quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Charles Darwin e Guerra Junqueiro... pela mão de Rafael Luís Silva

Estava-se em cima das sete da tarde, a exposição sobre Darwin na Gulbenkian estava prestes a abrir. Eu já estava no interior do edifício principal da Fundação e folheava o catálogo, que acabara de comprar. Pela minha esquerda aproxima-se um senhor que pára mesmo junto a mim, me faz uma pergunta sobre o que eu tenho nas mãos. Educadamente, dou-lhe algumas informações. O senhor fica ali a falar comigo. É um "junqueiriano" convicto e confesso. Puxa de um pequeno papel, um quarto de folha A4, de dentro do saco de plástico que trazia.
O papel dizia assim:
"Os Simples não se criticam, lêem-se e admiram-se. Quem não tem sensibilidade para sentir aqueles versos, escusa de perder tempo a arquitectar argumentos para os discutir. Junqueiro trouxe para este precioso volume, breviário das almas de eleição, o espírito de Darwin, o grande génio da transformação das espécies, o vigoroso cabouqueiro do progresso que deu novo rumo à Biologia moderna." EGAS MONIZ (Guerra Junqueiro, 1949, p. 33)
Gostaria de um dia, em breve, falar sobre o resto deste encontro curioso.

1 comentário:

  1. Não demorei muito tempo a perceber que este senhor é já tomado como uma figura peculiar em certos meios que juntam pessoas à volta de uma palestra ou de uma conferência.
    A citação que ele imprimiu no papel encontra-se na Net, tal e qual. Mas eu lembro-me de ele ter feito questão de me assegurar que tudo o que sabia de Guerra Junqueiro era das bibliotecas e dos livros.
    Não consegui confirmar ainda a autoria do blogue onde encontrei a citação.
    Mas longe de mim pensar que o senhor não seja genuimanente apaixonado de Guerra Junqueiro e da sua obra.

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