segunda-feira, junho 25, 2012

Não concordo com José Mourinho, nem com Nelson Mandela - 1/2

Hoje, nem sei eu bem porquê, dei atenção a um dos vários anúncios do Millenium em que aparece José Mourinho. Diz ele, a certa altura, que o objetivo é ser o melhor entre os melhores.
Nada de mais errado! Do ponto de vista de formação dos jovens, nada de mais errado! No fundo, no limite, ser o melhor entre os melhores pode não ser grande coisa... basta que os outros não sejam suficientemente bons. Neste caso, posso ser o melhor entre os melhores, mas, no fundo, não sou nunca sufucientemente bom.
Por mim, continuo a acreditar mais na cooperação do que na competição. Com a ajuda dos outros, com o diálogo com os outros, eu posso ser melhor... e os outros também. Serem todos melhores, esse sim, é o objetivo que vale a pena!
Por exemplo, quando jovens como George Sampson criam as suas escolas, o objetivo deles não é serem os melhores de todos. O objetivo deles é serem por que gostam, é serem cada vez melhores, é partilharem com os outros o que sabem, para que os outros também sejam bons.

3 comentários:

  1. Concordo inteiramente. "Ser melhor entre os melhores" é querer ser superior aos outros e lutar apenas para si e contra os outros. A atitude pedagógica correcta é ser o melhor que se pode através de um esforço dedicado. E ser o melhor que se pode inclui o ser melhor na cooperação, no trabalho para o bem comum. Porque ser o melhor apenas para si próprio não é, de maneira alguma, ser melhor. Cumprimentos, Fernando.

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  2. Concordo inteiramente. "Ser melhor entre os melhores" é querer ser superior aos outros e lutar apenas para si e contra os outros. A atitude pedagógica correcta é ser o melhor que se pode através de um esforço dedicado. E ser o melhor que se pode inclui o ser melhor na cooperação, no trabalho para o bem comum. Porque ser o melhor apenas para si próprio não é, de maneira alguma, ser melhor. Cumprimentos, Fernando.

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  3. Caro Pedro, obrigado pelo teu comentário! Infelizmente (em minha opinião, claro) ainda muito recentemente o nosso ministro da Educação afirmou, na Assembleia da República, que vivemos em competição por isso há que exigir dos alunos!... O que me entristece, o que penso que é absolutamente dramático, não que que a competição não seja forte hoje em dia; isso sim, o que me entristece, o que é trágico, é que o ministro da Educação não tenha uma palavra que valorize a cooperação, a interajuda, a aprendizagem e o desenvolvimento em grupo, que é a forma essencial de vivência de todos os seres humanos; e nos deixe a todos à mercê da competião, tantas vezes selvagem e desonesta. Não é isso que se espera de um ministro da Educação!

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