terça-feira, outubro 28, 2025

#TOLERÂNCIA303 - OS AMBIENTES DA TOLERÂNCIA E DA INTOLERÂNCIA

 #TOLERÂNCIA303 - OS AMBIENTES DA TOLERÂNCIA E DA INTOLERÂNCIA

Em 30 dias passei por ambientes de vida bem diversos: o desconhecido Japão (onde passei 21 dias), o redescoberto Douro Vinhateiro (onde passei 5 dias), a revisitada Olhão (onde passei 1 dia); e, finalmente, a Lisboa que tem sido o palco principal da minha vida desde o Dia de São João de 1974.

Em todos os 30 dias procurei estar totalmente focado neles, sem cedências de atenção e cuidados aos tinham passado e aos que viriam a seguir. Alguma coisa deles fui escrevendo e aos poucos trarei para o lugar próprio, público, que para eles guardei, nesta peregrinação, que, afinal, nunca se interrompeu: todos os dias pensei na Tolerância, todos os dias guardei um pequeno apontamento para mais tarde desenvolver.

Hoje, retomada a rotina — não obstante, uma rotina que inicio, a de reformado — no metropolitano, nas lojas, no supermercado, e na escola (sim, voltei à escola para, por um lado, recolher os meus pertences; e, por outro lado, para passar o testemunho de projectos extracurriculares que liderava ou em que participava activamente.

Tomo consciência, mais uma vez, de que a realidade do dia-a-dia é exigente, parece que por toda à parte a ambiência é de escalada simétrica de falta de paciência, de provocação, de exigência desmedida; de confronto pessoal pronto a saltar.

Ontem, em Olhão, o mais jovem embaixador da Ética no Desporto, o Afonso Calé Marques dizia que a culpa das coisas não estarem bem, ou não estarem melhores, no que à Ética e aos Valores diz respeito, é dos adultos e dos exemplos que os adultos dão. É, temos de dar razão ao Afonso.

Todos os dias, cada um de nós, cada cidadão do mundo, pode fazer um pouco mais de esforço para que o relacionamento pessoal duns com os outros seja um pouco melhor. Bem, não ponho no mesmo pé de exigência o que se pede a um português, a um japonês e a um palestiniano, ou a um ucraniano, ou qualquer outra vítima da guerra injusta, da fome injusta e da pobreza injusta.

Do Japão ficou-me a certeza de que a Educação e a Cultura podem promover os comportamentos respeitosos, tolerantes e assertivos (que marcam os limites do que é tolerado e não é). Do Douro Vinhateiro fica-me a certeza de quanto a proximidade pessoal e a familiaridade podem trazer de aceitação, tolerância e ajustamento pessoal recíproco.

De Olhão trouxe a confirmação de quanto um ambiente escolar acolhedor e uma liderança institucional atenciosa e cordial dão aos jovens os exemplos de civilidade e de relacionamento pessoal que ajudam todos a sentirem-se bem, a terem as condições contextuais necessárias à plena expansão do potencial de desenvolvimento de cada aluno, e também de cada professor. Um bom clima afectivo na escola é um recurso de desenvolvimento pessoal tremendo! Promove a empatia, o respeito, a aceitação, a tolerância; o diálogo, o desenho de objectivos e projectos em comum.

Sim, hoje, à entrada para a escola (de que me afastarei cada vez mais) e nas horas que por ali andei a arrumar os pertences, tomei crua consciência de quanto a liderança institucional pode promover um clima de confiança, boa fé e afectividade positiva; ou o seu contrário. A todos o desafio de colaborar, mas a liderança de quem tem o poder de mandar é decisiva.

Quando me sentei para escrever este apontamento, um imenso arco-íris enchia o céu. Um invulgar matiz de pôr-do-sol contra as nuvens carregadas de chuva envolvia céu e terra. Tomei toda a grande tela, romanticamente, como o sinal do Grande Entendimento, a Grande Esperança, a Grande Aceitação. A verdadeira Paz entre os Homens de Boa Vontade. É preciso continuar a acreditar, a ter esperança.

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