A convincente verdade do gene egoísta de Richard Dawkins, que nos mete pela cabeça dentro a lei do mais forte/apto, arrasa as concepções (românticas?) dos ideias humanistas e solidários. A
inevitabilidade da selecção genética, tal como o sábio e feliz Charles Darwin soube explicitar de forma sistemática, é, tanto quanto parece, irrefutável.
Se o egoísmo está-nos no sangue, a fascinante viagem evolutiva do Homo sapiens equipou a mente com os grandes adversários: a compaixão e a inteligência.
Qual é a estratégia que a compaixão e a inteligência arquitectaram para conter a frieza do egoísmo genético e, inclusivamente, usar a sua força a favor do companheirismo e da solidariedade em vez da competição e da anulação dos outros? A estratégia tem um nome: Cultura; também podemos dizer Civilização.
Só que o Gene Egoísta não desarma - e o que hoje em dia assistimos na vida dos Povos ( a recuperação dos idealismos nacionalistas, que excluem os outros; o "America first", de Trump; e os estilos de vida do puro desfrutar. aqui e agora, das comodidades materiais e dos prazeres turísticos a todo o preço e em todo o ano) é o leque de comportamentos humanos que bem comprovam a força primordial, constantemente renovada, do Gene Egoísta.
Esclarecido (ou informado) por esta evidência, apresso-me a um conselho: depois de lerem O Gene Egoísta de R. Dawkins, leiam (ou releiam) A Estranha Ordem das Coisas de A. Damásio.
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