Hoje foi um dia fantástico de mostra (Eu ia dizer "cultura popular", mas não digo; porque, na minha ideia, a noção de cultura popular está associada a uma cultura menor, que as culturas mais pensantes e eruditas toleram. Por isso direi...) capacidades humanas, de prazer de convívio, de celebração da ligação harmoniosa entre gentes de terra com o mar que as cerca. Foi na Horta, no penúltimo dia da Semana do Mar.
Vou direito ao assunto de agora. A seguir a ter gravado em filme imagens fantásticas de botes baleeiros a competirem (saudavelmente) entre si no Canal de Vitorino Nemésio e de tantas gerações de açorianos, a caminho de casa cruzei-me com um pequeno grupo de homens que tocava e cantava, parados à frente de um dos restaurantes de rua montados na avenida marginal da cidade, propositadamente para as festividades da semana, e assim animava e fazia sorrir quem à sua volta estava.
Meus queridos alunos (os que foram e os que serão), no pequeno acontecimento que vão ver a seguir, há alegria, há inteligência, há prazer no convívio social, há espontaneidade; e o seu contrário, a ritualização. São a espontaneidade e a ritualização que estão na base da (re)criação da cultura que consolida os laços e os afectos entre os membros das comunidades humanas.
As imprecisões do documento resultam do momento ter sido inesperado, não poder ser interrompido e repetido em replay; resultam também do fundo musical que vinha de um pouco mais longe daquele local, em que uma banda musical jovem, mais "pesada", estava a ensaiar e a experimentar as colunas de som potentíssimas para a sua actuação à noite; e resultam também da inabilidade técnica do autor das imagens.
Obrigado ao grupo Só Fórró, que todos poderão conhecer melhor clicando no título deste apontamento. Serão reencaminhados para o blogue do grupo.
Repito, muto obrigado ao grupo Só Fórró! Desejo-vos muitas felicidades no futuro!
domingo, agosto 10, 2008
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