quinta-feira, setembro 25, 2025

#TOLERÂNCIA270 - HOJE VAMOS FAZER AS PALAVRAS CRUZADAS DO JORNAL

 #TOLERÂNCIA270 - HOJE VAMOS FAZER AS PALAVRAS CRUZADAS DO JORNAL

Apetece-me dizer, rindo-me do que digo, que não há jornal diário que se preze que não traga lá para as últimas páginas um jogo de palavras cruzadas. Fui ver... inclusivamente, fiz uma pequena busca em jornais de língua inglesa, língua francesa e língua espanhola: lá estão, em muitos deles, as palavras cruzadas.

Por que razão me lembrei eu hoje das palavras cruzadas? Por causa da última aula oficial que dei. Um pequeno grupo de alunos do 9.º ano, quase todos nos 14 anos, infantilmente irrequietos, muito focados na conversa e no entretenimento com o parceiro do lado, o da frente ou o detrás. A turbulência fisiológica, motora, quase se ouve a acontecer naqueles corpos em que o acne das faces é descarado. Boamente, falei-lhes de quando a amizade, o companheirismo, o envolvimento activo uns com os outros, são improdutivos; sobretudo em situação de sala de aula, em que se lhes pede foco atencional, sossego e escuta às lições dos professores.

Vim para casa a pensar como poderia "agarrá-los", como muitas vezes se diz nas conversas entre os professores duma turma.

A deliciosa ficção do "À Procura da Terra do Nunca", que tantas vezes passei nas minhas aulas, em que me imaginei com os alunos como tantas vezes vemos no filme o autor do Peter Pan fazer: olhando os irmãos envolvidos entre si, fantasia-os em aventuras mágicas que deliciam a motivação e a alma.

Imaginei os meus alunos com a mesma intensidade interactiva, a mesma turbulência desordenada, realizando uma tarefa... produtiva! Eles, ali na sala, 2 a 2, em ambiente ruidoso, com uma matriz de

palavras cruzadas a desafiá-los: cooperativamente, com o parceiro; competitivamente, com os outros pares. Pensando e atirando palavras pela boca fora e, sem que nisso pensassem, desenvolveriam vocabulário, apurariam as artes da conversação, aprenderiam conceitos e discriminariam os conceitos uns dos outros.

Cheguei-me aos dóceis e pacientes 'chatbots' e pedi-lhes que me construíssem um jogo de palavras cruzadas. Só mesmo numa primeira abordagem exploratória, dei-lhes esta instrução: «Faz um jogo de palavras cruzadas em que apareçam valores, sentimentos, atitudes pessoais, qualidades humanas, entre as quais a tolerância.» Um dos resultados foi este:

Horizontais

6. Qualidade de aceitar e respeitar a diversidade, o que é diferente. (10 letras) 8. Sentimento de segurança ou esperança em relação a uma pessoa ou algo. (9 letras) 10. Qualidade de se colocar no lugar do outro, sentir o que o outro sente. (7 letras) 13. Expressão de verdade, conformidade com os factos, honestidade. (11 letras)

Verticais

1. Ato ou efeito de ajudar, suporte moral ou material. (5 letras) 2. Qualidade de quem demonstra bondade, afeto e compreensão. (7 letras) 3. Característica de ser modesto, de reconhecer os próprios limites e não ser arrogante. (8 letras) 4. Sentimento intenso e positivo de afeto por alguém. (5 letras) 5. Valor que implica justiça, equidade e a correta atribuição de méritos e punições. (7 letras) 7. Sentimento profundo de afeto, atração ou dedicação. É o oposto de ódio. (4 letras) 9. Capacidade de esperar, de adiar a satisfação de um desejo. (7 letras) 11. Sentimento de felicidade e bem-estar. (7 letras) 12. Sentimento ou atitude de gratidão por algo bom recebido. (12 letras)

A seguir, ofereceu-se para fazer a quadrícula, quer aceitei imediatamente. Nada mau para começar!

Assim que possa, trago para aqui a grelha para que todos possam experimentar. Veja-se o potencial de aprendizagem dos afectos e da linguagem a eles associada neste jogo de muita interacção entre alunos.

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