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O pai não demorou na humilde resposta:
- Nunca o vi, Rabdoulah...
E depois de uma breve pausa continuou:
- Dizem que é como o Ténéré, mas de cor azul.
Provavelmente neste instante o rapaz, a fazer-se homem e a conhecer o mundo, tomou para si a medida do infinito, do que é grande, grande para além do que o seu pensamento nascente conseguia conceber. Conhecemos a partir do que experimentamos; se noutros Rabdoulah's, de outras partes do mundo, a experiência sensível é a do mar, em Rabdoulah a experiência é a do deserto a ir para além do horizonte que a sua vista alcança. Seja deserto, seja mar, a vivência afetiva e a vivência cognitiva são as mesmas; são as vivências das crianças a crescerem. Que os homens, os mais velhos, saibam sempre fazer assim: dizer com afeto e dizer com inteligência o que aqueles de quem cuidam querem saber, enfrentando todos os desconhecidos com verdade e segurança.
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