segunda-feira, julho 24, 2006

Penço, logo, qu'é isto?...

Estou a corrigir exames de Psicologia, do 12.º ano. Num dos exames, que me parece ser de um rapaz (por causa da letra), encontro escrita duas vezes a expressão "maneira de pençar".
Pergunto-me eu, com razoável perplexidade, questionando, simultaneamente, o próprio estudante e o professor de Psicologia que o ensinou ao longo de todo o ano: - Como é possível alguém, que andará na casa dos 18 anos, atravessar cerca de 10 meses de aulas de Psicologia e chegar ao exame final da disciplina mantendo aquele erro ortográfico?
Ou então, posso pôr a pergunta de outra maneira: - O que pode acontecer na vida escolar de um aluno de maneira a que ele consiga chegar ao final de um ano lectivo sem ter tido oportunidade de corrigir um erro ortográfico tão elementar?
Elementar, do ponto de vista da disciplina em questão, claro. Entretanto, a generalidade do exame do suposto rapaz, não sugere qualquer disfunção ou patologia instrumental específica ligada à escrita.
Alguém quer arriscar uma hipótese?...

1 comentário:

  1. Tenho telhados de vidro.
    Que coisas encontrarão outros professores nos meus alunos?...
    A ideia deste blogue não tem raízes na ironia e no sarcasmo.
    Se é verdade o que cantam os versos de Sérgio Godinho, que dizem que a vida é feita de pequenos nadas, pois então é aí mesmo que está a ambição desta colecção de apontamentos, formados a partir de pequenas coisas que acontecem na escola: mostrar alguns pequenos nadas, com bonomia e boa disposição.
    E, a seguir, a ideia é esperar que eles nos ajudem a sermos, pouco a pouco, um bocadinho melhores na escola, quando estivermos a ensinar.

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