Esta fotografia, publicada na edição on line do Público, faz-me lembrar uma afirmação de Konrad Lorenz, em que ele reflete sobre o que verdadeiramente tem importância na educação das crianças:
Onde as rãs sobrevivem, as crianças medram.
Fotografia de Mohsin Raza, da Reuters
Brincar na lama: Uma criança aproveita as fortes chuvas trazidas pela monção, na cidade de Lahore, Paquistão, para brincar no meio da lama. Segundo os serviços meteorológicos paquistaneses, as chuvas vão continuar na região.
As crianças, espontaneamente, procuram explorar, tanto quanto podem, os seus diversos tipos de sensações. As crianças gostam de sentir, mesmo sem pensar nisso, cada bocadinho de pele a trazer-lhe uma novidade de temperatura, de textura, até de prurido; até ao arrepio, se for caso disso. Cheirar, levar à boca, pôr o ouvido bem à escuta, de cabeça à banda, ouvido bem focado num som ou num barulho. Os olhos, ajudados pela imaginação penetram tudo até ao tutano, qual visão X do Super-Homem.
Dramaticamente, os pais das crianças enrodilharam-se em ideias - algumas, verdadeiras; outras, enganadas; outras ainda, fantasiosas - a propósito de doenças, de bactérias e perigos mil para a saúde. E não os deixam cair na lama, que bem preciso é, desde pequenino, lá enfiar o "focinho" e de lá aprender a sair.
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