#TOLERÂNCIA331 - ARREPENDEU-SE, FOI PEDIR DESCULPA
Assim que li a notícia, escolhi-a para o apontamento diário da viagem. Não contém a palavra Tolerância, mas pensei imediatamente que a notícia, o acontecimento, tinha a ver com Tolerância. Crio, com a minha decisão, a excepção à regra, a de todos os textos da minha Saga conterem a palavra Tolerância — não é o caso da notícia do pedido de desculpas do seleccionador de futebol espanhol. Vamos à notícia:
Título e sub-título: Selecionador espanhol pede desculpa: «O primeiro a sentir vergonha sou eu». Luis de la Fuente retractou-se após não ter cumprimentado o quarto árbitro do encontro frente à Turquia, no qual a Espanha confirmou o apuramento para o Mundial 2026.
Notícia: «O seleccionador espanhol, Luis de la Fuente, pediu desculpa por não ter cumprimentado o quarto árbitro após o empate frente à Turquia, no passado dia 18 de novembro.
»Inicialmente, o técnico de 64 anos tinha dito que não havia visto o árbitro, logo após a partida, no programa 'El Partidazo de COPE'. Agora, deu um passo atrás e retractou-se.
» «Não me sinto nada orgulhoso, muito pelo contrário. Quero pedir desculpa publicamente», começou por dizer, na 'Fibwi Radio'.
» «Tínhamos tido diferentes pontos de vista e alguma tensão durante o jogo. Senti que ele não se tinha portado bem comigo e quis mostrar esse desagrado. Arrependo-me, porque não sou assim nem devia tê-lo feito», acrescentou o seleccionador de Espanha.
»O treinador fez ainda questão de sublinhar a importância do exemplo que alguém na sua posição deve transmitir: «Temos uma responsabilidade. Há muitas pessoas que nos observam e temos de projectar uma imagem que esteja à altura das circunstâncias, não só no futebol, mas também a nível humano.»
» «Naquele instante, estamos com as pulsações muito altas e de cabeça quente. Devia ter falado com ele, não negar o cumprimento. O primeiro a sentir vergonha sou eu», reconheceu ainda.
»Refira-se que a Espanha confirmou o apuramento para o Mundial 2026 nesse empate diante da Turquia, a duas bolas, em Sevilha. No conjunto turco, Deniz Gul, avançado do FC Porto, marcou um dos golos.»
Como a minha opção foi por impulso, tive de me perguntar a razão e tentar perceber o que, que nem relâmpago, me passou pela cabeça para carimbar a nitícia com o selo da Tolerância. Reconheci autocrítica, reflexão, ponderação, compreensão, arrependimento, empatia, sentido de justiça, aceitação; e intolerância; exemplo, educação, tolerância e fair play.
A questão que me pus a seguir foi a seguinte: com tantas coisas, com tantas atitudes e valores, o que faz aqui a Tolerância? Será mesmo preciso incluí-la nesta panóplia de factores que levam ao pedido de desculpa?
Penso que o treinador espanhol se mostrou intolerante com o árbitro e com o que pensou ter sido um erro que o árbitro cometeu; e depois foi tolerante consigo mesmo ao reconhecer, aceitar e a seguir assumir que, não obstante poder ter razão, há que saber aceitar que os outros podem, de boa fé, errar. Quer dizer, a Tolerância para com o erro humano levou-o da acusação, sobranceria e falta de desportivismo ao retractar-se, depois de sentir vergonha do comportamento que teve.
Aceito que esteja a olhar a situação com olhos de mãe coruja, muito amorosa da obsessão que não lhe sai da cabeça, a Tolerância. Seja. Vou guardar para uma discussão em grupo na nossa formação aprofundada.
P.S. - Escrevi este apontamento (tinha guardado o 'link' da notícia) depois de escrever o apontamento #TOLERÂNCIA332 do dia 26. No apontamento do dia 26 centro-me no tema do exemplo, dos bons exemplos. Registo, com satisfação, a preocupação do treinador espanhol de que os seus comportamentos, bons e maus, são exemplos sociais e desportivos.
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