Escrevi assim hoje aos meus alunos:
https://www.mensagens.inf.br/mensagens-de-agradecimento/ |
Vistos os trabalhos monográficos de todos, venho dizer-vos o seguinte:
1) Nenhum trabalho monográfico alcançará, na avaliação final, os 20 valores se não apresentar, explicitamente, um capítulo ou sub-capítulo, especificamente centrado na gratidão: na gratidão ao sujeito monográfico e a todos aqueles que ajudaram na realização dos trabalhos monográficos. E porquê? Por 3 razões: porque a gratidão é um sabor gostoso, é um sentimento; porque a gratidão é uma atitude social; porque a gratidão é um dever ético.
2) A gratidão enquanto sabor, enquanto sentimento: melhor que todos os outros, António Damásio soube mostrar (de forma especialmente clara no seu último livro "A Estranha Ordem das Coisas") que os sentimentos estão na base do que o 'Homo sapiens' melhor pensa e melhor decide no sentido do bem-estar pessoal - dos outros e de si-mesmo; e da capacidade inteligente de resolver problemas.
3) A gratidão enquanto atitude social: sabe-se já, com muita investigação probatória, que sentimentos positivos atraem sentimentos positivos e sentimentos negativos atraem sentimentos negativos. Assim, se deliberadamente, mesmo sem lhe sentirmos o sabor genuíno, expressarmos gratidão, estaremos a incentivar a presença, a marca, da gratidão nas relações pessoais e inter-grupais, com os benefícios daí decorrentes - para o próprio, para os outros, para os grupos.
4) A gratidão enquanto ética: mesmo não experimentando o sabor; e mesmo descrendo da gratidão enquanto atitude social promotora do bem-estar individual e grupal, devemos agradecer por razões éticas e morais a quem, seja de que forma seja, nos ajuda a alcançar os nossos objetivos. Tem a ver com o formalismo, os rituais das relações pessoais que inibem a agressividade e promovem a emergência dos comportamentos não-lesivos de Outrem, ou do Outro.
4) A gratidão enquanto ética: mesmo não experimentando o sabor; e mesmo descrendo da gratidão enquanto atitude social promotora do bem-estar individual e grupal, devemos agradecer por razões éticas e morais a quem, seja de que forma seja, nos ajuda a alcançar os nossos objetivos. Tem a ver com o formalismo, os rituais das relações pessoais que inibem a agressividade e promovem a emergência dos comportamentos não-lesivos de Outrem, ou do Outro.
5) Como outros já disseram, esta é a minha linha vermelha, é quase a minha objeção de consciência, abaixo da qual eu não me permito atribuir a classificação de 20 valores em trabalhos em que nós, alunos e professor, pedimos a outros que connosco colaborassem na nossa aprendizagem social e académica.
Beijos e abraços para todos vós!»
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