quarta-feira, fevereiro 13, 2013

Carta, aberta, de parabéns à Mariana.

Olá, minha querida sobrinha Mariana!
Como te prometi, talvez há 2 anos atrás (não o fiz antes para não te criar ansiedades demasiadamente cedo), vou devolver-te uma coisa que há muitos anos atrás me pediste para guardar. Naturalmente, com o passar dos anos, esqueceste-te, por isso ficaste admirada e curiosa, precisamente nessa altura, há 2 anos atrás, quando te falei que me tinhas dado, quando eras bebé, uma coisa para eu guardar, e que eu continuava a cumprir o pedido que me tinhas feito. Quiseste, nessa altura, nos teus 16 anos, saber o que era. Não to disse, dei-te 2 anos para te tentares lembrar o que era.
É um calhau. Sim, um calhau. Pesa 305 gramas (trezentos e cinco, não "trezentas" e cinco, como disse a menina da mercearia onde pesei há pouco a tua pedra preciosa). Mando-te agora algumas fotografias.
Perguntar-me-ás porque guardei o calhau. Pois bem, guardei o calhau, antes de mais, porque, como já te disse, tu me pediste para o guardar.
Talvez não te lembres porque me pediste para o guardar, agora, que ele foi importante para ti, não tenho eu dúvidas nenhumas.
Repara bem...
Eu estava aí, no Faial, por isso deveria ser ocasião de férias escolares. Tu mal andavas, terias um ano ou pouco mais (a tua mãe poderá ajudar, ela lembrar-se-á melhor do que eu quando é que começaste a andar). Talvez estivéssemos nas férias da Páscoa; lamentavelmente eu não tomei nota da data -, mas isso não é grave.
Não foi a primeira, nem a última vez que tu me deste coisas para a mão para eu guardar (por exemplo, também tenho guardada uma pequenina coleção de pequeninas pedrinhas que tu apanhaste do chão, mais ou menos um ano depois); porque é que eu guardei este calhau?
Fi-lo porque este calhau - desculpa-me! -, esta pedra preciosa foi seguramente importante para ti.
Andávamos os 2 de mãos dadas na rua (tenho tentado lembra-me exatamente aonde, mas não consigo...), como já te disse, tu mal andavas ainda. De vez em quando, abaixavas-te e remexias - os psicólogos dizem, "exploravas" - no que vias e te despertava curiosidade.
A certa altura, quase tropeçaste na pedra. Olhaste-a, mais uma vez te abaixaste, e pegaste nela; e continuámos o nosso caminho. Não disseste nada. O tempo passava. Ora, para uma criança que mal andava, 305 gramas de pedra na mão, durante muitos minutos, é obra!
Por duas ou três vezes tentei que que me passasses a pedra, eu calculava como ela te devia pesar. Mas tu recusaste sempre! À medida que o tempo passava, eu ficava, nem sequer era intrigado, era, isso sim, fascinado por aquele teu comportamento... Tanto tempo com a pedra na mão!... Em silêncio... Recusando a minha ajuda para a levar... Seguramente atingiste o limite da resistência física para transportar na tua pequenita mão a pedra! Pedra que mal te cabia entre os deditos. Eu estava cada vez mais fascinado! Onde raio foste tu buscar o interesse por aquela pedra?... Que força havia nos teus dedos, na tua mão, no teu braço, para aguentares assim tão firmemente a pedra?... Que empenho e concentração te moviam?... Duvido que tu própria, hoje, saibas responder a estas perguntas.
Resolvi não te dizer nada - lembro-me claramente disso - porque quis ver até onde levarias a pedra e o que farias com ela. Perguntar-te fosse o que fosse sobre a pedra desviar-te-ia da envolvência que, naquela altura, quiseste ter com aquela pedra. Ao fim de muito tempo - podes crer, muito tempo mesmo! -, com um ar sempre muito sério, como se levasses contigo a coisa mais preciosa e importante do mundo, finalmente tu pediste-me para eu guardar a pedra. E nada mais te interessou até chegares a casa. Decidi continuar a não te perguntar nada, quis ver se a pedra voltaria a ocupar a tua atenção mais tarde, de forma absolutamente espontânea. Mas não...
Pois bem, guardei sempre a tua pedra preciosa, tal como me pediste. Até hoje. Penso que é tempo de eu ta devolver. Estou contente comigo, fui capaz de a guardar este tempo todo. Podes crer que logo nesse dia decidi que, a menos que antes ma pedisses, eu ta devolveria no dia em que fizesses 18 anos. Só não o faço mesmo porque tu estás aí na Horta e eu aqui em Lisboa. E serei eu a entregar-te a pedra, a não ser que tu delegues em alguém (mãe, pai, irmãos...) a competência e a confiança para te levar a pedra.
Não te esqueças que também tenho as pequenas pedrinhas que, podes crer, foram muito bem selecionadas! Vagarosamente, com aquela concentração e atenção de que só as crianças pequenas são capazes, dedicadas ao que, nos momentos, são mesmo as coisas mais importantes do mundo!... Tu juntaste as pedrinhas uma a uma, e uma a uma mas deste para a mão.
Mariana, minha querida sobrinha, votos de um dia de anos bem passado!
Guarda-me uma fatia do teu bolo de anos. Não ficará, tal fatia, 16 ou 17 anos à espera que eu a coma. Provavelmente, entre uma semana a dois meses.
Mil beijinhos!
Como manda dizer a tradição, que contes muitos mais!
O teu tio amigo,
Fernando Jorge

terça-feira, fevereiro 12, 2013

DIA CONTRA A UTILIZAÇÃO DE CRIANÇAS-SOLDADO

http://www.fjuventude.pt/informacao-e-documentacao-56-efemerides-de-2013
O calendário "Celebração do Tempo" para 2013, das Edições Paulinas, também assinala este Dia, celebrado a 12 de fevereiro. No ano passado, celebrou-se a 13.
Pelo menos no ano passado (ou até ao ano passado, desde que terá sido instituído) celebrou-se, por um organismo das Nações Unidas, o DIA CONTRA A UTILIZAÇÃO DE CRIANÇAS-SOLDADO (http://www.un.org/disarmament/content/news/day_against_use_of_child_soldiers/?lang=en).
Estranhamente, este ano, não aparecem menções oficiais. Em tudo o que pude consultar na Internet não encontrei, nem em jornais, nem em "sites" de instituições oficiais, nacionais e internacionais, menção a esta celebração-aviso, exceto aqui, a fazer referência a informações de 2010.
Bem... não se deve tratar de uma brincadeira, perdão!, de uma omissão de Carnaval.
Na lista dos Dias celebrados pelas Nações Unidas, este Dia - pelo menos neste ano - não é assinalado (http://www.un.org/en/events/observances/days.shtml)
Bom, resolvi não deixar de falar desta celebração. Se estou a pecar ou a errar, atendendo ao que se trata, prefiro fazê-lo por excesso em vez de o fazer por defeito.
Proponho, então, a revisita a este texto, tendo também na cabeça o enredo secundário do filme "Diamantes de Sangue", que segue paralelamente ao enredo principal, que mostra o processo de endoutrinação de crianças-soldado.
DNGENTE

"O pior foi lembrar tudo sem as drogas"

por
PATRÍCIA VIEGAS09 junho 2007Comentar
(http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=659040&page=-1)
Aos 12 anos já matava. Aos 26 quer salvar crianças da guerra

Ishmael Beah sabe que é um rapaz com muita, muita sorte. É um dos poucos ex-meninos soldados da Serra Leoa totalmente reabilitados. Teve a oportunidade de estudar e de voltar a fazer parte de uma família. Hoje consegue conviver com o passado e faz questão de usar a sua sorte para ajudar outros como ele e chamar a atenção do mundo para o uso de crianças em conflitos armados. "O que fiz com a minha sorte foi lançar uma fundação com o meu nome que ajude as crianças e escrever um livro com a minha história", conta numa entrevista ao DN, com o ar cansado de quem termina em Portugal um mês de promoção editorial por vários países da Europa. No livro, Uma Longa Caminhada: Memórias de um Menino Soldado, conta como viveu uma infância de Kalashnikov ao ombro, matando pessoas, roubando, drogando-se para não sentir.

"A combinação das drogas [marijuana e cocaína com pólvora] dava- -nos muita energia e tornava-nos violentos. A ideia da morte nunca me passara pela cabeça e matar tornou-se tão fácil como beber um copo de água. A minha mente não só parou durante a primeira morte, como também parou de sentir remorsos, ou pelo menos assim pareceu."

Esta é uma das muitas descrições que Ishmael faz no livro, para explicar como passava os dias depois de ser recrutado à força pelo exército, quando tinha apenas 12 anos. O seu inimigo principal eram os rebeldes da Frente Unida Revolucionária (RUF) que, disseram-lhe, tinham matado os seus pais e irmãos. "Os nossos recursos vinham da luta com os outros grupos. Nós atacávamos quem tinha armas, drogas, comida ou potenciais recrutas", conta num luxuoso hotel lisboeta, enquanto autografa um caixote de livros.

Após três anos de luta, foi resgatado por funcionários da UNICEF. "Não sei que tipo de acordo tinham com o exército para que eles deixassem ir crianças como eu. Talvez o facto de saberem que um dia a guerra iria acabar e eles iriam querer beneficiar de uma amnistia", diz, esclarecendo ser apenas uma hipótese. Quando chegou ao centro de reabilitação de Freetown, a capital, comportava-se como um delinquente, agredindo funcionários e vendendo na rua o material escolar.

No início pensou em voltar. "A lavagem cerebral funcionava tão bem que eu não via mais nada. Estes grupos eram como a nossa família depois de a nossa família ser morta." Não suportava ouvir que a culpa do que aconteceu não era dele. "Nós sentíamos que éramos soldados e dizerem-nos isso, na altura, era quase como um insulto. Era estarem civis a dizer que afinal nós não tínhamos o poder que pensávamos."

O momento mais difícil da reabilitação, lembra, foi a desintoxicação. "O pior foi lembrar-me de tudo sem as drogas. Foi muito duro sentir a dor e tomar consciência plena daquilo a que havíamos pertencido e das coisas brutais que tínhamos feito." No livro lembra alguns episódios: "À noite, alguns acordavam com pesadelos, a bater com a cabeça nas paredes para expulsar as imagens que continuavam a atormentar mesmo quando já não estávamos a dormir. Os auxiliares estavam de guarda para controlar as explosões. Mesmo assim, todas as manhãs alguns eram encontrados escondidos nas ervas junto ao campo da bola."

Foram vários os dias que passou no hospital de Freetown, onde na altura a guerra ainda não chegava, acabando por travar amizade com uma enfermeira, Esther, que lhe emprestava o walkman para ouvir cassetes de música rap e reggae. O tio, que desconhecia ter, acolheu-o e incentivou-o a ir falar nas Nações Unidas. Apesar de só acreditar que estava realmente em Nova Iorque quando recebeu um telefonema em que Ishmael contava que tinha visto coisinhas brancas a cair do céu.

Foi nesse encontro de crianças vítimas da guerra que travou conhecimento com Laura Simms, contadora de histórias de profissão, que lhe enviaria dinheiro para Freetown e o ajudaria a fugir, primeiro para a Guiné Conacri, depois África do Sul, Costa do Marfim e, por fim, Nova Iorque. "Esta é hoje a minha casa longe de casa. Eu saí da Serra Leoa em Setembro de 1997 e cheguei aos EUA em Junho de 1998", explica Ishmael, hoje com 26 anos, filho (único) adoptivo de Laura.

"Ela não queria que eu voltasse para a guerra e ajudou-me. É por isso que acho que tive sorte. Muitos dos meus amigos que voltaram não sobreviveram e outros tiveram de ir novamente para a reabilitação", conta, acrescentando que os programas "podem ser melhorados para se adaptarem ao trauma de cada pessoa e oferecerem oportunidades para ajudar a refazer vidas. É óbvio que no início há erros. No entanto, eu apoio estes programas de reabilitação como o da UNICEF".

Apesar de quase não fazer referências ao contexto político no livro, "porque queria mostrar como as pessoas que menos têm que ver com a política eram as mais severamente afectadas pela guerra civil", o ex-menino soldado serra-leonês formou-se em Ciências Políticas. Aceita, por isso, falar do pós--guerra e do futuro dos países africanos. " É positiva a prisão de Charles Taylor [antigo presidente da Libéria acusado de crimes de guerra por armar as milícias da Serra Leoa com o objectivo de explorar os diamantes]. Mas é preciso fazer muito mais para que seja criado um efeito dissuasor."

Questionado sobre o que a Europa poderia fazer no sentido de ajudar África a desenvolver-se e a evitar genocídios ou o recrutamento de menores para conflitos armados, enumera três aspectos: "Não vender armas a estes países, não deixar os líderes corruptos ter contas em bancos europeus, instalar a indústria ligada à exploração de matérias-primas como os diamantes nos próprios países, criando emprego em vez de ir apenas lá explorar." Numa frase resume o que é preciso: "A vontade política é a solução em si mesma."

A noção de que é preciso fazer mais, muito mais para lutar contra a indiferença com que o mundo olha para África e para os seus mortos, leva Ishmael a endurecer o tom. Numa conferência, em Paris, afirmou que não participaria noutro evento do género com as mesmas pessoas, caso não cumprissem as promessas. "Não vamos desperdiçar tempo", diz, ensaiando uma expressão irónica e realçando, porém, aspectos positivos como a libertação das crianças-soldado no Chade. E remata: " O mais importante de tudo é não desistir, porque senão acontece o pior, que é cair no esquecimento das pessoas".

domingo, fevereiro 10, 2013

Bote salva-vidas vira bote mata-vidas

Há absurdos infelizes, terríveis. Como este, em que a intenção seria treinar a proteção da vida. Só que, ao contrário do que se intencionava, morreram 5 pessoas.
A redação da notícia acentua a infelicidade da ocorrência quando diz que "vitimou apenas tripulantes", não passageiros. Apenas. Apenas tripulantes. Como se a vida dos tripulantes fosse outra vida, que valesse menos.

Queda de bote salva-vidas durante simulacro mata cinco pessoas
Por Redação

Cinco pessoas morreram e outras três ficaram feridas, este domingo, nas Canárias, depois de um bote salva-vidas de um cruzeiro ter caído ao mar durante um simulacro de emergência.

O acidente ocorreu quando o navio estava atracado em Santa Cruz de La Palma e vitimou apenas tripulantes da embarcação, não havendo registo de passageiros feridos, de acordo com o El Mundo.

Estava a decorrer um simulacro de salvamento quando um bote salva-vidas, com pessoas no seu interior, caiu ao mar, de uma altura de 30 metros, e ficou virado ao contrário.

Segundo o diário El Mundo, as vítimas, que trabalhavam no navio «Thomson Majesty», seriam de nacionalidade ganesa, indonésia e filipina.

Envolvido nas operações de socorro esteve um helicóptero do Grupo de Emergências e Salvamento (GES) do Governo das Canárias, elementos do Serviço de Urgências, médicos, mergulhadores, polícia local e guarda civil.

Os feridos foram transportados para o Hospital de La Palma.

16:42 - 10-02-2013

quarta-feira, fevereiro 06, 2013

XVII Colóquio Juvenil de Artes na E.S.E.Q.


PALAVRAS DE CIRCUNSTÂNCIA,
na qualidade de presidente do Agrupamento de Escolas Eça de Queirós:

A Arte, tal como a generalidade das produções e das formas de expressão humanas, é filha do seu tempo, seja na maneira como capta o presente, na maneira como recupera o passado ou antecipa o futuro.
Na verdade, por exemplo, seria impossível que Leonardo da Vinci inventasse um Eça de Queirós como o que temos junto ao quiosque do Cartão Escolar, ali todo composto de latas de coca-cola, vazias e despejadas para o lixo, e outras que tais, de outras marcas de refrigerantes. Não é que não houvesse Coca-cola e latas de Coca-cola no tempo de Leonardo da Vinci – bastaria que a Coca-cola decidisse que, sim senhor, que já havia, para, algures no mundo, um qualquer criativo da poderosa Publicidade atual, servindo-se de tantos e sofisticados aparelhos de transformação e composição das imagens que hoje existem, colocasse uma bem tradicional lata de coca-cola nas mãos desse artista e génio do Renascimento, com arrepiante verosimilhança à época, que até nós, sabedores da mentira, ficaríamos na dúvida se seria mesmo verdade ou não.
A única coisa que impede tal ousadia desse poderoso criativo do Marketing e dos Negócios é a gente conhecer a data de nascimento de Eça de Queirós. A data de nascimento do nosso Patrono é que a gente não consegue contornar. Pôr a lata de Coca-cola nas mãos de Leonardo da Vinci, isso é tarefa bem fácil para os poderosos construtores atuais de imagens vivas, não lhes custaria mesmo nada fazê-lo.
Seria essa composição adúltera – a figura de Leonardo da Vinci com uma lata de coca-cola nas mãos - considerada Arte?
Eu tenho uma resposta que me satisfaz, mas não a revelo aqui. A denunciar-me um pouco no que penso sobre este assunto, trago-vos um pequeno trecho de Fernando Pessoa – que alguns certamente conhecerão -, precisamente sobre a Arte. Escreve ele assim:
"Para que a arte possa ser arte, não se lhe exige uma sinceridade absoluta, mas algum tipo de sinceridade. Um homem pode escrever um bom soneto de amor sob duas condições - porque está consumido pelo amor, ou porque está consumido pela arte. Tem de ser sincero no amor ou na arte; não pode ser ilustre em nenhum deles, ou seja no que for, de outro modo. Pode arder por dentro, sem pensar no soneto que está a escrever; pode arder por fora, sem pensar no amor que está a imaginar. Mas tem de estar a arder algures. De contrário, não conseguirá transcender a sua inferioridade humana.” Fernando Pessoa, in 'Heróstato e a busca da imortalidade'. 
Mas, pronto, agora é certamente tempo de outras coisas. Agora é tempo de celebração e partilha.
Também eu sinto uma alegria muito grande pela realização deste colóquio na Escola sede do nosso Agrupamento, e estou disponível para toda a colaboração que estiver ao meu alcance.
Sei, com satisfação e orgulho, da capacidade dos alunos, dos professores e dos funcionários da  Escola envolvidos neste promissor evento para receber com cordialidade e respeito todos os nossos visitantes. A todos esses alunos, professores e funcionários apresento os meus mais vivos votos de parabéns por tudo o que já fizeram e por aquilo que ainda virá a acontecer nestes 3 dias do Colóquio.
Quanto a vós, caros visitantes, da nossa Escola, sejam todos bem-vindos à Eça de Queirós!...
Obrigado pela vossa presença!...
Que toquem as trombetas e que a festa comece!...
P.S. - E que comece com um abraço de parabéns a um jovem que muito porfiou para que este Colóquio acontecesse e possa tornar-se um êxito, o Fábio Fernandes.