quarta-feira, dezembro 30, 2009
As cheias do Tejo, na memória da avó Lourdes
Mariana, minha querida bisneta,
Tenho muita pena de ter estragado o Natal de todos e já perguntei ao tio Fernando Jorge e à tia Fatinha porque é que isto me aconteceu. Eles falam-me logo das bolachas, dos chocolates e de que eu não ando nada, mas eu não tenho comido nada às escondidas!... Não vou acender o farol, mas subo e desço as escadas lá de casa muitas vezes por dia. Eles riem-se…
Aqui no hospital vejo quase todos os telejornais. O tio Fernando Jorge está comigo na hora das notícias e vemos os dois as notícias.
Tenho-me lembrado muito das cheias em minha casa, no meu tempo, em Rio de Moinhos, por causa das cheias que vai haver hoje em Constância e na Barquinha.
Quando vinham as cheias, nós tínhamos de sair pela janela para o barco… às vezes, fazíamos as sementeiras e depois perdíamos tudo, o meu pai, coitado, trabalhava tanto e ficava sem nada… Uma vez a minha mãe, a avó Rosa, foi à janela e começou a gritar, deixou de ver o barco onde nós íamos… ia lá eu, o meu pai - o vosso avô Branco -, e iam também outras pessoas, o barco desapareceu da vista dela porque às vezes o barco tinha de fazer umas voltas e foi o que aconteceu nesse dia em que a minha mãe foi à janela.
O “velho” [o avô Branco] uma vez teve de empenhar a máquina de costura, o cordão de ouro da avó Rosa e a corrente dele, também de ouro… é que vinha o Tejo e levava tudo… Depois não houve dinheiro para ir buscar outra vez o cordão e a corrente “ao prego”. Acabámos por comprar outro cordão para a avó, foi a tia Rosinda que pagou, foi a Hélia, a filha, vossa prima, que ficou depois com ele quando a avó Rosa morreu. Só conseguimos ir buscar outra vez a máquina de costura.
Quando saímos de Rio de Moinhos para Abrantes, a minha mãe costumava dizer que tinha lá deixado os dentes. Ela queria dizer que tinham lá deixado tudo, o Tejo tinha-lhes levado tudo.
Era… tínhamos de saltar pelas janelas para ir às compras… a casa em que a gente morava era grande, chegámos a acolher lá cinco famílias por causa das cheias… a cheia chegava quase à casa da Milú, a vossa prima, que os vossos pais conhecem, já fica lá para a parte de cima de Rio de Moinhos. Havia umas poucas de ribeiras que faziam a junção…
Quando o Tejo começava a subir nós íamos pôr-nos à janela a ver até onde é que ele chegava. Os homens punham pedras a ver o que o Tejo subia… quando chegava à nossa casa, como já vos disse, tínhamos de saltar pela janela para o barco para ir ao pão, cá para cima, ao pé da casa da Milú… as oliveiras ficavam todas tapadas…
Quando o Tejo descia, ficavam umas poças de água e nas poças de água ficava, sabem o quê?, ficava sável, íamos ao sável, o tio David e eu, eu não apanhava, era o tio David que apanhava, eu segurava o cesto… Uma vez, nós tínhamos uma marrã com crias e ele foi salvá-las da água. Nós ficámos todas com muito medo porque ele não sabia nadar, mas ele enquanto não salvou a bicha e as crias não descansou, tivemos mesmo muito medo.
Às vezes o Tejo subia e descia, eles não gostavam quando o Tejo descia muito depressa, era sinal de que ele ia subir outra vez.
A nossa casa ainda lá está, é na rua principal, a chegar ao largo… era uma casa que o avô Branco tinha alugado… agora é cor-de-rosa, mas no nosso tempo era amarela.
Olhem, agora na televisão estão a falar do rei D. Carlos… o meu avô David, pai da minha mãe, ia muitas vezes à caça com o rei D. Carlos, ali numa quinta perto dos Casais, chamada Anadia… o meu avô era uma espécie de couteiro… ele era muito educado, era uma pessoa que sabia muito… (e a avó deixou-se dormir…)
Avó Lourdes,
Hospital da Horta, 29 de Dezembro de 2009
domingo, dezembro 27, 2009
Cadeia de poemas de Natal - 11, para a Arrábida do Miguel Guerreiro
Obrigado, Miguel, pelos teus votos!
Também desejo para ti um Natal muito feliz, com muita alegria, muito aconchego da família, uns docinhos e algumas prendinhas.
E enquanto outros discutem se o Natal é do Pai Natal ou do Menino Jesus, deixo-te aqui um lindo poema que Sebastião da Gama, teu conterrâneo, escreveu, em que, no fundo, ele diz que é mais importante aconchegar os meninos do que apenas festejar os meninos:
PRESÉPIO
Nuzinho sobre as palhas,
nuzinho - e em Dezembro!
Que pintores tão cruéis,
Menino, te pintaram!
O calor do seu corpo,
pra que o quer a tua Mãe?
Tão cruéis os pintores!
(Tão injustos contigo,
Só a vaca e a mula
com o seu bafo te aquecem...
- Quem as pôs na pintura?
sexta-feira, dezembro 25, 2009
2009, o meu conto de Natal
Sim, estava aberto. O lugar que parecia naturalmente destinado a mim era ali, naquele espaço de balcão entre dois sujeitos, qualquer um deles mais alto do que eu. O da minha esquerda, nitidamente mais velho. O da minha direita, nitidamente mais novo. Ambos vestiam aparentando ser pessoas “remediadas”, como ainda há bem pouco se costumava dizer.
O homem mais novo, o da minha direita, queria pão, perguntou à senhora do lado de lá do balcão se tinha pão. Sim, tinha, mas não era de hoje. O senhor hesitou, se não era de hoje… Parecia que vinha buscar pão para o almoço do dia de Natal, para a mulher e os filhos, queria uns sete ou dez, mas assim, de ontem…
O homem mais velho, à minha esquerda, disse que o pão de véspera era pão bom. O outro concordou, sim, o pão do dia anterior às vezes até sabia melhor que o do dia. Parecia que queria matar dois coelhos de uma só cajadada: ser simpático para com o outro senhor e convencer-se a si próprio de que o pão da véspera era bom.
Sim, ia levar o pão. Se a senhora tivesse, olhe, ele até levava doze. Ai tinha?... Então eram mesmo doze.
Enquanto a senhora foi lá dentro ensacar o pão e eu bebia o meu café, o sujeito da minha esquerda, como que para ocupar o vazio de silêncio que parecia querer cair ali no meio de nós os três, lembrou que no tempo dele – e eu imaginei-o nesta altura a pensar nos seus netos – o pão era de mais dias, era mesmo de muitos mais dias, até o pão com bolor se comia todo.
Aquecia-se água, deixava-se ferver um pouco o pão nessa água e o bolor “ia-se todo naquela água”. Depois arrefecia e comia-se. Por isso achava engraçado que hoje em dia as pessoas achassem que o pão da véspera já não prestava.
O sujeito à minha direita quedou-se a pensar. E eu quedei-me a vê-lo pensar. Voltei-me para o “meu avô” e ele agora olhava para lá da parede em frente dele, perdido no longínquo mar das memórias... Até que desabafou: “Dizem que é ó tempo volta p’ra trás, não é?... Ainda bem que não…”
O “meu pai” pegou no saco com as doze carcaças, perguntou quanto devia e pagou.
Eu tinha decidido demorar o meu café para não perder bocadinho que fosse daquele diálogo. Pela minha visão periférica, apercebia-me dos movimentos de cabeça de um e de outro, ora a olharem-se um ao outro, ora a olharem em frente, só com a parede do fundo à frente deles.
Mas agora que o sujeito do pão se ia embora olhei-o directamente. Por cima do meu olhar, sem que do meu olhar se apercebesse, ele olhou o “avô” seu interlocutor, fez-lhe um aceno e desejou-lhe boas-festas. O outro esboçou vagamente um sorriso e voltou a envolver-se com as suas memórias, as memórias do que foram duros natais, natais de tantos dias, dos tais tantos dias do ano que, assim, com o pão bolorento, nos demonstram que, afinal, o natal não é sempre que um homem quiser.
Atrás de mim, a minha mãe agora dorme. Já há algum tempo, no ecrã que mostra a informação que os fios que caem sobre ela recolhem, os números que se actualizam constantemente mantêm-se na cor verde e não apitam mais no amarelo, nem no vermelho. As apitadelas dos números vermelhos punham enfermeiros e enfermeiras a entrarem no quarto correndo. Os gráficos sinusoidais são menos claros para mim, mas parecem-me agora, sem dúvida, mais harmoniosos entre si.
Não sei se alguma vez ela comeu pão com bolor fervido, ainda um dia lho perguntarei. Mas lembro-me, por exemplo, das histórias da sardinha - uma só - repartida com um dos irmãos. E outras histórias.
Como escreve David Mourão-Ferreira, um dia haverá um primeiro Natal que será feito para sempre sem ela.
Consola-me a inquebrantável certeza que, se a lei natural da saúde e das gerações o permitir, até que esse venha, nenhum ela passará sem a presença aconchegadora de um dos filhos. Se calhar, colhe o que semeou. O que pôde semear.
Fernando Pinto, Horta (Faial) 25 de Dezembro de 2009
quinta-feira, dezembro 24, 2009
Cadeia de poemas de Natal - 10, para o Alentejo do Zé Geadas
Obrigado, Zé, pelos teus votos.
Aqui te deixo, como se de um abraço grande se tratasse, para ti, teus pais, mano e avós, um poema de Natal, que colhi ontem na linda Biblioteca Municipal da Horta, para onde corri a proteger-me da valente chuva.
Diz que o Natal é de todos, em todo o lado. É em Dezembro, mas pode ser em todo o ano. O que é verdade.
quarta-feira, dezembro 23, 2009
Cadeia de poemas de Natal - 9, dos Açores ao Brasil
Um homem, — era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno, —
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,
Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
Escolheu o soneto . . . A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.
E, em vão lutando contra o metro adverso
Só lhe saiu este pequeno verso:
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"
Cadeia de poemas de Natal - 8, na Língua Espanhola
Pero incansablemente crece el árbol
y muere el árbol y a la vida acude
otro germen y todo continúa.
Y no es la adversidad lo que separa
los seres, sino
el crecimiento,
nunca ha muerto una flor: sigue naciendo.
Pablo Neruda
Olá Miguel! Um grande abraço!
domingo, dezembro 20, 2009
Cadeia de poemas de Natal - 7, KALANDA, da Grécia
κι αν είναι ορισμός σας - and if it's your command
Χριστού την θείαν γέννησιν - the holy birth of Christ
να πω στ' αρχοντικό σας - may I say in your house
Χριστός γεννάται σήμερον - Christ is born today
εν Βηθλεέμ τη πόλει - in the city of Bethlehem
οι ουρανοί αγάλλονται - the skies get serene
χαίρει η κτίσις όλη - the entire firmament rejoices
Εν τω σπηλαίω τίκτεται - in the cave is born
εν φάτνη των αλόγων - in the stable of the horses
ο βασιλεύς των ουρανών - the king of the skies
και ποιητής των όλων - and creator of everything
GREGO
FRANCÊS
ESPANHOL
sábado, dezembro 19, 2009
Cadeia de poemas de Natal - 6, PETIT PAPA NOËL
Petit papa Noël
C'est la belle nuit de Noël,
La neige étend son manteau blanc,
Et les yeux levés vers le ciel,
à genoux, les petits enfants,
Avant de fermer les paupières,
Font une dernière prière.
Petit papa Noël
Quand tu descendras du ciel,
Avec des jouets par milliers,
N'oublie pas mon petit soulier.
Mais avant de partir,
Il faudra bien te couvrir,
Dehors tu vas avoir si froid,
C'est un peu à cause de moi.
Il me tarde tant que le jour se lève
Pour voir si tu m'as apporté,
Tous les beaux joujoux que je vois en rêve
Et que je t'ai commandés.
Petit papa Noël
Quand tu descendras du ciel,
Avec des jouets par milliers,
N'oublie pas mon petit soulier.
Le marchand de sable est passé
Les enfants vont faire dodo
Et tu vas pouvoir commencer
Avec ta hotte sur le dos
Au son des cloches des églises
Ta distribution de surprises
Petit papa Noël
Quand tu descendras du ciel,
Avec des jouets par milliers,
N'oublie pas mon petit soulier.
Si tu dois t'arrêter
Sur les toits du monde entier
Tout ça avant demain matin,
Mets-toi vite, vite en chemin.
Et quand tu seras sur ton beau nuage,
Viens d'abord sur notre maison
Je n'ai pas été tous les jours bien sage,
Mais j'en demande pardon.
Petit papa Noël
Quand tu descendras du ciel,
Avec des jouets par milliers,
N'oublie pas mon petit soulier,
Petit papa Noël.
paroles : Raymond Vinci
musique : Henri Martinet
Cadeia de poemas de Natal - 5, este tem letra dos Açores
Outro elo da cadeia, outro elo da Manuela
NATAL CHIQUE
Percorro o dia, que esmorece
Nas ruas cheias de rumor;
Minha alma vã desaparece
Na muita pressa e pouco amor.
Hoje é Natal. Comprei um anjo,
Dos que anunciam no jornal;
Mas houve um etéreo desarranjo
E o efeito em casa saiu mal.
Valeu-me um príncipe esfarrapado
A quem dão coroas no meio disto,
Um moço doente, desanimado…
Só esse pobre me pareceu Cristo.
Vitorino Nemésio
quinta-feira, dezembro 17, 2009
Cadeia de poemas de Natal - 4
- porque é um poema de Natal
- porque adoro os escritos de Miguel Torga
- porque acho delicioso (sem ironia, acreditem!) o comentário que encontrei no blogue de onde tirei o poema. Andava "preguiçosamente" à procura de uma versão já escrita (para não ter de escrevê-la eu por inteiro), encontrei-a num outro blogue, mas mal publicada, e depois apareceu-me bem escrita neste blogue. Sinceramente, acho o comentário delicioso, pela ingenuidade (verdadeiramente natalícia) e pela atenção e estímulo afectuosos da autora Teresa para com o seu escritor ( penso que ela pensa que é o João Carvalho Fernandes)!
HISTÓRIA ANTIGA - MIGUEL TORGA
Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.
Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
Miguel Torga
(no blogue http://fumacas.weblog.com.pt/arquivo/380002.html)
O comentário é o seguinte, que depois, a seguir, reproduzo com a pontuação correcta:
"nao sei o que dizer desta historia mas acho um bocado esagerada de mais veja se a melhora boa sorte"
"Não sei o que dizer desta história, mas acho um bocado exagerada demais. Veja se a melhora. Boa sorte!"
quarta-feira, dezembro 16, 2009
A cadeia fez-se: o Natal da Eduarda
terça-feira, dezembro 15, 2009
NATAL DE QUEM? pergunta a Manuela
A minha colega e amiga Manuela mandou-me o seguinte poema, dizendo, no fim do seu e-mail:
"O meu mais belo poema de Natal.
Vamos transmitir aos mais novos o que celebra o Natal, ainda estamos a tempo!!!"
Obrigado, Manuela! Vamos a isso!
NATAL DE QUEM?
Mulheres atarefadas
Tratam do bacalhau,
Do peru, das rabanadas.
- Não esqueças o colorau,
O azeite e o bolo-rei!
- Está bem, eu sei!
- E as garrafas de vinho?
- Já vão a caminho!
- Oh mãe, estou pr'a ver
Que prendas vou ter.
Que prendas terei?
- Não sei, não sei...
Num qualquer lado,
Esquecido, abandonado,
O Deus-Menino
Murmura baixinho:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Senta-se a família
À volta da mesa.
Não há sinal da cruz,
Nem oração ou reza.
Tilintam copos e talheres.
Crianças, homens e mulheres
Em eufórico ambiente.
Lá fora tão frio,
Cá dentro tão quente!
Algures esquecido,
Ouve-se Jesus dorido:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Rasgam-se embrulhos,
Admiram-se as prendas,
Aumentam os barulhos
Com mais oferendas.
Amontoam-se sacos e papeis
Sem regras nem leis.
E Cristo Menino
A fazer beicinho:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
O sono está a chegar.
Tantos restos por mesa e chão!
Cada um vai transportar
Bem-estar no coração.
A noite vai terminar
E o Menino, quase a chorar:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Foi a festa do Meu Natal
E, do princípio ao fim,
Quem se lembrou de Mim?
Não tive tecto nem afecto!
Em tudo, tudo, eu medito
E pergunto no fechar da luz:
- Foi este o Natal de Jesus?!!!
(João Coelho dos Santos
in Lágrima do Mar - 1996)
quarta-feira, dezembro 09, 2009
Mensagem de Natal 2009
Nesse momento tomei consciência de que a festa grande desta época do ano acabava de voltar.
- O que é o Natal?... é a pergunta que vai e volta, todos os anos, mais ou menos por esta altura. E todas as vezes a gente tenta dar uma resposta nova, diferente.
- O Natal é sentirmo-nos em casa, à volta de memórias, do convívio e de sonhos, pensei eu.
Nos mais pequenos há mais sonhos do que memórias, nos mais velhos há mais memórias do que sonhos. O convívio de todos é o convívio possível, em que se fazem votos para que o possível seja igual ao desejo. O desejo é sempre cheio de paixão e de amor.
Tantas vezes que os sonhos dos mais pequenos são a alegria dos mais velhos e as memórias dos mais velhos fazem as delícias dos mais pequenos!...
Não sou nada original a dizer que escrevi esta (pretensiosa) mensagem de Natal “aos ombros de dois gigantes”: Fernando Pessoa e Eugénio de Andrade.
Fernando Pessoa escreveu “A minha pátria é a minha língua”.
Eugénio de Andrade, por seu lado, escreveu o poema que a seguir transcrevo:
E os votos de Feliz Natal!
Até p’ró ano!
Um xi-coração grande, grande, grande, do
Fernando Pinto
terça-feira, dezembro 08, 2009
Pais, filhos e a Educação Sexual: falam pouco, falam tarde
A conversa do sexo nunca é fácil. Não é confortável para todos os envolvidos - os pais têm medo de que, as crianças são mortificada por ela - que é provavelmente porque a falar tantas vezes vem depois do fato. No mais recente estudo sobre o pai-filho fala sobre sexo e sexualidade, os investigadores encontraram que mais de 40% dos adolescentes tinham tido relações sexuais antes de falar com seus pais sobre sexo seguro, controle de natalidade ou doenças sexualmente transmissíveis.
Essa tendência é preocupante, dizem os especialistas, uma vez que os adolescentes que falar com seus pais sobre sexo são mais propensos a atrasar a sua primeira experiência sexual e para a prática de sexo seguro quando elas se tornem sexualmente ativas. E, ironicamente, apesar de sua aparente medo, as crianças realmente querem aprender sobre sexo de seus pais, de acordo com o estudo após estudo sobre o tema.
(Veja fotos de adolescentes na América Latina.)
"Os resultados não me surpreendem", diz o Dr. Mark Schuster, um dos autores do novo estudo, publicado na revista Pediatrics, eo chefe da pediatria geral do Hospital Infantil de Boston. "Mas há algo sobre ter dados reais que serve como um alerta aos pais que não estão falando com seus filhos sobre questões muito importantes até mais tarde do que nós pensamos que seria melhor."
O estudo envolveu 141 famílias cadastradas no pais conversando, programa Teens Saudável, organizado pela Universidade da Califórnia em Los Angeles / Rand Centro de Saúde do Adolescente Promoção e supervisionado por Schuster. Pais e filhos, com idades entre 13 a 17, respondeu a 24 perguntas sobre questões relativas ao sexo e sexualidade, incluindo a forma como as mulheres engravidam mudanças, o corpo que ocorrem durante a puberdade, como usar preservativos e controle de natalidade, assim como as questões em torno da homossexualidade.
(Veja as 10 principais ídolos teen.)
Os pesquisadores perguntaram aos pais e seus filhos, em separado, quando eles tinham discutido pela primeira vez a cada tema, e compararam essas informações para auto adolescentes de relatórios sobre seu envolvimento em três categorias específicas de comportamento sexual - de mãos dadas ou beijar, tocar ou sexo oral genital ; sexual e. As famílias foram entrevistados quatro vezes, uma no início do estudo, em seguida, novamente em três, seis e 12 meses.
Ao final do estudo, mais da metade dos pais relataram que não havia discutido 14 do sexo 24 tópicos relacionados a seu tempo os adolescentes tinham começado tocando genitais ou sexo oral com parceiros. Quarenta e dois por cento das meninas relataram que não havia discutido a eficácia do controle de natalidade e 40% admitiram que não tinha falado com os pais sobre como recusar o sexo antes de se envolver no toque genital. Quase 70% dos meninos disseram que não havia discutido como usar um preservativo ou o nascimento de outros métodos de controle com os pais antes de ter relações sexuais. No entanto, apenas metade dos pais dos meninos, ao contrário, disseram que não havia discutido o uso do preservativo ou de controle de natalidade com seus filhos.
(Veja fotos da evolução do dormitório da faculdade.)
Essa diferença evidencia um problema principal no diálogo entre pais e filhos sobre sexo."Muitos pais pensam que eles tiveram uma conversa, e as crianças não se lembra em tudo", diz a Dra. Karen Soren, diretor da medicina do adolescente de Nova York Presbyterian Morgan Stanley Children's Hospital. "Os pais às vezes dizem coisas mais vagamente, porque eles se sentem e pensam que já abordados alguma coisa, mas as crianças não ouvem o tema em tudo."
É incrivelmente difícil de abordar o tema do sexo, admite Soren, que tem três filhos dela própria. "Seus filhos olham para você como você é louco, e você sente como você deseja executar", diz ela. "Mas é importante porque nós sabemos que boa mãe-criança dá às crianças uma melhor resiliência mais tarde na vida."
Como mostra o estudo mais recente, fala dos pais sobre sexo e sexualidade precisam ocorrer muito mais cedo do que eles fazem, mas isso não significa necessariamente que os pais têm apenas uma chance de acertar. Para facilitar as coisas, e tomar alguma da pressão fora da situação, dizem os especialistas, os pais devem pensar fala o sexo como um diálogo permanente, em vez de uma discussão incômoda que eles devem cruzar fora de sua lista. E eles devem ter em mente que eles provavelmente já internalizou o mesmo desconforto e evitar que seus próprios pais exibido em falar sobre sexo - mas fala de sexo não precisa ser tão preocupante. Especialistas dizem também que os pais devem discutir certos assuntos com seus filhos em idade momentos adequados, e que o debate deve evoluir como filhos maduros."A 12-year-old vai olhar para o sexo de forma muito diferente do que um 15 - ou um 18-year-old", disse Soren. "Para as crianças entre 10 e 13, a idéia do sexo agrega-los. Então, você provavelmente não vai dizer a um 13-year-old necessariamente tudo sobre os diferentes métodos de controle de natalidade".
Em vez disso, as conversações devem se concentrar no que a criança é capaz de absorver, e que a criança pergunta sobre. Os pais também devem aproveitar cada desculpa para abordar o assunto difícil - uma menção a sexo ou sexualidade em um programa de TV, uma gravidez na família, as aulas de educação sexual na escola ou uma visita ao médico na época da puberdade. "Se você acabar com a dificuldade de partida, em seguida, uma vez que a conversa começa indo, você encontrará muitas vezes é mais fácil do que o esperado", diz Schuster."Portanto, use qualquer desculpa que quiser, mas apenas superar o obstáculo inicial e começar a conversar com seus filhos, porque é realmente importante."