quinta-feira, junho 12, 2008

Charles Darwin, Sigmund Freud e a origem da felicidade

Comentário a:
Charles Darwin ao Ciência Hoje: «Ao saber livresco sempre preferi os passeios de observação e da natureza»
Fernando Pinto, em 2008-06-05 às 20:25, disse:
Este estilo de relato biográfico tem geralmente boa receptividade junto dos jovens, informa-os de maneira descontraída, pouco exigente, o que facilita a entrega à leitura.
Pela minha parte, gostaria de dizer aos jovens duas coisas, que proponho como ajudas na reflexão sobre a pessoa, a vida e a obra de Charles Darwin:
- A primeira é que ele publicou a sua obra mais célebre (para mim, não é a que mais me marcou, do ponto de vista do rigor sistemático do estudo; prefiro o seu estudo sobre as emoções), aos 50 anos... apenas... Quero eu dizer, "Malta, não tenham pressa, deixem as coisas amadurecer, dêem-lhes o tempo que elas necessitarem".
- A segunda coisa é essa semelhança com outros autores que, depois de se tornarem famosos, foram vasculhados na sua infância por alguém, e isso permitiu que se encontrasse a mesma paixão pela observação e o contacto com a vida animal. Estou a lembrar-me, por exemplo, do pai da Etologia, Konrad Lorenz, que se ligou a patos e gansos ainda menino; e montou em sua casa um autêntico jardim zoológico à medida do seu tamanho de menino. E estou a lembrar-me também de Jane Goodall, que em menina se fechou no galinheiro, horas e horas seguidas, muito pacientemente, porque logo intuiu que seria assim a única possibilidade de ver por onde as galinhas punham os ovos; e isto enquanto a mãe, aflita, a procurava com a ajuda de polícias que entretanto chamara.
Parece que Sigmund Freud, o fundador da Psicanálise, disse um dia que a felicidade é a realização de um desejo de infância.
Pessoalmente penso que não é possível negar a importância da família na ideia ou no sentimento de felicidade.
Mas que a felicidade dos autores de quem agora falei se alimentou, mais do que dos livros que escreveram, da vida e do trabalho que estiveram na origem de tais livros, pois certamente que estaremos perante experiências de vida que conferem razão à ideia de Freud sobre a origem da felicidade.

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