Mas, sem que o entenda porquê (apenas faço conjecturas, que resultam da minha sensibilidade pessoal, e dos meus quadros teóricos de referência para a abordagem dos fenómenos pessoais e sociais), não deixei de reparar - e lamentar - a censura implícita e a falta de afirmação de um sentimento de confiança no anúncio do homem que se preparava para fazer o juramento solene como presidente dos Estados Unidos da América: o "presidente eleito dos Estados Unidos da América" não se chamava Barack Hussein Obama. Afinal, o seu nome era Barack "heidje" [H.] Obama.
Que cultura, que ideologia são estas que inibem, logo no momento formal de apresentação ao mundo do presidente dos E.U.A., um dos seus nomes de família, que parece ficar envergonhado, censurado, vitimado já pela força dos acontecimentos do mundo?
(Numa brevíssima busca no site oficial de Obama, parece que o nome Hussein também aí é já intencionalmente omitido)
No seu discurso de tomada de posse, Obama diz que o retalho das origens sociais da nação americana não são uma fraqueza, mas a sua força. E enumera cristãos, muçulmanos, judeus e não-crentes. Mas, no meu entender, a apresentação do nome deixou-se levar pela fraqueza, não foi o primeiro exemplo da força. Todos os outros "Hussein" dos E.U.A., naturalmente bons e respeitáveis cidadãos, não mereceriam da parte do bem recente Presidente dos E.U.A. um gesto de solidariedade, de afirmação da tal força do retalho social americano?
Senhor Presidente Barack Hussein Obama, o mundo - as pessoas e o ambiente - precisa que o seu mandato seja bem-sucedido. Desejo-lhe muita sabedoria. Desejo-lhe muita sorte.
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