sábado, novembro 08, 2025

#TOLERÂNCIA314 - É FÁCIL MELHORAR. MAS MELHORAR EM QUÊ?

 #TOLERÂNCIA314 - É FÁCIL MELHORAR. MAS MELHORAR EM QUÊ?

Evidentemente, pouco mais de 24 horas não dá para percorrer todo o "The Daily Stoic# de R. Holiday e S. Hanselman, dá apenas para leituras selectivas. A geografia desta viagem é a Tolerância, por isso fui à prcura dela em todas as 366 entradas.

Se ontem quis fazer uma breve apresentação do livro que encontrei na livraria da FNAC do aeroporto de Lisboa, hoje o meu foco foi o aparecimento da palavra Tolerância na citação que abre cada uma das 366 entradas. Aparece uma vez, numa afirmação das Meditações de Marco Aurélio.

Numa das primeiras estações desta viagem, escrevi que o conceito de Tolerância apareceu muitos séculos depois de Marco Aurélio. Não, não me esqueci do que escrevi nessa altura, nem estou a contradizer-me. Acontece que temos de, tentando não perder o rigor de linguagem, ser tolerantes para os tempos históricos, as línguas dos tempos históricos e as traduções, as maneiras como as coisas passam de umas línguas para outras. Adiante. O que escreveu Marco Aurélio? (os autores dizem-no na entrada do dia 22 de Outubro)

«Alguém pode ser excelente a derrotar um adversário, mas isso não o torna mais solidário, nem mais modesto, nem mais preparado para qualquer circunstância, nem mais tolerantecom as falhas dos outros.»Marco Aurélio, Meditações, 7.52

Os autores do livro propõem a seguinte reflexão: «O auto-aperfeiçoamento é uma busca nobre. A maioria das pessoas nem sequer tenta. Mas, entre as que o fazem, é fácil que a vaidade e a superficialidade corrompam esse processo.

»Queres abdominais definidos porque te desafiaste e te comprometeste com um objetivo difícil? Ou porque queres impressionar os outros quando tiras a camisola? Estás a correr essa maratona porque queres testar os teus limites ou porque estás a fugir dos problemas em casa?

»A nossa vontade não deve ser dirigida a tornar-nos alguém em excelente forma física ou com várias línguas dominadas, mas sem tempo nem paciência para os outros. De que serve vencer no desporto se falhas na tentativa de ser um bom marido, esposa, pai, mãe, filho ou filha?»

E rematam com o seguinte aviso-sugestão: «Não confundamos tornar-nos melhores em algo com tornar-nos pessoas melhores. Uma dessas coisas é uma prioridade muito maior do que a outra.»

Não me espantarei se num grupo de discussão que se ocupe desta entrada estoica aparecer a crítica de que os autores exageram na crítica à actividade física e argumentem, a contrapor, o clássico "Mente sã em corpo são". Pois que as críticas apareçam! O desafio, no fundo, fica para quem tiver a seu cargo a moderação da discussão de grupo. Porque da discussão nasce a luz, não é? Acho que lá mais para trás já o disse...

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