Luís de Magalhães foi o pólo centralizador da contribuição de muitos amigos para o "In Memoriam" que tantos quiseram dedicar a Antero. Magalhães quase desespera com a demora de Eça na entrega do texto. Mas, quando o lemos, percebemos claramente as razões, a espera dos mentores e editores da obra valeu bem a pena!
Com o título "Um Génio que era um Santo", Eça realça em Antero a arte de saber escutar; e afirma em período de uma só oração, para lhe dar melhor destaque: "A grande obra de Anthero, na verdade, foi a sua conversação." Explicita que a arte de Antero não é "só d'escutar, mas de ajudar o pensamento dos outros a surgir dos embaraços da expressão pêrra, a lançar o seu pequenino brilho: - e assim muitos affirmavam que, conversando com Anthero, se sentiam inesperadamente mais inventivos, mais intelligentes... A intelligencia era a d'elle, que, como o generoso sol, feito d'oiro candente, tudo doira em redor."
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