"[...] à força de sermos confrontados com enorme quantidades de dados e de medidas, já não sabemos aquilo que estes medem, nem que unidades de medida utilizam. A tabela Excel tornou-se omnipresente, mas já não sabemos o que contêm as suas células e aquilo que nos permitem calcular. As pretensas 'provas' assentes em números, tão indispensáveis para qualquer argumentação, revelam-se assim de uma fragilidade surpreendente, estando afinal ao serviço dos preconceitos subjectivos. [...] Neste tempo em que vivemos, as novas tecnologias do digital proporcionam um verdadeiro dilúvio de informação. Mas permanecemos muito ignorantes quanto ao modo como ela é produzida, seleccionada e hierarquizada, isto é, há um défice de informação, o que leva a uma aceitação acrítica e a um recuo do pensamento e da reflexão." (1)
Grau Zero da discussão: Olhar é proibido, ser atraente é... desaconselhado.
Tese 2: (Des)tapar o Sol com a peneira.
Tese 3: Espelho meu, há alguém mais bonito do que eu?
Tese 4: Querem lá ver que o idiota... sou eu.
Tese 5: Quem não precisa de favores de ninguém rega mesmo quando chove.
Tese 6: É a Política, estúpido, mas não só!
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(1) Yves Michaud, "Quando a inteligência nos torna estúpidos". In Electra, Fundação EDP, 2, Junho 2018.
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