sexta-feira, abril 12, 2013

O que é a Educação?


Na passada quarta-feira, dia 10, participei numa sessão de trabalho promovida por uma grande empresa informática. A sessão visou apresentar um conjunto extraordinário de recursos informáticos integrados para uso nas escolas e na educação, em geral, a partir das mais tenras idades. Que sofisticação de materiais e equipamentos!... Até na discrição das formas, dos tamanhos e dos pesos de tais coisas! Deixando a pairar no ar a sussurante ideia do Big Brother - superbonzinho, neste caso - que tudo verifica, que tudo controla, nas ações dos miúdos aprendentes.
Quase ao arrepio de tudo o mais que foi dito durante toda a manhã e a primeira parte da tarde, o último conferencista, um muito interessante especialista escocês, avisou, a determinada altura da sua comunicação:
Ewan McIntosh
"Empathy is the key!" Quem diria!... Fantástico! Como eu gostei de o ouvir dizer isto!
Hoje fui confrontado por uma jovem que se inicia como uma muito promissora estudiosa das ciências da Educação com a seguinte questão:
- O que é a Educação?
Pois bem, o melhor jeito que encontrei de lhe responder, foi assim, quase num ápice:
- "Educar é influenciar; em sentido geral, influenciar intencionalmente. Habitualmente é um indivíduo mais velho, mais sabedor, com mais experiência - quase sempre, um progenitor ou um professor - que procura influenciar o comportamento de um outro indivíduo, mais novo, (ainda) menos sabedor, com menos experiência: a criança-filho ou a criança-aluno. A influência social contida no(s) atos(s) de educar visam, tradicionalmente, a INTEGRAÇÃO nas formas de convivência social e nos rituais de relacionamento das famílias e dos outros grupos sociais de pertença; e de TRANSMISSÃO de saberes acumulados (na família e nos diferentes níveis de culturas de pertença). Cada vez mais, as mais modernas formas de educação, sejam formais, sejam informais, visam também o DESENVOLVIMENTO pessoal específico de cada indivíduo, visto na ótica de um ser que nasce com potencialidades únicas, específicas, idiossincráticas, que reclamam oportunidade de expansão e desenvolvimento."
Olho agora para o que lhe disse, e confesso que acho que não me saí mal... Certamente irei partir ainda alguma pedra à volta desta asserção; mas, para uma resposta curta e urgente, repito, acho que não me saí nada mal.
Beijinho grande, querida S.! Obrigado por me teres dado a oportunidade de tornar consciente e dar forma a este pensamento, que é ao mesmo tempo de síntese e prospetivo.

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