com os refugiados ucranianos foi sendo minada pela fadiga da compaixão gerada pela pressão prolongada nos serviços. Esta fadiga transferiu-se depois para um debate sobre outros migrantes, resultando num clima de menor tolerância e num maior apoio a partidos com retórica nacionalista e restritiva.»

4 - Perspectiva interessante, a aprofundar: (no DeepSeek) "Sociedades com altos níveis de tolerância social são mais resilientes à fadiga da compaixão. Isto acontece porque a tolerância é muitas vezes sustentada por valores enraizados (ex.: direitos humanos, tradição de asilo) que são menos voláteis do que emoções pontuais."

5 - O DeepSeek propõe também um esquema sequencial interessante, estimulante para o pensamento e o entendimento: 1) A exposição prolongada ao sofrimento leva à fadiga da compaixão, à exaustão emocional e ao 'numbimg' (entorpecimento físico e psicológico). 2) A consequência deste estado psicológico é a redução da empatia e o aumento da percepção de ameaça. 3) A percepção da ameaça faz crescer a intolerância social, a qual, por sua vez, 4) Incentiva a escolha de políticas restritivas e o acentuamento de discursos de separação e divisão. 5) Aumenta a polarização social e fortalecem-se os estereótipos sociais. 6) O ciclo recomeça.

6 - A mitigação da "fadiga da compaixão" exigirá estratégias distintas para profissionais no terreno (em situações de guerra, catástrofes, doenças prolongadas com grande sofrimento e limitações pessoais, etc.) e para a sociedade em geral. Ambas visam gerir a exposição às situações traumatizantes e opressoras e reconstruir um sentido de eficácia colectiva.

7 - Desafio para a Educação e a Pedagogia: prevenir a fadiga da compaixão, treinar as competências de gestão da fadiga de compaixão, ajudar a saber reconhecer, em si mesmo e nos outros, os sinais da fadiga de compaixão.

8 - Muito bem. Agora, guardar num dossier digital toda a informação recolhida sobre este assunto.

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