quinta-feira, novembro 06, 2025

#TOLERÂNCIA312 - HÁ UM LADO MORAL, O OUTRO É ESPIRITUAL; E HÁ A TOLERÂNCIA

#TOLERÂNCIA312 - HÁ UM LADO MORAL, O OUTRO É ESPIRITUAL; E HÁ A TOLERÂNCIA

Como uma folha de Outono que esvoaça ali à nossa frente, recebe a nossa atenção, cai a nossos pés, e por isso paramos para a apanhar porque ficamos a pensar que ela quer mesmo que nós a apanhemos, assim hoje aconteceu comigo, enquanto caminhava, a outonal folhinha caiu ali à minha frente. Pois claro, apanhei-a. Falava de Einstein e de Tagore, do encontro deles em 1930. Discutiam a verdade e a realidade, e eu quis ir mais além.

Procurei e pouco depois estava com mais de mil páginas com escritos de Tagore, fui ver o que ele dizia sobre a Tolerância e a Intolerância. Depressa percebi que tenho muito que ler.

Hoje deixo só 3 citações, prontinhas para servirem uma das conversas que tanto quero que aconteçam em encontros de reflexão nas escolas, nas associações de pais; entre professores; entre líderes políticos e líderes empresariais.

A primeira (a primeira de todas, ainda fora do livro das mil e tais páginas; e que me levou depois a elas): «Por natureza, sou um selvagem. A intimidade com os homens é-me absolutamente intolerável. A menos que tenha espaço amplo à minha volta, não consigo esticar os membros, instalar-me e

desempacotar a minha mente. Rogo para que [as pessoas]... prosperem, mas não me devem apertar.» (Chaudhuri, Nirad C., "Tagore: The True and the False," Times Literary Supplement (27 September 1974): 1029–31)

A segunda, já no livro: «Quando era jovem, como era habitual, fui mandado para a escola. Alguns de vós poderão ter lido na tradução da minha autobiografia acerca do infortúnio que vivi quando iniciei o meu percurso como estudante numa escola. Era uma vida terrivelmente miserável, que se tornou absolutamente intolerável para mim. Na altura, não tinha a capacidade de analisar a razão pela qual sofria, mas mais tarde, quando cresci, tornou-se bastante claro para mim o que era que me magoava tão profundamente ao ser obrigado a frequentar as aulas naquela escola para onde os meus pais me tinham mandado.» (The English writings of Rabindranath Tagore, volume 3, a miscellany, edited by Sirir Kumar Das, Sahitya Akademi,1996)

A terceira, do mesmo livro: «A realização da nossa alma tem o seu lado moral e o seu lado espiritual. O lado moral representa o educação do altruísmo, o controlo do desejo; o lado espiritual representa a simpatia e o amor. Estes devem ser tomados em conjunto e nunca separados. A educação do lado meramente moral da nossa natureza conduz-nos à região sombria da estreiteza e dureza de coração, à arrogância intolerante da bondade; e a educação do lado meramente espiritual da nossa natureza conduz-nos a uma região ainda mais sombria de devassidão na intemperança da imaginação.»

Se as duas primeiras citações nos fazem pensar acerca do autodomínio, o desenvolvimento pessoal e a educação do caminho pessoal que vai da repulsa e da oposição à aceitação e à moderação, a última chama-nos a atenção para a necessidade de pensarmos na integralidade das coisas, que não são isto ou aquilo, mas, o mais das vezes, são isto e aquilo — e só assim fazem sentido.

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